BREAKING BAD

Estou vendo a caixa de BREAKING BAD. Diversão em dose cavalar. Vocês percebem que é uma comédia? Dou sonoras gargalhadas! O personagem de Cranston é pura chanchada. Adoro!
Sempre leio que esta quarta ERA de Ouro da TV  ( as outras foram em 55/58,  71/75 e 94/98 ), tem por característica o inusitado de seus temas. Que o cinema ficou careta e a TV ficou ousada. Well....mais ou menos.... Os temas podem ser diferentes, originais, mas a forma, o formato é o mais conservador possível. Vejam esta série: Fosse um longa para o cinema o roteiro seria tratado de duas maneiras, ou como filme metido à besta, ou como blockbuster.
Fosse arte, a narrativa seria não linear, os movimentos de câmera esquisitos, a trilha sonora invasiva, e as cenas teriam uma lentidão cruel. Fosse blockbuster teria mais mortes, mais produção e atores mais bonitos. Na TV, Breaking Bad é filmado como era filmado o cinema de antigamente, simplesmente se conta uma história da melhor forma possível. Sem manias de autor e sem exageros de produção. Pega-se o roteiro e se conta o que lá foi escrito. Só isso.
Daí a alegria de roteiristas. Daí a alegria dos espectadores. As ótimas séries de TV são fáceis de entender, boas de se olhar, simples e diretas, narram histórias, criam tipos, nos levam pela mão. Coisas que cineastas de hoje, pseudo-artistas em sua maioria, se recusam a fazer. Eles inventam. E erram muito.
A TV de agora é o cinema de ontem. Breaking Bad é um bom filme dos anos 70. Como são todos os outros. Cinema sem frescura.