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IGUALDADE LIBERDADE FRATERNIDADE

As pessoas, no atacado, sempre foram burras, o problema hoje é que os intelectuais de 2023 são muito mais idiotas que aqueles de 1953 ou 1853. ----------------- Pessoas não são bichos. Tive na vida 9 câes e todos eram iguais. Reagiam às coisas do mesmo modo, latiam pelos mesmos motivos, tinham a mesma rotina, sonhavam, possivelmente, o mesmo sonho. Eu os amei muito, e por isso via neles o reflexo de mim mesmo, via em meu boxer um filósofo. Mas isso era meu eu refletindo-se nele.-------------------- Claro que há câes farejadores, pastores, de companhia, mas atente! Eles foram formatados por criadores humanos que fizeram deles especialistas em um tipo de reação ao meio e ao comando. Essa pseudo diferença entre cães não tem a ver com personalidade canina, tem a ver com reação automática. Na "alma" todo cão é o mesmo. ------------------- Hoje, de forma canina, se diz e se impõe a ideia de que TODOS SOMOS IGUAIS. Somos? Eu sou como Einstein? Voce é como Lula? Sério mesmo? Um norueguês é igual um hindú? Não falo parecido, pois todos somos mamíferos humanos, digo IGUAL. Pois o que se impõe é que não temos diferença alguma entre nós. ----------------- O sonho de todo tirano é fazer da diversidade humana, massa anônima, que siga sem pensar. O modelo são os egípcios dos faraós, os soldados de Roma, os bolcheviques de Lenine e os nazis de Hitler. E, claro, os chineses de Mao, que eram obrigados, inclusive, a vestir sempre o mesmo uniforme. ----------------- Quem lidou com a massa humana sabe, lidar com pessoas que pensam de modo diferente é muito mais árduo. É preciso discutir, argumentar, convencer, e muitas vezes, ceder. Um tirano não admite isso. Ele manda calar. Um tirano só aceita o coro, nunca o solo. ------------------ Dizer que todos somos iguais é negar exatamente aquilo que nos diferencia dos bichos, o fato de que somos a única espécie que muda de acordo com o tempo e o desejo. Um cavalo de Julio César é exatamente o mesmo cavalo de um soldado de hoje. Um piloto de avião de hoje é muito diferente de um aborígene com seu dingo ao lado em 1500.-------------------- O objetivo é óbvio: excluir os diferentes e assim lidar apenas com a massa dos iguais. ---------------------- Mas como? E a diversidade da modernidade? Olha as ruas! Um rapaz de cabelo roxo e vestido rosa, uma moça de uniforme de soldado, um trans e um esportista, um coreano casado com uma sueca! Haja diversidade! Nunca houve tanta! ------------ Ilusão, pura ilusão. São apenas fios de cabelo, roupas, tatuagens. Por detrás do cabelo roxo há a ideia de que ele é igual ao coreano casado com a sueca. Mas!!!! Veja o embuste!!!! Igual desde que ele não desenvolva ideias originais, só dele, e comungue dessa específica igualdade, a de crer em TUDO que se deve crer. Voce será igual se se SUBMETER às mesmas normas e crenças do moço de cabelo roxo. É uma igualdade que não pode relaxar, que vigia, que observa, que cobra cooperação e obediência. Uma igualdade que produz stress eterno.------------------- É uma democracia igualitária FASCISTA. Um absurdo. ----------------------- Quem não se submete é excluído e taxado de anti democrático ou de inimigo perigoso. Perigoso por ser DIFERENTE. E é aí que a burrice extrema de nossos intelectuais toma poder. Eles pregam o tudo aceitar, a igualdade absoluta, mas não conseguem perceber, ou não admitem entender, que excluem aqueles que se afirmam diferentes do moço de cabelo roxo. --------------------- No lema da revolução francesa, nada é mais enganoso que igualdade, pois nunca haverá igualdade. O que deve haver são os mesmo direitos e deveres, não importa se voce é careca ou cabelo roxo. As mesmas aspirações, sonhos, medos, raciocínios, jamais!!!!! O progresso se fez na disputa entre pessoas diferentes que se desafiavam e se ouviam. O calar e o censurar emburrece e portanto traz a estagnação. A não discussão sobre a COVID 19, uma vergonha histórica, fez da ciência uma questão de fé, e não uma troca de experiências. ------------- Voce pode transar com uma árvore, pode querer ser um coelho ou andar nu, mas não pode, nunca, ser aquilo que só voce pode ser, único. ------------------------- O tirano diz: Brinquem seus trouxas, brinquem de coelhinho, fiquem pulando a noite toda, mas não sejam PERIGOSOS. ------------ A massa, iludida, aplaude e se sente livre por poder ficar maluca, e se pensa igual, por obedecer ao mesmo comando. -------------------- Mas isso não durará muito. Nossa alma é individual e selvagemente irritadiça, a coisa cairá como chuva. Graças a Deus.

VOLTAIRE

Ando lendo Voltaire, autor bastante fora de moda hoje. Isso acontece porque o gênio francês duvidava de tudo, principalmente daquilo que todo mundo dava como certo. No conto O HOMEM DOS 40 ESCUDOS, ele além de fustigar a igreja, poder central da época, chama Rousseau de "caso de loucura sem cura que deveria ser esquecido dentro de um hospital de alienados". A filosofia central de Voltaire é: Desconfie dos sábios. Sábios são vaidosos, e tudo o que fazem é lutar pela manuntenção de sua vaidade. Um sábio não admite se contradizer, e fica firme em seu erro. O sábio é o ditador da mente moderna. Ando pela rua. Sol, vento, ar leve, é primavera. Óbvio que como voltairiano que sou, não uso máscara. Levo um lenço no bolso. Coloco em locais fechados. Não quero causar escândalo. Não quero incomodar velhinhas. Mas me recuso a crer que um pedaço de tecido faça alguma diferença. Mais que isso, não vejo, em mim mesmo, e naqueles que conheço, a ocorrência de uma hecatombe. Cresci como maricas. Não me ofende dizer isso. Para quem não sabe, maricas não é gay. Freddie Mercury ou Ney Matogrosso não são maricas. Felipe Neto é. Eu tinha medo de tudo. De gente desconhecida, de lugares estranhos, de doenças, de morrer. Temia baratas e até cachorros. Minha vida era medo e medo. A dureza da vida me fez mudar. Ainda estou longe de ser corajoso, mas deixei faz tempo de ser um mariquinhas. A epidemia me surpreendeu por me fazer notar a quantidade imensa de gente medrosa que há no ocidente. Não falo do pai que teme pelos filhos. Da filha que teme pela mãe. Falo do cara de 18 anos trancado no quarto. Da menina de 20 que anda com lenço, óculos e alcool na mão. Completamente dominados pelo medo, odiando quem não sente o que eles sentem ( nada irrita mais um maricas que a coragem alheia....eu sei, cresci sentindo essa raiva ), eles abrem mão da sua inteligência em favor do instinto animal do medo. Voltaire escreveria sátiras maravilhosas sobre isso. Que seriam censuradas, como eram seus contos em 1760. Leiam Voltaire. Saúde não é um pedaço de cueca sobre o nariz. Saúde é duvidar do porque das coisas.

...E TUDO COMEÇOU COM O CIGARRO.

Eu amo religião. E amo, talvez ainda mais, a ciência. Einstein, Planck, Rutherford, são herois pra mim. Mas houve um momento, assim como aconteceu com a religião, em que notaram que a ciência poderia ser usada como instrumento de poder. A religião virou igreja, a ciência se tornou "regras de saúde". Tudo começou com o cigarro. Sou alérgico e sei o que significa estar numa sala com fumantes. Lágrimas e mal estar. Porém nunca houve motivo para o fim das áreas de fumantes em restaurantes ou mesmo uma sala de fumantes em aviões e trens. Não poder fumar numa mesa ao ar livre não faz sentido. Foi com o cigarro que pela primeira vez a ciência ditou regras aos adultos. Tendo como desculpa o bem deles mesmos. Seria, hipoteticamente, melhor morrer de câncer ósseo ou de meningite que de trombose causada por fumo. Qualquer humano sabe que a morte virá de qualquer maneira, mas se percebeu que usar o medo da morte como forma de controle lhe dá um poder ilimitado. Sem contestação, fumantes viraram párias. Dizer que se sente NOJO de fumantes não choca ninguém. É preconceito aceito. Pois é pelo bem do rebanho. Desde então ( 1999, 2000 ), cientistas perceberam ter o poder mais influente do mundo. São os bispos de hoje. Podem condenar e tornar ídolo qualquer um. Se tiver a chancela de científico, todo charlatão, toda previsão estapafúdia, se torna SAGRADA. Assim como católicos jamais duvidavam do padre, pois nada sabiam da bíblia, o povo não duvida do cientista, pois nada sabem de ciência. Não demorou para políticos entenderem que com a chancela da ciência, eles poderiam usar quanto dinheiro quisessem, tudo para o bem do SEU povo. O medo de morrer é o mais devastador pavor do homem. Se antes se temia o diabo e o inferno, e com isso se ameaçava o pobre ignorante, hoje se usa um vírus e uma cova como instrumento de controle. Tome algum cuidado, mas não viva dominado pelo medo. Isso é tudo que tenho a dizer. Bom senso. Calma. E muita dúvida.

BAD NEWS

   Não me lembro qual, mas havia uma civilização no passado em que o mensageiro que trazia más notícias era morto pelo rei. Antes de ser uma anomalia, isso revela um conteúdo profundo de nossa mente. Mensageiros da dor são evitados depois que a dor passa. Quando não, se tornam alvo de ódio. Prova disso? Quantos casais não se separam após a morte de um filho? Quantas famílias não se desunem após uma tragédia? Olhar o rosto daquele que te trouxe uma mensagem de dor, se torna, com o tempo, uma lembrança a ser evitada. Ninguém ama quem alardeia a tragédia. O amor que nasce em emergências é aquele que te fez sorrir no pesadelo.
  Após esta crise será difícil para o cidadão comum não associar certas figuras com o mal de uma lembrança amarga. Penso, óbvio, em emissoras e veículos que não se cansam de assustar, dramatizar, alarmar. Não há seriedade neles, apenas o desejo vil de se aproveitar de um momento fora da curva. Mesmo que de forma inconsciente, grava-se na memória de todos o mal estar criado por tanta frase venenosa, tanta informação corrompida, tanto cenho feroz.
  Essa atitude de certos meios de comunicação me surpreende muito. É uma atitude burra, ou talvez desesperada. Não há bom senso nenhum. Não se pensa no futuro da própria empresa. Até como ato de egoísmo ele é falho.
  Dizem que o ser humano mostra seu rosto na hora da emergência.
  Cara feia a da nossa imprensa.
  Burra. Histérica e revanchista.

CORONA VÍRUS EM NEVERLAND

   Este texto é escrito por inspiração de um belo artigo de Luiz Felipe Pondé. A filosofia que ele expressa é 99% a minha. Algo me incomodava nesta crise mundial, um certo mal estar indefinido, e Pondé conseguiu desanuviar minha mente. O que ele escreve colocou a primeira marcha neste meu escrito. Aqui vão as outra quatro.
  Convivo com duas classes sociais. A classe média e a classe dos que lutam para comer. Quando pensei em escrever este desabafo, imaginei que só as classes mais abastadas poderiam ser alvo do que falarei. Mas agora percebo que não. Mesmo os mais pobres, aqui no Brasil, São Paulo, vivem na mesma ilusão. Para eles a coisa é ainda pior. Eles não têm como pagar pela ilusão. Vamos ao que Pondé disse e ao que eu falo do meu ponto de vista.
  O vírus escancara a fragilidade de um certo tipo de pessoa. Aquela que vive na ideia de que tudo é possível se voce desejar. O corpo é meu e faço com ele o que quero. Mas não só isso, também a ideia de que a vida é minha e ela está aqui para me servir. A vida e a existência vistas como um tipo de serviçais. Pessoas que acreditam no "direito à felicidade", uma invenção fabricada, e portanto artificial, criada ao fim da segunda guerra mundial. Desumana no sentido de que nada na humanidade predispõe à felicidade. A vida é uma luta, uma guerra, uma disputa. É assim para o esquilo, para o macaco e para o tigre. A vida não é um desenho da Disney. Os animais estão em constante e eterna luta e se voce crê que o humano é apenas mais um animal, e não um filho de Deus, então saiba que sua vida é como a do salmão, briga por sobreviver.
  A vida é assim e não há como escapar. Mas o mundo de 2020, na verdade o mundo desde 1945, consegue fazer com que ignoremos isso. Podemos passar vinte ou até 60 anos de nossa vida  crendo que Bambi existe e que se " a gente se unir e quiser com bastante vontade, o bem será de todos". Até que um dia, sozinho na sala de espera de um médico, voce descobre ter um câncer. Então a vida Disney acaba. E voce descobre que a leoa que morria de fome na savana, cercada por hienas, era igual a voce. Seu corpo te trai. Sua mente te condena. Bem vindo à natureza real, Bambi. A vida é lutar por viver. A felicidade é apenas uma miragem criada por gente que nunca achou que ia ter de sobreviver. Que ia apenas tentar ser feliz.
  O vírus joga na cara de 3 bilhões de pessoas, ao mesmo tempo, que a morte existe. Que seu condomínio não te protege dela. Que todos podemos morrer amanhã. E veja que coisa:  Provavelmente sua morte será de câncer! Educados para crer que desejar é poder, e que a vida é a busca pela felicidade e não pela sobrevivência, nos tornamos histéricos com essa afronta desse vírus maldito. O pavor nos domina. E as hienas, felizes, esfregam as mãos.
  Usamos então a antiquíssima válvula de escape. Um bode expiatório. A culpa pela peste era do judeu, era do feiticeiro, era do bárbaro. Agora é do chinês, é do Bolsonaro, é do italiano. Queremos crer que há um culpado para assim podermos o eliminar, e o eliminando vencer a morte. Que infantil ainda somos! O inimigo é um vírus. E ele pouco se lixa para suas opiniões. Não comer carne ou fazer ioga não vai te salvar. Na vida todos nós morremos no final. Hoje, amanhã ou em 2100.
  Para a classe média, essa vida Disney é absoluta. A morte não existe e as pessoas do meu meio são boas e positivas. Para os mais pobres percebo que já surgiu o mesmo fenômeno. A pessoa não tem o que comer, mas vive na fantasia de que sua vida é um filme policial em Los Angeles, que ela é um astro do Rap, ou que sua vida é a busca da felicidade, e que desejando com fé, ela virá. Como diria Paulo Francis: weeeeeellllll........
  O movimento hippie aconteceu porque pela primeira vez os adolescentes não precisavam trabalhar. O capital criou tanta riqueza que o mundo viu um fenômeno inédito: gente de 15 anos tendo tempo livre e dinheiro pra consumir. Surgiu a indústria pro jovem, indústria que hoje é hegemônica. E jovens têm desejos. E o comércio os atendia e atende. Já. E ser feliz é o maior dos desejos.
  Problema: Claro que ninguém sabe o que é ser feliz. Mas não faz mal. Vamos querer algo indefinível. Vamos pagar por ele. E é aqui que entra o texto de Pondé: Vamos nos deprimir por ele. Depressão óbvia: Se voce quer algo que não sabe o que é, voce jamais encontrará. E ao não encontrar vai se deprimir. Pior, se condenará por ser incapaz de o encontrar. Imaginará que todos os outros são felizes e que voce não é.
  Pois bem. Junte um universo de iludidos estilo Disney, crentes na bondade natural do mundo, e junte à deprimidos que falharam em achar a felicidade dentro desse mundo Disney. Jogue então um vírus sobre eles, o que resultará?
  Os deprimidos dirão: Eu avisei. E com um sorrisinho de superioridade irão prognosticar: vai piorar muito! Que satisfação ver os que voce imaginava felizes tão apavorados, né?
  Os crentes no mundo fofo argumentarão: Há algo de errado neste NOSSO mundo perfeito!  O mundo é maravilhoso e a natureza é benéfica. São eles ( chineses, bolsonaristas, italianos, ricos, americanos, petistas ) os culpados! Eles destroem a nossa Neverland!
  Ambos são o resultado de cinco gerações que jamais viram uma guerra ou tiveram de enterrar quatro ou cinco irmãos ainda bebês. ( Calma! Estou escrevendo pra voce. Não para um sírio ou um afegão. E se voce vive na periferia, e teve meia família perdida no tráfico, voce sabe que não é de voce que falo ). Essa geração, que pega inclusive os eternos adolescentes de 55 ou 65 anos, jamais cresceu e jamais desejou crescer. Eles exibem imaturidade como troféu. Alcançar a felicidade passa por ser jovem pra sempre. Somos tão burros que não notamos que a fase mais dura da vida é exatamente a adolescência. Viver 50 anos nela é coisa de masoquista hard. Todos o somos.
  Pra esse povo a palavra serenidade não existe. Como não existe a palavra responsabilidade. Honra. Abnegação. Pragmatismo. São esses que esperam, como todo teen, que um pai resolva tudo por eles. E esse pai se chama estado. Igreja. Grupo. Se a morte nos ronda, o governo que nos livre dela. Se a fome aparece, o pai que nos alimente.
  Somos covardes. Vergonhosamente covardes. Acreditamos realmente que Bambi é mundo real. Que temos o direito de ser Peter Pan. Que a Neverland é nossa por direito de nascença.
  Meu pai foi da última geração a ignorar a ideia de felicidade. Nascido em 1926, no fim do mundo, ele fazia uma cara de surpresa absoluta quando eu reclamava, aos 14 anos, não ser feliz, não estar realizado, não ser livre. Usando a linguagem dele, meu pai dizia:
Que porra de conversa é essa? Estuda e trabalha, a vida é só isso. Seja bom e honre quem voce ama. Felicidade....que ideia mais idiota...
  Para meu pai, esse vírus seria apenas mais uma das muitas mortes que ele viu.
 Mas para nós, que horror, o vírus nos joga na cara que apesar do smart phone da academia, a morte é democrática, irreparável e invencível.