LIVRE de Jean-Marc Valée com Reese Witherspoon e Laura Dern
Adoro Reese. Eu realmente a acho encantadora. E aqui ela tem seu tour de force. Faz uma garota que percorre toda a costa do Pacífico. Sózinha. Faz isso para tentar superar a dor. Heroína, a morte da mãe e o fim do casamento. O filme incomoda. Reese é mignon, sua bagagem é imensa. O roteiro é de Nick Hornby. E ele é um dos produtores. O filme é baseado num livro. História veridica. E faz belo uso de El Condor Pasa, canção de Simon and Garfunkel. Valée analisa a relação filha e mãe. É o centro do filme. Mas é um filme deprimente. Triste, muito triste. Existiram cowboys, beatnicks e hippies. Hoje os andarilhos são deprimidos. Aff....Nota 4.
MR. TURNER de Mike Leigh com Timothy Spall
Turner foi um dos mais impressionantes pintores do século XIX. De certo modo ele antecipou os impressionistas. Seu objetivo era pintar a luz e o movimento. Era um excêntrico. O filme de Leigh não romantiza nada. Spall faz um Turner muito desagradável. As pessoas aqui são feias, falam grunhindo. Isso é realismo? Ou essa busca do real não será outro tipo de afetação? A fotografia concorre ao Oscar 2015. O filme é bastante enfadonho. Ficamos duas horas vendo o balofo Turner grunhir, comer, e ser sovina. Nota 2.
GRANDES OLHOS ( BIG EYES ) de Tim Burton com Amy Adams e Christoph Waltz
Tim Burton é um feminista. Seus filme sempre defendem as mulheres. E não só elas. As crianças e os sinceros do mundo o encantam. Quando ele defendeu Ed Wood ele defendeu não um cineasta ruim, mas antes um homem que acreditava naquilo que fazia. Wood era sincero. O mesmo ocorre aqui. Keane é uma pintora medíocre, mas sincera. Como bem disse o José Geraldo Couto, Burton defende aqui o cinema bem feito, honesto, sincero, puro. Burton é um anti-David Fincher, um anti-Nolan. Tim Burton não tenta ser um artista, um gênio, ele nunca quis e não quer parecer, ele é. Keane é isso. Quando acerta Burton é um poeta. Quando erra, como em Batman, no Planeta dos Macacos, em Alice, ele parece apenas um diretor sem vida, sem inspiração, morto. Tim Burton não consegue filmar sem paixão, sem crer no que faz. Voce jamais o verá defender uma teoria, ser explícitamente político, tentar parecer mais que um cineasta. Ele filma. E tem o dom da imagem. Este filme é bonito. É moderno. E é de uma delicadeza quase sublime. Simples. Muito simples. E, como tudo em Burton, sincero. Como Wood, como Keane. Nota 8.
NA SOLIDÃO DA NOITE de Basil Dearden, Robert Hamer, Alberto Cavalcanti com Michael Redgrave
Foi lançado um box com seis filmes de horror. Eles variam do ruim ao excelente. Este é um filme inglês de 1948 muito bom. Um homem vai a uma reunião. Cada pessoa nessa reunião conta um caso de mistério e de horror que tenha vivido. Cada história tem um diretor diferente. A melhor é do diretor brasileiro Cavalcanti. Sim, brasileiro. Ele ainda é até hoje o cineasta brasileiro mais internacional da história. Fez filmes no Brasil e na França, Alemanha e Inglaterra. É a história de um ventriloco que é dominado por seu boneco. Nos outros contos se fala de fantasma, de pesadelos e de um espelho maldito. No geral há muito clima, excelente fotografia e um elenco brilhante ( com destaque ao genial Redgrave ), Nota 7.
A ALDEIA DOS AMALDIÇOADOS de Wolff Rilla com George Sanders
Um clássico! A história da cidadezinha que é tomada por uma nuvem. Quando ela se vai, todas as mulheres estão grávidas. Nove meses depois nascem crianças super inteligentes. São ETs. Como se livrar deles se eles podem ler pensamentos? É o único filme bom do diretor. Tem um estilo seco, trilha sonora tenebrosa e mexe com nossos nervos. Muito bom! Nota 7.
A NOITE DO DEMÔNIO de Jacques Tourneur com Dana Andrews e Peggy Cummings
Uma pequena obra-prima. Tourneur foi um diretor francês que fez carreira nos EUA. Dirigiu filmes noir, filmes de piratas, westerns e policiais. Todos bons, alguns geniais. Um americano vai à Inglaterra averiguar um homem que se diz bruxo. O filme narra o embate entre esse americano cético e o bruxo demoníaco. O filme é levado como um noir. Tem clima, estilo, suspense, escuridão. É uma diversão estupenda. Nota 9.
Adoro Reese. Eu realmente a acho encantadora. E aqui ela tem seu tour de force. Faz uma garota que percorre toda a costa do Pacífico. Sózinha. Faz isso para tentar superar a dor. Heroína, a morte da mãe e o fim do casamento. O filme incomoda. Reese é mignon, sua bagagem é imensa. O roteiro é de Nick Hornby. E ele é um dos produtores. O filme é baseado num livro. História veridica. E faz belo uso de El Condor Pasa, canção de Simon and Garfunkel. Valée analisa a relação filha e mãe. É o centro do filme. Mas é um filme deprimente. Triste, muito triste. Existiram cowboys, beatnicks e hippies. Hoje os andarilhos são deprimidos. Aff....Nota 4.
MR. TURNER de Mike Leigh com Timothy Spall
Turner foi um dos mais impressionantes pintores do século XIX. De certo modo ele antecipou os impressionistas. Seu objetivo era pintar a luz e o movimento. Era um excêntrico. O filme de Leigh não romantiza nada. Spall faz um Turner muito desagradável. As pessoas aqui são feias, falam grunhindo. Isso é realismo? Ou essa busca do real não será outro tipo de afetação? A fotografia concorre ao Oscar 2015. O filme é bastante enfadonho. Ficamos duas horas vendo o balofo Turner grunhir, comer, e ser sovina. Nota 2.
GRANDES OLHOS ( BIG EYES ) de Tim Burton com Amy Adams e Christoph Waltz
Tim Burton é um feminista. Seus filme sempre defendem as mulheres. E não só elas. As crianças e os sinceros do mundo o encantam. Quando ele defendeu Ed Wood ele defendeu não um cineasta ruim, mas antes um homem que acreditava naquilo que fazia. Wood era sincero. O mesmo ocorre aqui. Keane é uma pintora medíocre, mas sincera. Como bem disse o José Geraldo Couto, Burton defende aqui o cinema bem feito, honesto, sincero, puro. Burton é um anti-David Fincher, um anti-Nolan. Tim Burton não tenta ser um artista, um gênio, ele nunca quis e não quer parecer, ele é. Keane é isso. Quando acerta Burton é um poeta. Quando erra, como em Batman, no Planeta dos Macacos, em Alice, ele parece apenas um diretor sem vida, sem inspiração, morto. Tim Burton não consegue filmar sem paixão, sem crer no que faz. Voce jamais o verá defender uma teoria, ser explícitamente político, tentar parecer mais que um cineasta. Ele filma. E tem o dom da imagem. Este filme é bonito. É moderno. E é de uma delicadeza quase sublime. Simples. Muito simples. E, como tudo em Burton, sincero. Como Wood, como Keane. Nota 8.
NA SOLIDÃO DA NOITE de Basil Dearden, Robert Hamer, Alberto Cavalcanti com Michael Redgrave
Foi lançado um box com seis filmes de horror. Eles variam do ruim ao excelente. Este é um filme inglês de 1948 muito bom. Um homem vai a uma reunião. Cada pessoa nessa reunião conta um caso de mistério e de horror que tenha vivido. Cada história tem um diretor diferente. A melhor é do diretor brasileiro Cavalcanti. Sim, brasileiro. Ele ainda é até hoje o cineasta brasileiro mais internacional da história. Fez filmes no Brasil e na França, Alemanha e Inglaterra. É a história de um ventriloco que é dominado por seu boneco. Nos outros contos se fala de fantasma, de pesadelos e de um espelho maldito. No geral há muito clima, excelente fotografia e um elenco brilhante ( com destaque ao genial Redgrave ), Nota 7.
A ALDEIA DOS AMALDIÇOADOS de Wolff Rilla com George Sanders
Um clássico! A história da cidadezinha que é tomada por uma nuvem. Quando ela se vai, todas as mulheres estão grávidas. Nove meses depois nascem crianças super inteligentes. São ETs. Como se livrar deles se eles podem ler pensamentos? É o único filme bom do diretor. Tem um estilo seco, trilha sonora tenebrosa e mexe com nossos nervos. Muito bom! Nota 7.
A NOITE DO DEMÔNIO de Jacques Tourneur com Dana Andrews e Peggy Cummings
Uma pequena obra-prima. Tourneur foi um diretor francês que fez carreira nos EUA. Dirigiu filmes noir, filmes de piratas, westerns e policiais. Todos bons, alguns geniais. Um americano vai à Inglaterra averiguar um homem que se diz bruxo. O filme narra o embate entre esse americano cético e o bruxo demoníaco. O filme é levado como um noir. Tem clima, estilo, suspense, escuridão. É uma diversão estupenda. Nota 9.