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HOLLYWOOD NIGHTS Bob Seger & Jason Aldean Live FULL HD

Bob Seger & The Silver Bullet Band - Still The Same (Live From San Diego...

A CANÇÃO, A BOA E VELHA CANÇÃO....BOB SEGER- STRANGER IN TOWN

A boa e velha canção, música que é como uma amigo que fala com a gente e nos escuta também. Som que ocupa um espaço, uma lembrança que é sempre renovada, permanece e dura, parte de nossa identidade. A canção, a sua canção, a minha canção, é nós mesmos, como nossa cama, nossa escola, nosso túmulo. Flores na campa, beijo da namorada, sorriso do pai, nuvem que passa, fruto que cai. A canção é uma das mais fortes criações do homem. ------------------ Canção sempre houve. A folclórica, a religiosa, o blues, o fado, a obra de Schubert, o soul, o samba canção, Cole Porter. Cada tempo tem e teve sua canção, radiografia da alma comum daquele período. E há um tipo de canção, a CANÇÃO vida do rock, pós-rock, pós-blues, que dominou o coração da minha geração. A grande canção das grandes vozes POP dos anos 70-80. Uma fórmula sim: introdução, desenvolvimento, refrão, solo, refrão, final. Três a quatro minutos. Uma tonelada de grandes canções feitas entre 1970-1982. Dizem que começou com um disco de Van Morrison, em 1970. Dizem que acabou com a onda dos teclados exagerados, nos anos 80. Mas canção sempre há, mesmo que hoje seja sertaneja, seja a cinco vozes em ritmo matemático numa produção americana. --------------- Bob Seger foi um dos grandes nomes da canção. Nos anos 60 ele tentou a fama e não deu certo. Entao em 1975 se tornou uma estrela, já aos 30 anos, com um disco ao vivo. Stranger in Town, de 1978, é um album que vendeu muito nos EUA da época. E Seger mostra aqui seu domínio sobre a canção. A boa e velha canção. -------------- O estilo é rock. Muita gente o compara a Bruce Springsteen. Os dois estouraram quase ao mesmo tempo e ambos vinham de uma carreira sem sucesso. Além de serem os dois B.S. Mas Bruce é bem diferente. Bob Seger é menos folk, muito menos Dylan. Bruce é mais juvenil, mais empolgado e também mais sofrido. Bob Seger nunca é chato como Bruce é às vezes. Musicalmente Bob Seger é mais Detroit, cidade onde nasceu. Na voz de Seger, ótima, há uma matriz negra, ausente em Bruce. Rouco, rasgado, ele tem algo de sensual, de convidativo, que Bruce nem sonha em ter. Bruce faz hinos. Bob Seger faz propostas a dois. Bruce sempre parece cantar para um estádio. Bob Seger canta para voce. ----------------------- We've Got Tonight é uma das mais lindas cançõe de amor de uma década que fazia canções de amor aos milhões. Ele apela à amada. Convence. Sofre. Se ergue. É absolutemente belo. Mas há ainda Brave Strangers, talvez minha favorita, um rock ao estilo Van Morrison, meio soul, meio gospel, saltitante, estradeiro e solar. Há Hollywood Nights, que é como um desfile de ruas e de situações, um por do sol magnífico e uma noite de promessas. E Still The Same, uma dessas canções que tocam em rádios saudosistas e a gente nunca sabe de quem é. ------------------ Não é fãcil fazer uma grande canção. É preciso ter voz. Ter convicção. E uma banda perfeita. Neste disco há 9 grandes canções. Aproveite;

UM ANO BEBENDO, O NASCIMENTO DO INDIE E UM AMERICANO LEGAL.

   Ouço falar de Bob Seger desde 1980. Eu comprava as Rolling Stone gringas e ele sempre estava bem colocado nas paradas. Não tinha curiosidade nenhuma em o escutar. Sabia que era um tipo de Bruce Springsteen dos pobres. Eu achava isso. Achava errado. É legal voce ter mais de 50 anos e ainda descobrir gente que não conhecia. Ter ainda toda uma discografia pra descobrir. Me surpreendi muito ao ver um disco de Bob Seger entre os discos que meu irmão me deixou. Ele não tinha nada de Bruce. Ouço Seger então. Poxa! O homem é bom!
 Bob Seger começou antes de Bruce, em 1970, cantando um tipo de rock de garagem. A partir de 1976 se tornou estrela nos EUA. O som que ele fazia então tinha tudo a ver com Bruce e ao mesmo tempo nada a ver. Seger é mais intimista, não faz hinos. E, apesar de entregar tudo no palco, ele é um pouco mais contido, quase nada, mas é sim. O som de Seger tem uma elegância pop que Bruce raramente tem. Bruce é mais visceral. Bob é mais simples. As canções de Seger vão diretas no coração. São sofridas. São belas. Quando o vinil duplo termina dá vontade de ouvir mais. Eis um cara pra eu ir atrás.
  Ninguém, dentre os gênios do rock, que são poucos, gravou tanta coisa ruim como Paul MacCartney. Ele grava desde 1963, são 55 anos. Imagino que ele deva ter uns 55 discos. Talvez 35 pós Beatles. Desses todos, ele tem 4 ou 5 bons. E mais de 20 muito, muito ruins. E quando Paul é ruim, ele é o mestre da ruindade. Red Rose Speedway e Wild Life são tão ruins que parece até proposital. Tudo soa tão meloso, tão inocente e piegas, tão feitos em capricho, que a gente fica pensando que Paul gravava sem escutar a si mesmo. Os refrões são chatos, as melodias comuns e ele canta com sono. London Town tem o single London Town, que é lindo, uma canção de 1978 com a mágica harmonia que só Paul sabe criar. Um gosto de melancolia e de leveza, de London Town. Adoro muito! Mas o resto do LP, do London Town é constrangedor. Mas...
  Ouço MacCartney, lp de 1970, o primeiro. E pesquiso sobre ele na internet. Leio esta opinião em geral: Um disco massacrado em 1970. Na época dos solos perfeitos, das letras com "conteúdo", o disco foi considerado pobre, mal tocado, esquálido e indulgente. Mas, agora, desde 2000 em diante, o LP é tido como "O PRIMEIRO DISCO INDIE DA HISTÓRIA". Juro que leio isso. E ele é!!!
  Gravado em casa, com um gravador de 4 canais, Paul canta e toca todos os instrumentos. E fala coisas simples: rotina, amor, memória, filhos, solidão. Deus Meu! Que disco bonito!!!! Delicado. Valentine Day, Every Night, Junk, Glasses...são todas tão bonitas, tão atemporais, tão "indie". É a sonoridade que 90% das bandas inglesas tentam ter. Ouça. É como chá ao gramado. Violão, um piano, uma bateriazinha...
  Em 1974 Yoko largou John e ele passou o ano inteiro bebendo. Em 75 ela voltou e ele se trancou no apto. O resto voce sabe.
  Ele bebia com seus amigos: Elton John, Keith Moon e Harry Nilsson. Todos grandes bebedores. Na época eu era criança e ganhei o disco que Moon, John e Nilsson gravaram em 1974: Pussy Cats. O disco tem a capa mais feia da história. Mas é fascinante! Não o ouvia desde mais ou menos 1978. Compro o cd. Meu lp sumiu a muito. Um amigo o roubou.
  Nilsson era uma estrela na época. Fazia até filmes. Ficou famoso em 1969 com Everybodys Talkin, a linda canção de Perdidos Na Noite, o filme com Voigt e Dustin Hoffman. Without You que Nilsson lançou em 1972 é uma das canções que mais vendeu na década. Mas Pussy Cats vende quase nada...Que posso dizer? O disco é amargo como tudo que Nilsson fez. E ao mesmo tempo é histérico. São dez canções que variam do sublime ao desleixo. Nada nele é banal. Posto Dont Forget Me. Se não te pegar...esquece.