Simon and Garfunkel já foram tão famosos quanto Lennon e MacCartney. Juro que é verdade. Isso até mais ou menos 1980. Paul Simon chegou a participar de Annie Hall de Woody Allen como ele mesmo. Gostar dele era muito In. E Art Garfunkel foi ator de filmes de Mike Nichols. Ator protagonista. Mas eles foram perdendo popularidade por dois motivos: primeiro suas letras, hiper-intelectualizadas deixaram de fazer sentido para uma geração, a minha, que procurava no rock algo mais direto. E segundo, os dois puxaram o freio de mão, pararam de produzir, cansaram. Afinal, eles trabalhavam com música desde crianças. Nos anos 50 eles já eram profissionais. Detalhe: os dois são mais jovens que Lennon ou Jagger.
O auge da dupla foi em 1967, com a trilha do filme A PRIMEIRA NOITE DE UM HOMEM, o big hit de Mike Nichols que fez de Dustin Hoffman uma estrela. Esse foi o primeiro filme a usar canções pop como trilha sonora. Vendeu pacas!!! Mas antes, em 1965, eles já eram stars. Essa fase teria seu auge em 1970, com o sucesso absurdo de BRIDGE OVER TROUBLED WATER. Então veio o fim do duo e a brilhante carreria solo de Paul Simon.
A música dos dois é sempre "bela". Voce não vai encontrar nada de torto, de mal feito neles. Até os Beatles ao lado dos dois parecem pouco polidos. A dupla procura a beleza todo o tempo, e felizmente, a atingem várias vezes. Canções como Scarborough Fair ou Bookends são das coisas mais lindas já feitas na história do rock, e The Boxer é uma maravilha de amargor-belo. Eles são tristes, delicados, suaves. Sim, parece que descrevo os artistinhas sensiveis de agora; bem, eles adorariam ser Simon ou Garfunkel.
A série, histórica e sublime, ANOS INCRÍVEIS, usou muito de Simon e Garfunkel. Algumas das cenas inesquecíveis foram ao som dos dois. E o som da dupla é exatamente tudo aquilo que Kevin Arnold era e seria se adulto. Amores timidos, amores idealistas, liberdade, familia, sair de casa, tudo com citações de Pollock, Gertrude Stein, Norman Mailer e Lloyd-Wright. As músicas são cultas, informadas e informativas. É, com Joni Mitchell e o Steely Dan, aquilo que nos anos 70 se tornaria conhecido como "som universitário-adulto".
Fazia muito tempo que não os ouvia. Talvez vinte anos. Reouvi hoje. E me lembrou dores de amores juvenis. E me surpreendeu a beleza das vozes e a criatividade dos arranjos.
Posto alguns videos. Aproveite. E cantarole junto. É bonito bonito bonito....
O auge da dupla foi em 1967, com a trilha do filme A PRIMEIRA NOITE DE UM HOMEM, o big hit de Mike Nichols que fez de Dustin Hoffman uma estrela. Esse foi o primeiro filme a usar canções pop como trilha sonora. Vendeu pacas!!! Mas antes, em 1965, eles já eram stars. Essa fase teria seu auge em 1970, com o sucesso absurdo de BRIDGE OVER TROUBLED WATER. Então veio o fim do duo e a brilhante carreria solo de Paul Simon.
A música dos dois é sempre "bela". Voce não vai encontrar nada de torto, de mal feito neles. Até os Beatles ao lado dos dois parecem pouco polidos. A dupla procura a beleza todo o tempo, e felizmente, a atingem várias vezes. Canções como Scarborough Fair ou Bookends são das coisas mais lindas já feitas na história do rock, e The Boxer é uma maravilha de amargor-belo. Eles são tristes, delicados, suaves. Sim, parece que descrevo os artistinhas sensiveis de agora; bem, eles adorariam ser Simon ou Garfunkel.
A série, histórica e sublime, ANOS INCRÍVEIS, usou muito de Simon e Garfunkel. Algumas das cenas inesquecíveis foram ao som dos dois. E o som da dupla é exatamente tudo aquilo que Kevin Arnold era e seria se adulto. Amores timidos, amores idealistas, liberdade, familia, sair de casa, tudo com citações de Pollock, Gertrude Stein, Norman Mailer e Lloyd-Wright. As músicas são cultas, informadas e informativas. É, com Joni Mitchell e o Steely Dan, aquilo que nos anos 70 se tornaria conhecido como "som universitário-adulto".
Fazia muito tempo que não os ouvia. Talvez vinte anos. Reouvi hoje. E me lembrou dores de amores juvenis. E me surpreendeu a beleza das vozes e a criatividade dos arranjos.
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