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A NOD IS AS GOOD AS A WINK TO A BLIND HORSE - THE FACES
Em 1967 havia uma banda inglesa, mod, muito inglesa, chamada Small Faces. O sucesso na Europa era do tipo que faz as meninas berrarem na rua. Mas então, o líder, Steve Marriott se encanta pelos USA. Como aconteceu com tanto inglês, a imensidão da América o hipnotiza e ele abandona os Small Faces para fazer um som menos inglês, mais USA. Forma o Humble Pie. Uma banda de hard rock. O resto dos Small Faces se vêm desempregaod e com contratos de show para cumprir. ------------------ Enquanto isso, Jeff Beck, o melhor guitarrista inglês de sua época e de todas as épocas, faz sucesso com seu Jeff Beck Group. Porém, irriquieto como sempre, Jeff desfaz a banda em 1968, após apenas um ano e meio de estrada. Rod Stewart, o cantor da banda, e Ron Wood, o baixista, estão sem emprego. ----------------- Steve Marriott era o cantor e o guitarrista dos Small Faces. Por que não chamar Rod e Ronnie para cobrir essa vaga? Ronnie sabe tocar guitarra, era baixista para Jeff Beck porque ao lado de Jeff qualquer guitarrista vira base. Rod e Ron Wood aceitam. Pronto! Nasce The Faces! ----------------------- Ao vivo a banda é uma festa, o tema é bebida e mulheres e os shows explodem em sucesso. A Nod... é o terceiro album e é o melhor. Miss Judys Farm, a faixa um, já dá o tom: rocknroll de pub. gasolina, juventude, alegria vital. Stewart e Wood formam uma bela dupla de compositiores, mas Ronnie Lane também é um grande talento, e o disco tem 3 composições de Lane, o destaque sendo Debris. As faixas de Lane são sempre as mais adultas. Too Bad se tornou um clássico ao vivo, a versão de Memphis de Chuck Berry é sublime e é aqui que Stay With Me foi lançada. ------------------ Ao mesmo tempo, Rod Stewart levava adiante sua carreira solo. E o azar dos Faces é que como cantor solo, Rod vendia muito mais que no papel de vocal dos Faces. Naturalmente a banda foi abandonada por Rod e em 1974 os Faces acabaram. --------------- Lembro que nos anos 70 eles eram considerados um grupo muito Pop. Não eram hard rock e nem progressivo, então ficavam em um meio termo que não agradava o povo radical do rock. Mas a partir dos anos 90 a banda foi reabilitada, e hoje tem seu justo posto de grande banda do rock dos anos 1970. ------------------- Uma folia. Um bando de rockers adoráveis.
PRIMAL SCREAM E THE MOODY BLUES, O PROBLEMA DA CRÍTICA INGLESA
GIVE OUT BUT DON'T GIVE UP, disco do Primal Scream lançado após Screamadelica, comete o maior dos pecados, na visão de um crítico inglês: ele lembra os Rolling Stones. Talvez, para esses ditadores do gosto, só o Led Zeppelin pode ser mais pecaminoso que os Stones. Todo e qualquer disco que tiver um cheiro de Jagger e Richards será escutado com imensa má vontade. Na verdade eu imagino que eles nem escutam. Dão uma opinião a priori após dois minutos de riffs. ------------------ Screamadelica foi produzido por Jimmy Miller, produtor dos Stones entre 68-73. Só uma besta não percebia que Bobby Gillespie ama Jagger e etc. Tudo em Screamadelica recorda Beggars Banquet. Só que um bando de mixers deu um banho de beats e bytes na coisa e os críticos, tolinhos, amaram essa homenagem rave aos associados de Jimmy Miller. ----------------- Se voce quiser os favores da crítica inglesa, imite Kinks e Small Faces. Ou então mergulhe numa deprê pós Joy Division. Tudo que escapar desse canone será atacado. -------------- Give Out foi feito nos EUA, pior, no sul dos EUA e Bobby não é o primeiro inglês que ao ir aos EUA fica maluco com o que vê. U2 e Stones Roses são outro exemplo. A não ser que voce seja muito tapado, a América vai mudar sua vida. Até os Kinks sentiram a coisa e os Small Faces, após os EUA, viraram The Faces e Humble Pie. Bobby se juntou ao povo de Memphis-Tennessee, e fez um disco de rock que só não é ótimo porque ele não tem voz. Esse som, uma mistura de rock-gospel e soul exige grande voz. Van Morrison vem à cabeça ( Van é mais um que mudou nos EUA. Them era uma banda british, nos EUA ele virou quase um folk american singer ). ------------------- Se voce cresceu amando a música dos USA não tem como não desbundar ao ver Chicago, New Orleans e a casa do Elvis. Se o cara alugar um Cadillac e pegar a highway 61, bem, Cream era bem inglesa, Layla era puro USA. John Lennon foi morar em NY. Do you know what i mean? -------------------- DAYS OF FUTURE PASSED dos Moody Blues fez o caminho inverso. A banda até 1967 era um tipo de cover dos EUA, em 67 virou o molde do som made in England. É um poço de pretensão. Dizem que é o disco que inventou o prog rock. Observe, bandas prog, por mais que viagem aos EUA, nunca sofrem influência da América. Isso porque eles se acham artistas. Nesse sentido os Moody são avôs do prog. --------------------- Eles se trancaram no estúdio da Decca, e com uma orquestra gravaram esta coisa. É música erudita com banda de pop rock. Mas entenda, não é erudito tipo vanguarda, é orquestra tocando algo tipo trilha sonora de Spielberg ou desenho Disney. Xarope. Dá um choque porque é muito bobo. Em 1967 parecia estranho, hoje parece tolo. Então, depois da orquestra e até de um narrador, sotaque mega BBC, vem o melotorm. Um melotrom!!!!! O melotrom é o avô do synth. Uma coisa que usava fita para armazenar sons. Sempre que eu ouço um melotrom imagino um cara de gola rulê e óculos roxo. É um timbre doentio. ADORO!!!! Space Oddity tem melotrom. O album Satanic dos Stones é todo melotrom. Parece som de inferno em technicolor. --------------- As faixas POP sem orquestra são boas. Ótimas até. Mas pra chegar nelas voce tem de aguentar 15 minutos de xaropada. Ah sim, a crítica inglesa falou na época: Oh!!!!! Influência dos Beatles!!!! Nada disso! O disco é filho do Pet Sounds. Mais um.
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