Tem vendido muito esse lançamento da CEN. Capa dura em xadrez vermelho, é um belo livro editado por David Granger. A Esquire, mítica revista onde homens aprendiam a não só se vestir, como também a ler, jogar, beber, viajar, flertar e viver. Heminguay colaborou, assim como Mailer, Faulkner, Huston e quem mais fosse homem e soubesse escrever bem. Não, não, o livro não é reedição ou histórico, ele é de 2012, fala com a galera de hoje, mas no estilo Esquire, ou seja, chique sem ser afetado. E adulto, nada GQ aqui. Voce sabe, a GQ é a Esquire de quem mal sabe ler.
Lê-lo tira um zilhão de dúvidas, desde como tirar manchas em colarinhos até a melhor forma de organizar um guarda-roupas. ( A melhor é ter um mordomo, mas como poucos podem ter.... ).
Paletós, camisas, calças, casacos, relógios, tem de tudo, como usar, o que comprar, como conservar. Caretaço? Talvez, mas o texto deixa claro, são dadas dicas, cabe a voce criar seu estilo. Mas não exagere! A Esquire cria a base sólida e atemporal, voce dá seu toque pessoal.
Eu disse atemporal? Eles contam a história das roupas. Onde e quando surgiu o paletó, a parca, o jeans, o veludo... 80% das roupas masculinas têm origem militar. E mais que isso já estava estabelecido antes de 1920. De 1920 pra cá quase nada mudou, só tamanhos e cores.
O príncipe de Gales, aquele, irmão de George, que o filme O Nome do Rei expõe, é o maior nome da moda dos últimos 200 anos. Excêntrico, ele largou mão do trono para poder se casar com uma americana divorciada ( ato que nem William ousará cometer ). Foi nessa emergência que George assumiu um trono que não queria. ( Voce não viu o filme? Corra à locadora! É soberbo e magnífico ). Voltando.... Então o principe, Edward, começou a ser fotografado, seguido, imitado. Para a Esquire foi ele quem mudou tudo. Tirou os homens do preto e do cinza e começou a misturar veludo com gabardine, xadrez com listras. Informal, mas sempre muito, muito elegante. E dando a sensação de ter acabado de sair do banho.
Pois bem, Edward pode ser o mais influente, mas o livro elege Fred Astaire o homem mais elegante do século XX. Seria bom em caso de dúvida todo homem pensar: Como Fred faria? O que ele vestiria para ir nesse coquetel?
Fotos dos ícones: Bogart, Sinatra, Marlon Brando ( que lançou a camiseta como roupa de rua e não como roupa de baixo ), Andre 3000, Jay-Z e George Clooney são os mais elegantes de agora. Jack Nicholson é o cara dos anos 70 e Michael Douglas foi o ícone dos anos 80. Nos anos 60 o ícone é Mick Jagger com a moda dos ternos skinny. Dois destaques muito citados: Steve McQueen, o extra-cool que lançou N modas que ficam até hoje, e claro, não poderia faltar, Cary Grant, que tem a imagem da perfeição absoluta, do simples e saudável como o verdadeiro sofisticado e original.
Alguns dogmas caem por terra. Tênis, o mais elegante ainda é o mais simples, sempre. Óculos de sol, só o Ray Ban Tipo Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo, ou o óculos aviador, que também é Ray Ban. Cabeça raspada virou ícone depois de Michael Jordan e sapatos nunca devem ser delicados. Sola grossa, costuras fortes.
Marcas, as melhores são citadas. E surpresa, nada de Armani ou DG. São marcas centenárias, de pouca divulgação, marcas de entendidos. Ternos? Brioni, Canali, Hickey Freeman ou Gieves and Hawkes. Camisa? Borrelli, Tyrwhitt ou Turnbull. Conhece? Melhor mala de viagem? Valextra. Isso mesmo, marca tão secreta que nem logo usa. Para cuidados de pele: Kiehl. Pelo menos essa eu conhecia!
Cheio de humor, tirando uma dos erros imperdoáveis ( ele não tolera minhas amadas camisas estampadas, e também abomina bermudas e camisetas que não sejam lisas ), o livro nos faz perceber que muito mais que futilidade, elegãncia é uma busca pelo funcional, funcional unido a auto-imagem, a passar para os outros a mensagem certa. Qual a mensagem? Eu sou e eu posso. E me sinto bem.
Duas coisas mais: Diz ele que mulheres, garçons e taxistas adoram homens de terno.
E para quem puder, eis o endereço:
ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DOS MORDOMOS PROFISSIONAIS: www.butlersguild.com
Lê-lo tira um zilhão de dúvidas, desde como tirar manchas em colarinhos até a melhor forma de organizar um guarda-roupas. ( A melhor é ter um mordomo, mas como poucos podem ter.... ).
Paletós, camisas, calças, casacos, relógios, tem de tudo, como usar, o que comprar, como conservar. Caretaço? Talvez, mas o texto deixa claro, são dadas dicas, cabe a voce criar seu estilo. Mas não exagere! A Esquire cria a base sólida e atemporal, voce dá seu toque pessoal.
Eu disse atemporal? Eles contam a história das roupas. Onde e quando surgiu o paletó, a parca, o jeans, o veludo... 80% das roupas masculinas têm origem militar. E mais que isso já estava estabelecido antes de 1920. De 1920 pra cá quase nada mudou, só tamanhos e cores.
O príncipe de Gales, aquele, irmão de George, que o filme O Nome do Rei expõe, é o maior nome da moda dos últimos 200 anos. Excêntrico, ele largou mão do trono para poder se casar com uma americana divorciada ( ato que nem William ousará cometer ). Foi nessa emergência que George assumiu um trono que não queria. ( Voce não viu o filme? Corra à locadora! É soberbo e magnífico ). Voltando.... Então o principe, Edward, começou a ser fotografado, seguido, imitado. Para a Esquire foi ele quem mudou tudo. Tirou os homens do preto e do cinza e começou a misturar veludo com gabardine, xadrez com listras. Informal, mas sempre muito, muito elegante. E dando a sensação de ter acabado de sair do banho.
Pois bem, Edward pode ser o mais influente, mas o livro elege Fred Astaire o homem mais elegante do século XX. Seria bom em caso de dúvida todo homem pensar: Como Fred faria? O que ele vestiria para ir nesse coquetel?
Fotos dos ícones: Bogart, Sinatra, Marlon Brando ( que lançou a camiseta como roupa de rua e não como roupa de baixo ), Andre 3000, Jay-Z e George Clooney são os mais elegantes de agora. Jack Nicholson é o cara dos anos 70 e Michael Douglas foi o ícone dos anos 80. Nos anos 60 o ícone é Mick Jagger com a moda dos ternos skinny. Dois destaques muito citados: Steve McQueen, o extra-cool que lançou N modas que ficam até hoje, e claro, não poderia faltar, Cary Grant, que tem a imagem da perfeição absoluta, do simples e saudável como o verdadeiro sofisticado e original.
Alguns dogmas caem por terra. Tênis, o mais elegante ainda é o mais simples, sempre. Óculos de sol, só o Ray Ban Tipo Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo, ou o óculos aviador, que também é Ray Ban. Cabeça raspada virou ícone depois de Michael Jordan e sapatos nunca devem ser delicados. Sola grossa, costuras fortes.
Marcas, as melhores são citadas. E surpresa, nada de Armani ou DG. São marcas centenárias, de pouca divulgação, marcas de entendidos. Ternos? Brioni, Canali, Hickey Freeman ou Gieves and Hawkes. Camisa? Borrelli, Tyrwhitt ou Turnbull. Conhece? Melhor mala de viagem? Valextra. Isso mesmo, marca tão secreta que nem logo usa. Para cuidados de pele: Kiehl. Pelo menos essa eu conhecia!
Cheio de humor, tirando uma dos erros imperdoáveis ( ele não tolera minhas amadas camisas estampadas, e também abomina bermudas e camisetas que não sejam lisas ), o livro nos faz perceber que muito mais que futilidade, elegãncia é uma busca pelo funcional, funcional unido a auto-imagem, a passar para os outros a mensagem certa. Qual a mensagem? Eu sou e eu posso. E me sinto bem.
Duas coisas mais: Diz ele que mulheres, garçons e taxistas adoram homens de terno.
E para quem puder, eis o endereço:
ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DOS MORDOMOS PROFISSIONAIS: www.butlersguild.com