Quick foi professor na Filadélfia. Então deixou de lecionar partindo para viagens ao Perú, África e o Grand Canyon. Tornou-se escritor e alcançou o sucesso com O LADO BOM DA VIDA, que foi roteirizado e ganhou Oscar. Este livro, lançado em 2015, tem o mesmo astral do filme vencedor. Fala de gente do bem, mas disfuncional, gente que não consegue se adaptar. É fofo, e representa bem um certo tipo de gente que anda pelo mundo hoje. Gente que na verdade não anda, rasteja.
Bartholomew é um homem de 39 anos que sempre viveu com a mãe e nunca trabalhou. Sua vida é apenas a casa. É feliz nessa vida, mas tudo muda quando sua mãe morre. Não falo o resto, mas digo que o livro é cheio de ação, melancólico sem ser desesperado, fantasioso e ao mesmo tempo comum. Os personagens são ótimos: uma terapeuta que sofre abuso, um padre alcoólatra, um fanático por gatos que fala palavrões a toda hora, uma menina que viajou com ETs, e Richard Gere, o ator, que surge em aparições para o aconselhar ( recurso usado por Woody Allen em Sonhos de Um Sedutor, no caso era Bogart ).
Bartholomew é católico, crê em Deus, pensa no Dalai Lama, se aconselha escrevendo cartas para Gere e não sabe como viver sem a mãe. Toda sua vida foi dirigida a cuidar dela e agora ele não tem um só objetivo na vida. Mas tem dois sonhos: ter um amigo e um dia tomar uma cerveja com uma mulher. Sim, o livro ameaça cair no infantilismo mais doce a toda hora. Mas se salva graças a dois recursos: a dor, que é verdadeira, e o humor, amargo, que surge quando a coisa fica fofa demais. O personagem Max é genial, um cara que perdeu sua gata ( felina ) e está em crise por isso. Seu vocabulário se resume a "Que merda Hem!" ou "Bom pra Caralho!".´Creia, é muito hilário!
Ficamos imaginando que belo filme este livro dará. Ou não. Se o diretor conseguir segurar o mel e não aumentar o fel, se não houver a vergonha de parecer católico, e se não entupirem tudo com musiquinhas doces...E claro, se Richard Gere aceitar fazer Richard Gere...
Mais que um livro bom de ler, eis um retrato fiel de um momento.
Bartholomew é um homem de 39 anos que sempre viveu com a mãe e nunca trabalhou. Sua vida é apenas a casa. É feliz nessa vida, mas tudo muda quando sua mãe morre. Não falo o resto, mas digo que o livro é cheio de ação, melancólico sem ser desesperado, fantasioso e ao mesmo tempo comum. Os personagens são ótimos: uma terapeuta que sofre abuso, um padre alcoólatra, um fanático por gatos que fala palavrões a toda hora, uma menina que viajou com ETs, e Richard Gere, o ator, que surge em aparições para o aconselhar ( recurso usado por Woody Allen em Sonhos de Um Sedutor, no caso era Bogart ).
Bartholomew é católico, crê em Deus, pensa no Dalai Lama, se aconselha escrevendo cartas para Gere e não sabe como viver sem a mãe. Toda sua vida foi dirigida a cuidar dela e agora ele não tem um só objetivo na vida. Mas tem dois sonhos: ter um amigo e um dia tomar uma cerveja com uma mulher. Sim, o livro ameaça cair no infantilismo mais doce a toda hora. Mas se salva graças a dois recursos: a dor, que é verdadeira, e o humor, amargo, que surge quando a coisa fica fofa demais. O personagem Max é genial, um cara que perdeu sua gata ( felina ) e está em crise por isso. Seu vocabulário se resume a "Que merda Hem!" ou "Bom pra Caralho!".´Creia, é muito hilário!
Ficamos imaginando que belo filme este livro dará. Ou não. Se o diretor conseguir segurar o mel e não aumentar o fel, se não houver a vergonha de parecer católico, e se não entupirem tudo com musiquinhas doces...E claro, se Richard Gere aceitar fazer Richard Gere...
Mais que um livro bom de ler, eis um retrato fiel de um momento.