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THE FIRST DAY - DAVID SYLVIAN E ROBERT FRIPP

Quando surgiu, em 1979, ninguém poderia esperar que o cantor do grupo Japan, David Sylvian, iria se tornar uma figura tão interessante. Mais ainda, que um dia ele trabalhasse com Robert Fripp. E na verdade seriam vários os albuns feitos em duo. Este é o primeiro, de 1993. ------------------ Japan era um dos vários grupos new romantic a surgir na Inglaterra glam do fim dos anos 70. E era um grupo instigante. Bebia forte na fonte do Roxy Music. O baixo de Mick Karn era sublime e Sylvian tinha o visual e a voz para ser uma estrela. Não foi. O Duran Duran roubou seu lugar fazendo um som bem mais pop. Impressiona como a voz de LeBon e de Sylvian se parecem. ---------------- David partiu para a pretensão. Sua carreira solo abusa do romantismo real, aquele de Lautreamont. É belo, muito belo. É como se Bowie tivesse ficado em Berlin para sempre. ------------- Este é seu disco mais acessível. A guitarra de Fripp, sempre instigante, dá ao seu som algo de freak. É pop music com maquiagem de art rock. Logo, é Roxy Music. As faixas são longas porque eles fazem algo que me agradou muito, no final de cada canção há um loop que repete por minutos o beat e o riff da música. Funciona muito, faz dançar sem parecer dance music. --------------- Não vou falar aqui da carreira de Fripp, um dia escreverei sobre o King Crimson.

King Crimson w Greg Lake Cat Food Top Of The Pops March 1970

IN THE COURT OF THE CRIMSON KING - KING CRIMSON

Tem a fama de ser o maior album prog da história. Não é. ------------------ Comecei a ouvir prog, tinha imenso preconceito, fui amestrado pela crítica punk que odiava prog, somente após meus 50 anos de idade. Então, para mim, todo esse mundo é novidade. Hoje gosto muito, adoro prog. E King Crimson está longe de ser o que mais admiro. ------------------ Este é o primeiro album deles, 1969, e na época foi um choque. Greg Lake cantava e tocava baixo, Robert Fripp fazia seu nome na guitarra e efeito de teclado. Primeira decepção: Fripp sola pouco. O disco é dos teclados, dos sopros, da voz. Estranheza: sim, o som deles é esquisito. Ele varia entre o barulho e o quase silêncio. Usam a variação de volume ao limite. Surpresa: são ótimos em baladas POP. E o baterista é excelente, Ian McDonald. ---------------- Ouvir pela primeira vez um disco com fama de obra prima é sempre complicado, por isso minha crítica pode ser injusta. Eu esperava arrebatamento. Ouço também Islands e Poseidon, dois outros albums do grupo. Há algo de medieval neles. Um lirismo aquoso, sideral e pastoral. E a pesquisa sonora que Fripp desenvolveria com Eno e Bowie. Longe de ser um disco comum, ele me agrada, mas sem a emoção ansiada.