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Mott The Hoople - All The Way From Memphis (Live)

MOTT THE HOOPLE E BAD COMPANY

De todos o estilos de rock, nada está mais morto que o hard rock. Estilo dominante nos anos 70, ele era leve demais para ser metal e pesado demais para ser POP. Seus temas eram geralmente amor, sexo, estrada, os amigos, a revolta, leve, contra o sistema. Tinham uma alegria que transparecia mesmo nas baladas e uma técnica não exibicionista. Eram bandas para se divertir escutando e eles se divertiam tocando. A partir dos anos 80 esse estilo se mediocrizou em chatices que prefiro não citar ( voce conhece todas ). O que era um grupo de homens tocando rock em volume alto se transformou em bando de ídolos sexy se exibindo no palco. Virou a coisa mais fake do mundo. ---------------- Mott The Hoople era a banda de Ian Hunter, um grande letrista que em 1973 tinha como líder de seu fã clube um moleque chamado Morrissey. O som era hard rock, mas com fartas pitadas de Kinks e Dylan. MOTT, seu melhor disco, é quase uma obra prima e veio após Bowie ter salvo a banda com all the young dudes. Aqui Bowie não participa. O filme de Scorsese, ALICE NÃO MORA MAIS AQUI usa este disco na trilha sonora, ele abre com uma sequência linda, na estrada, ao som de all the way from Memphis, uma obra prima que abre o LP. Mick Ralphs, o guitarrista, poderia solar duas horas, mas não, no hard rock os solos são concisos. O disco todo transpira inspiração e a voz de Ian Hunter, mesmo não sendo do tipo que eu aprecio, funciona. É um som que me embala desde minha adolescência e reouvindo agora me deu muito prazer. ------------------ Bad Company foi um supergrupo surgido em 1974. Super porque todos os quatro integrantes tinham sucesso em seus ex grupos: Paul Rogers era vocal do Free, Simon Kirke batera da mesma banda, Mick Ralphs vinha do Mott The Hoople e Boz Burrell tocava baixo no King Crimson. O primeiro disco, Bad Company, é o mais simples e direto exemplo de hard rock dos anos 70. Riffs que acertam o alvo. Bateria pesada. Vocal rouco. Baixo que pulsa. Um som limpo, claro, nítido, direto. São apenas 8 faixas e nenhuma é menos que afiada. Neste disco percebemos o melhor dom do hard rock: ele nos enche de vontade de fazer coisas. Ir à rua, viajar na estrada, procurar alguém. É viril. De todos os estilos é o que menos me enjoa, o bom e velho rock pauleira. Ah sim, o disco foi number one nas paradas do mundo. Bons tempos...