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O SOBRINHO DE RAMEAU - DIDEROT
Rameau, para quem não sabe, foi, no começo do século XVIII, o renovador da MÚSICA FRANCESA. Criou novas regras de harmonia e de composição. Diderot imagina um sobrinho de Rameau, um malandro extremamente imoral e amoral, e tem com ele um diálogo. O texto trata disso, o Sobrinho de Rameau e Diderot conversando sobre arte, amor, ética, dinheiro, política. --------------- Lendo esse diálogo, 250 anos depois, somos pegos de surpresa pela exibição da inteligência de Denis Diderot. O modo como ele expõe dois pontos de vista, dois caráteres opostos, sem jamais explicitar qual seu lado, é coisa de talento analítico exemplar. As frases brilham diante de nossos olhos e nossa mente se clareia no processo. Nunca é didático e nunca é aborrecido. ----------------- Denis Diderot é, ao lado do ferino Voltaire e do ingênuo Rousseau, parte do trio de autores franceses que asfaltou a estrada que levou sua nação rumo ao mundo moderno. Rousseau teve a ilusão, herdada pela esquerda de hoje, de que o homem é bom e perfeito ao nascer e que o mundo o vicia. Voltaire, o mais inteligente dos trio, pregava a plena liberdade e sabia que o homem só pode ser feliz sendo ele mesmo e que isso só acontece na liberdade irrestrita. Diderot era o que eu menos conhecia dos três e observo que ele era a parte cultural da coisa. O homem precisa saber e ao saber precisa aprender a pensar, pesar e analisar. Era o sábio, Voltaire era o psicólogo e Rousseau o poeta. É isso.
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