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HISTÓRIA DO OLHO - GEORGES BATAILLE
Em 1928 Bataille lançou este livro sob pseudônimo. È um conto de fadas obsceno. Conto de fadas porque tudo acontece em tempo e em lugar nenhum. As ações são irreais, ocorrem sem esforço em mundo onde nada parece fazer sentido. Não há ação e reação, age-se. Ele faz sexo com ela, duas quase crianças. As cenas de sexo não são eróticas pois não se descreve o ato com intuito de excitar. Acontece. Ele gozou nela. Simples. ------------------ Há uma fixação pelo anus. Estouram-se ovos no cu. Essa palavra é motor do que se conta: cu. Tudo é cu. Há estupros que não são estupros, olhos que são cegos. Adultos nada percebem, o sexo do livro existe só para os muito jovens. Todo adulto é velho. Sexo como jogo brincadeira, sexo como destino. O livro é surralista porque cria um mundo onírico. O livro é ainda chocante por ser profundamente amoral. E não me deu o menor prazer. Então que os intelectuais encontrem seus sentidos na obra, quando querem eles sempre o encontram. Eu não.
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