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TEMPO

   Um amigo me fala de Leonardo Boff e resolvo ler seu blog. O primeiro post que leio já me toca. Tempo é o tema. A visão o tempo de Boff é a mesma que tenho. Tempo de relógio não existe. É tempo da razão, tempo que divide a vida em partículas artificiais. O sentido desse tempo serve apenas para nos aprisionar. Dentro desse tempo mecânico não pode haver felicidade. Nele mal cabe a alegria.
  O tempo existe, não se pode dizer que ele seja invenção humana e só humana. Os bichos vivem seu tempo. As coisas surgem dentro dele e com ele. Boff fala do Big Bang como um evento no tempo. Na verdade ele inaugura nosso tempo. Um milionésimo de segundo dentro do silêncio. Acaso?
  Minha alegria e minha liberdade sempre viveu no tempo natural. O tempo que reconhece dia e noite, inicio e fim. Calor e frio, chuva e sol. Boff conta que a igreja tenta fazer esse tempo sobreviver. Na igreja existe Natal e Pascoa, nascimento e morte. Tempo da Terra: melancia e uva, laranjas e cabritinhos. Plantar e colher, guardar e usufruir.
  O amor tem um tempo seu. Conhecer, conquistar, reconhecer, aceitar, unir e construir. A dor tem seu tempo: ver, revoltar-se, aceitar, afundar, renascer, crescer. O relogio diz que passou certo tempo. Mas o que ele diz nada significa. O que ele chama de longo pode ser curto para voce. E vice-versa. O que seu mecanismo diz significa apenas que o relogio andou. Ele andou. O tempo quem sabe?
  Cada ser tem seu modo de andar e de ser ao tempo.
  Respeite.