Meu amigo Nelson Granja tem The Ruling Class como filme mais importante da vida. Que sensacional Nelson, isso só demonstra o quanto voce é diferente. O filme é uma ousada e brilhante celebração da originalidade. Postei cenas do filme abaixo.
Eu já havia avisado, os tempos daqui em diante serão cruéis. Todos aqueles que fizeram este mundo, em seu melhor, começariam a partir. Mesmo que voce pense que o cinema começou em 1999 com Matrix e Magnólia, ou que o rock foi inventado pelo Oasis, saiba que esse mundo, de PT Anderson e Liam foi feito alguns anos antes. Por gente como Robert Altman, Lou Reed, Raymond Carver, e um vasto etc.
Peter O`Toole se foi ontem. E não me doi, ele já estava semi-aposentado desde os anos 80. Seu interesse principal era a bebida. E em segundo lugar a bebida. Depois vinham as mulheres, Shakespeare, e mais bebida. Foi um dos atores mais famosos nos anos 60. Teatro e cinema. Mas, como aconteceu com tantos, um excesso de filmes ruins destruiu seu desejo de fazer mais filmes. Uma pena...
Peter me conquistou quando o vi, na tv, por volta de 1988, em O Assalto de Um Milhão de Dólares. Um filme de William Wyler, com Audrey Hepburn. Ali ele fez um papel tipo Cary Grant de um modo inglês e dandy. O filme, sim, sobre assalto, foi refilmado nos anos 2000, e colocaram Matt Damon para fazer o papel de Peter...Isso diz muita coisa sobre o cinema de hoje...
Peter, que era irlandês, brilhou em O Leão no Inverno, uma das maiores atuações que já vi, dor e violência em cada gesto e no olhar sempre sombrio; e em Becket, talvez seu grande papel. Nesse filme, ele e Richard Burton, grande amigo de copo, duelam sem parar e apesar da genialidade de Burton, quem vence é Peter. O tormento de um rei mimado é exibido com vigor. O filme marca como ferro em brasa.
Eu, apesar de minha veneração por Olivier, Steve McQueen, Bogart, Flynn e Cary Grant, tinha Peter como ator favorito. Porque ele unia em si, nos seus grandes momentos, a classe de Cary Grant com a arte de Michael Redgrave.
Os anos 60 fizeram mal, ao fim das contas para Peter. O sucesso o estragou. Se tornou um playboy colecionador de casos e figura assídua em bares e festas. Ele e Burton destruíram copos. E durante o processo ele bateu, também com Burton, o recorde de indicações ao Oscar sem vitória nenhuma. Se não me falha a memória foram sete. Até dá pra aceitar sua derrota em Lawrence da Arábia, pois Peck estava imbatível naquele ano. Mas Becket foi sacanagem! E O Leão no Inverno era vitória certa!
Não faz mal, Chaplin também perdeu todas.
Peter O`Toole, como todo bom whisky, é para poucos. Sempre será.
Saudades e Descanse em paz.
Eu já havia avisado, os tempos daqui em diante serão cruéis. Todos aqueles que fizeram este mundo, em seu melhor, começariam a partir. Mesmo que voce pense que o cinema começou em 1999 com Matrix e Magnólia, ou que o rock foi inventado pelo Oasis, saiba que esse mundo, de PT Anderson e Liam foi feito alguns anos antes. Por gente como Robert Altman, Lou Reed, Raymond Carver, e um vasto etc.
Peter O`Toole se foi ontem. E não me doi, ele já estava semi-aposentado desde os anos 80. Seu interesse principal era a bebida. E em segundo lugar a bebida. Depois vinham as mulheres, Shakespeare, e mais bebida. Foi um dos atores mais famosos nos anos 60. Teatro e cinema. Mas, como aconteceu com tantos, um excesso de filmes ruins destruiu seu desejo de fazer mais filmes. Uma pena...
Peter me conquistou quando o vi, na tv, por volta de 1988, em O Assalto de Um Milhão de Dólares. Um filme de William Wyler, com Audrey Hepburn. Ali ele fez um papel tipo Cary Grant de um modo inglês e dandy. O filme, sim, sobre assalto, foi refilmado nos anos 2000, e colocaram Matt Damon para fazer o papel de Peter...Isso diz muita coisa sobre o cinema de hoje...
Peter, que era irlandês, brilhou em O Leão no Inverno, uma das maiores atuações que já vi, dor e violência em cada gesto e no olhar sempre sombrio; e em Becket, talvez seu grande papel. Nesse filme, ele e Richard Burton, grande amigo de copo, duelam sem parar e apesar da genialidade de Burton, quem vence é Peter. O tormento de um rei mimado é exibido com vigor. O filme marca como ferro em brasa.
Eu, apesar de minha veneração por Olivier, Steve McQueen, Bogart, Flynn e Cary Grant, tinha Peter como ator favorito. Porque ele unia em si, nos seus grandes momentos, a classe de Cary Grant com a arte de Michael Redgrave.
Os anos 60 fizeram mal, ao fim das contas para Peter. O sucesso o estragou. Se tornou um playboy colecionador de casos e figura assídua em bares e festas. Ele e Burton destruíram copos. E durante o processo ele bateu, também com Burton, o recorde de indicações ao Oscar sem vitória nenhuma. Se não me falha a memória foram sete. Até dá pra aceitar sua derrota em Lawrence da Arábia, pois Peck estava imbatível naquele ano. Mas Becket foi sacanagem! E O Leão no Inverno era vitória certa!
Não faz mal, Chaplin também perdeu todas.
Peter O`Toole, como todo bom whisky, é para poucos. Sempre será.
Saudades e Descanse em paz.