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ALQUIMIA - MARIE- LOUISE VON FRANZ
Acenda um cigarro. Primeiro veja a chama do isqueiro. Tire o cigarro do maço. Coloque na boca. Acenda. Solte a fumaça e veja-a subir. Respire fundo. Olhe o cigarro queimar. Observe a transformação da brasa. E pense. Sua mente, levada pelo ritual do fumo, entra em um novo modo. ------------- Isso é a alquimia, e Von Franz consegue explicar um assunto tão complicado. Para isso ela cita montes de textos árabes, egípcios, europeus medievais. O livro é uma coleção de palestras, cinco, dadas pela assistente de Jung no fim dos anos 50. Lendo este livro, longo, voce afinal começa a entender o que é a alquimia. -------------- Seria leviandade minha tentar dar uma geral em assunto tão delicado no exíguo espaço que uso aqui. Alquimia envolve a criação do mundo, o funcionamento da alma, a lingua do inconsciente, a transformação da vida. Lida com o feminino, o masculino, o racional e o intuitivo, tudo isso acontecendo dentro de uma redoma de vidro, de louça, de metal, em um laboratório, na presença de um alquimista e seu assistente. Nada há de milagroso ou de mágico, é entrar dentro da mente enquanto se faz uma transformação química, é como quando voce se percebe fora de si enquanto vê a sopa ferver, fuma um cigarro, observa uma fogueira. O que acontece fora provoca uma reação dentro de voce.
ADIVINHAÇÃO E SINCRONICIDADE - MARIE-LOUISE VON FRANZ
Von Franz foi a mais querida discípula de Jung. Este é o segundo livro dela que leio, o primeiro tendo sido sobre contos de fadas. Ela escreve muito bem. Ao contrário de Jung, que tem um texto tortuoso, Von Franz tem ritmo, é clara, se lê com gosto. Neste volume, ele se constitui de cinco palestras dadas nos anos de 1950, ela fala sobre o tempo, os dois tempos, o linear e o eterno, o tempo do consciente e o tempo do inconscinete e em como, historicamente, os jogos de advinhação sempre tentaram lidar com a conjunção desse dois tempos encontrando o tempo UNO. --------------- Citando o I Ching e mais dezenas de culturas antigas, dos aborígenes da Austrália à tribos norte americanas, Von Franz, de forma enciclopédica, nos apresenta fatos, jamais caindo na crença individualista. A física, a matemática, a teoria dos números também são muito citadas, de Pauli à Eddington. Ela questiona, o que são números, para que foram criados, qual sua realidade? --------------------- Existem brechas na realidade, brechas por onde a energia do inconscinete pode fluir e nos revitalizar, mais que isso, pode fazer com que sintamos a situação temporal, o tempo como corte transversal, como matriz e não como linha. Nosso inconsciente seria o mundo onde tudo está interligado num eterno presente que abrange toda a totalidade. Nosso consciente seria apenas um modo de lidar com aquilo que nossos sentidos podem perceber. Ele é subordinado à visão, audição etc. A realidade é muito mais e ela é intuída em jogos de adivinhação e na sincronicidade. ------------------ Ela está certa? Por que não ?
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