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ALBERTO SORDI/ JEAN DUJARDIM/ JOHN LE CARRÉ/ PI/ RICHARD BURTON/ CLAIRE BLOOM

   AS AVENTURAS DE PI de Ang Lee
Resiste muito bem a uma segunda olhada. É um vencedor de Oscar que vai sobreviver. Tem aventura, humor e imagens de sonho. Mais, instiga interpretações. Na verdade ele fala do valor da narrativa como alma da vida. Nesta minha segunda visita meu prazer foi maior. Esse é o sinal do bom filme, na segunda assistida ele cresce. Nota 9.
   O ARTISTA de Michel Hazanavicius com Jean Dujardim, Berenice Béjo, John Goodman, Malcolm McDowell
Minha mãe tentou ver este filme e eu o revi com ela. Ela adormeceu, eu gostei mais que na primeira visita. Agora vejo algo mais que apenas sua coragem. Aqui se usa toda a linguagem que o amante de filmes conhece e guarda no peito. Citações da história da arte usadas modernamente. Sim, a forma é a de 1928, mas a mensagem, a narrativa é a de 2012. Dujardim tem uma atuação histórica. Ele seduz, varia, cresce, faz rir, hipnotiza. É uma estrela, um grande ator! Que belo filme!!! Nota 9.
   VIAGEM FANTÁSTICA de Richard Fleischer com Stephen Boyd, Donald Pleasence, Raquel Welch
Uma equipe é diminuída e colocada dentro do corpo humano. O objetivo é destruir um coágulo no cérebro. Os efeitos especiais são pueris, mas até que o filme sobrevive. Foi malhado quando de seu lançamento. Houve um tempo em que temas ridiculos eram ridicularizados a priori. Lembro de assisti-lo na TV com 11 anos de idade e passar mal. Agora me diverti. Nota 5.
   MEU PÉ DE LARANJA LIMA de Marcos Bernstein
Até tú José Mauro? Botaram um monte de tiques de arte nesta história simples e transformaram isto num trambolho frio e sem porque. Apagaram a poesia, limaram as lágrimas e deixaram um filme ruim. Nota Zero.
   DEEP IN MY HEART de Stanley Donen com José Ferrer e Merle Oberon
Conta a vida do austríaco Romberg, que apesar de suas pretensões eruditas se tornou uma estrela da Broadway. O filme tem um problema central, a vida dele é desinteressante. Nada acontece. Donen dirige sem capricho e até sua leveza mágica está ausente. Tem números com Gene Kelly e seu irmão, Fred. Além de Howard Keel. Nem eles salvam o filme da banalidade. José Ferrer, queridinho da critica na época, transpira antipatia. Nota 4.
   TO THE WONDER de Terrence Malick com Ben Affleck, Olga Kurilenko, Rachel McAdams
Um erro sério de Malick. O tema é sublime, o amor como dom da alma, como condição de vida, como alma do mundo. Mas o modo como isso nos é passado é desastroso. O filme tenta nos levar ao sonho hipnótico com o uso de cortes ritmados e movimentos de câmera dançados. Os atores rodopiam e o ângulo mais usado é do alto e de costas. Isso cansa, produz tédio. O filme é muuuuito chato! Nota 1.
   42, A HISTÓRIA DE UMA LENDA de Brian Helgeland com Chadwick Boseman e Harrison Ford
Em 1947, o dono dos Brooklyn Dodgers contrata o primeiro jogador negro da história, Jack Robinson. O filme é quadrado, básico, mas é impossível não se deixar levar pelo tema. Robinson, que era briguento, suporta as provocações com frieza e vence. Hoje ficamos revoltados com aquilo que ele viveu. Xingamentos no campo de jogo, ameaças das arquibancadas, preconceito do próprio time. Ford está maravilhoso como o dono do time. Digno e muito real. Um bom filme que acho que não será exibido aqui. Procurem em dvd. Vale a pena. Nota 7.
   O ESPIÃO QUE SAIU DO FRIO de Martin Ritt com Richard Burton, Claire Bloom, Oskar Werner
Meu Deus, que mundo era esse! Todos tinham de se posicionar, esquerda ou direita. Um mundo rigidamente dividido. Este magnífico filme fala disso. Burton é um agente inglês. Ultra desiludido. É usado numa tortuosa trama para salvar um colaborador na Alemanha Oriental. Num preto e branco frio e fascinante, obra do genial Oswald Morris, o diretor americano Ritt, grande nome da esquerda de então, faz um filme inesquecível. Não espere aventura e galmour. O livro de John Le Carré desmistificou a vida de James Bond. A espionagem é trabalho de entediados, de homens sem alma. Burton tem uma atuação de mestre. Um monstro de ressentimento, de dor fria e sob controle. O filme é brilhante. Nota DEZ.
   UM AMERICANO EM ROMA de Steno com Alberto Sordi
Sordi cria uma personagem hilária: um italiano que pensa ser americano. Vive falando frases em inglês macarrônico, canta como Gene Kelly e dança sapateado. Pensa ser cowboy, gangster, playboy. Alguns momentos de sua atuação beiram o sublime. Mas há um problema: o roteiro se perde ao final. Parece que não se sabe o que fazer com personagem tão louco. Uma pena... Nota 5.

CLOONEY/ SEAN CONNERY/ MARLOWE/ ANG LEE/ ALDRICH

   SETE PSICOPATAS E UM SHIH TZU de Martin McDonagh com Colin Farrell, Sam Rockwell, Abbie Cornish, Woody Harrelson, Christopher Walken e Tom Waits
Um elenco interessante em mais uma imitação de Tarantino. Diálogos sem sentido, violência de HQ, musiquinhas cool e uns personagens esquisitos. Tempere essa receita com humor e cores fortes. Certo? Não, tudo errado. Neste filmeco sobre um escritor sem inspiração e seu amigo tonto ( que vive de sequestros a cães ), tudo dá errado. O humor é medíocre e pior, os personagens são frouxos. Insuportável de tão vazio. Nota Zero.
   UM HOMEM MISTERIOSO de Anton Corbijn com George Clooney
Clooney é um assassino de aluguel que se refugia na Itália. Anton foi um famoso diretor de clips. Isso se percebe logo, ele é incapaz de encenar um diálogo. O filme é uma série de imagens frias, mal montadas e sem porque. Clooney posa e o filme é um nada absoluto. Nota Zero.
   NUNCA MAIS OUTRA VEZ de Irvin Kershner com Sean Connery, Klaus Maria Brandauer, Kim Basinger e Max Von Sydow
Em 1983 dois filmes de James Bond foram feitos. Um oficial, produzido por Saltzman e Brocolli; e um alternativo feito por outra equipe, mas com o trunfo de ter Sean Connery de volta ao papel, após 12 anos longe. É estranho, porque é um Bond sem o tipo de letreiro habitual e sem a trilha sonora de John Barry. Mas é 100% o velho Bond de sempre. A trama é sobre o roubo de arma nuclear e Connery está excelente no papel: cínico, mulherengo e frio como aço. De bônus há o fato de ele brincar com sua idade. James Fox faz seu patrão e diz que Bond está ultrapassado. O filme tem uma ótima primeira parte ( e uma péssima trilha sonora, de Michel Legrand ), mas perde ritmo no fim. Kershner vinha de dirigir O Império Contra-Ataca e Kim Basinger começava a chamar a atenção. É uma aventura que jamais se leva a sério. Nota 5.
   LOCAL HERO de Bill Forsyth com Peter Riegert e Burt Lancaster
Faz muito tempo que eu queria ver esse filme. Isso porque ele é sempre eleito pelos ingleses um de seus filmes favoritos de todos os tempos. Trata-se de um modesto filme dos anos 80 que fala de um jovem americano que vai à uma vila escocesa. Esse jovem trabalha numa enorme companhia de petróleo e seu objetivo é comprar a vila para construir uma refinaria. O filme tem seus primeiros quinze minutos sem nada de especial, mas de repente ele cresce e nos seduz completamente. A população adora a ideia de vender a vila inteira e o filme transcorre desse jeito: as coisas acontecem imprevisíveis e em ritmo normal. Nada de chocante acontece, nada é grande ou esquisito, entramos na vida banal daquela gente, que não são tristes e nem alegres, e sentimos estar diante de gente real e de vida de verdade. O lugar nem é tão bonito! Lancaster está excelente como o dono da empresa de petróleo, um solitário que é apaixonado por astronomia. O filme, discreto e bonito, é cheio de vida. Nota 8.
   MURDER, MY SWEET de Edward Dmytryck com Dick Powell
Excelente filme noir. Powell faz Marlowe, o mitico detetive de Raymond Chandler, e sua abordagem é completamente diferente daquela de Bogart. Powell faz um Marlowe muito mais pé de chinelo, sem moral, cheio de humor. Dmytryck era um ótimo diretor antes de ser pego pela comissão de McCarthy e demonstra isso aqui. O filme tem estilo, tem ritmo, ótimas cenas e diverte muito. Todo passado no mundinho de botecos, becos e sombras, é boa opção para quem quer conhecer esse maravilhoso gênero de cinema. Másculo, direto, e muito influente. Nota 7.
   COM A MALDADE NA ALMA de Robert Aldrich com Bette Davis, Olivia de Havilland, Joseph Cotten e Agnes Moorehead
Após o sucesso de Baby Jane, Aldrich reconvoca Bette Davis e lhe dá mais uma vez um filme de horror em que ela faz uma velha doida. E coloca outros veteranos a seu lado. Mas se Baby Jane foi inesquecível, este é apenas correto. Não assusta como o filme anterior e Bette não tem um papel tão forte como foi aquele. A gente percebe que alguma coisa aqui foi forçada. De qualquer modo, é um prazer ouvir Bette Davis e temos Agnes Moorehead dando um show como a maltrapilha empregada da casa. Nota 5.
   AS AVENTURAS DE PI de Ang Lee
Visualmente belíssimo, ele passa por alto das implicações contidas no primeiro terço do livro de Martell. Dessa forma, deixamos de conhecer Piscine em profundidade e nem sabemos o porque de sua familia. Mesmo assim Ang Lee produz mais um filme que nos surpreende. Vivemos uma época de cineastas pouco versáteis. Um filme de Wes Anderson ou de Thomas Anderson ou de Tarantino, por melhor que seja, sempre se parece com tudo aquilo que seu diretor sempre fez e faz. Mas não Ang Lee. Ao melhor estilo John Huston ou William Wyler ou Fred Zinnemann, Lee faz filmes em função da história a ser contada. Desse modo, Hulk nada tem que lembre Brokeback Mountain que nada tem a ver com Tempestade de Gelo. É um dos maiores talentos de nosso tempo. O filme é o que poderia ser, nem mais nem menos. Emociona menos que deveria, erra menos do que seria provável. Em mãos menos hábeis teria tudo para ser ridiculo. Nota 7.

AS AVENTURAS DE PI, FILME DE ANG LEE

   Ao contrário do que o pai de Piscine lhe tenta ensinar ( Tigres são diferentes de nós. Tenha medo. ), o jovem Piscine insiste em seu maravilhamento. Ele ama a vida e esse amor o leva a curiosidade. Dentre as várias maravilhas do mundo, nada tem um caráter tão maravilhoso: Deus. Ele passa então a procurar Deus. Onde? Nas religiões. E lá se vai o jovem inquieto na busca por maravilhamento. Mas a pressão da familia, a cobrança por coerência lhe entristece. Eis um momento importante: A vida perde seu encanto, o tédio se impõe. Piscine está pronto para ser "mais um".
   No belo livro de Yann Martel, toda essa primeira parte ocupa quase metade da narrativa. E é a melhor. Com soberbo humor e sabendo fugir do clima "auto-ajuda", voce lê tudo isso com prazer e surpresa. Os animais passam a ocupar o lugar de Deus na vida de Piscine. E vem a saga.
   Ang Lee é um dos melhores diretores vivos. Mas não é David Lean. Com todos os recursos digitais, ele não dá ao mar o que Lean deu ao deserto. O oceano de Lee é lindo, o deserto em Lawrence da Arábia era aterrador. Cada tomada de David Lean era entrada no sagrado ( como foi também o espaço em 2001 de Kubrick, para mim, o melhor dos filmes religiosos ), cada tomada de Ang Lee é apenas Disney. E que belo Disney!!! O vôo dos peixes-voadores já é uma cena clássica.
   A história é narrada para um escritor sem inspiração. E ao final ele dirá que Richard Parker, o tigre, era Piscine. Mas então quem era Piscine?
   Conhecendo alguma coisa de poesia inglesa a gente logo percebe que existem cinco poemas centrais no idioma. Aqueles que todo estudante mediano conhece. Ode ao Vento Oeste, Ao Rouxinol, Se... e de William Blake temos The Tyger ( na grafia antiga com um Y ). O poeta vê o tigre e hipnotizado sente que aquela imagem é mais do que um bicho: pode ser Deus. É impossível Yann Martell não conhecer esse poema. Ele já foi citado centenas de vezes em filmes e até em música pop. Pois bem...
   O tigre se vai na mais bela cena do filme ( e a única que me emocionou ). Com sua missão cumprida, uma terrível missão, pois o Tigre que salvou Piscine também poderia tê-lo matado ( O que não me mata me fortalece ), ele desaparece na floresta e não deixa rastros. Vem então a chave do filme: Qual a história verdadeira?
   Desde a muito eu sei que exsitem dois tipos de espirito. E saiba que eu vivo/vivi ambos. Existe gente que olha o mar e vê água e sal. E um monte de bichos. São simplificadores, sempre diminuem tudo, inclusive a si-mesmos.  Existe gente que olha o mar e vê o infinito. E trilhões de caminhos. Mais que isso, vê um mistério SEM POSSIBILIDADE DE RESPOSTA. Portanto, mesmo não admitindo, essa pessoa vê Deus no mar. Já o outro, míope, só consegue perceber o óbvio, água e sal.
   Piscine diz ao ouvinte que a história o fará crer em Deus. E muita gente se decepciona pois o ouvinte não vê uma prova de Deus. Mas não é caso de julgamento, é uma questão de ESCOLHA. Ao optar pela história de Richard Parker e não pela do cozinheiro louco, o ouvinte está se abrindo ao maravilhoso, ao além do banal, a Deus portanto. Ele não crê em Deus, mas tem uma porta aberta a Sua possibilidade.
   Dito isso o que desejo deixar claro é que acredito na religião da BELEZA, e fico entristecido e com pena daqueles que só conseguem ver a fealdade na vida. O senso de beleza pode salvar uma vida, dar dignidade a dor, dar sentido ao caminho. O maravilhamento de Piscine com Richard Parker abre seus olhos a beleza inenarrável de sua saga. E na morte em vida ele encontra a Ilha que lhe dá outra-nova vida. Sua tragédia é um reencontro com a liberdade da infância, a curiosidade e a busca.
   Tenho amigos que vivem comigo nesse Oceano. Tenho outros amigos que só querem ver o cozinheiro louco, a água e o sal, o tigre sem nome. É sempre uma questão de QUERER CRER.
   O melhor filme de Ang Lee continua sendo sua magnífica versão de RAZÃO E SENSIBILIDADE de Jane Austen, mas este filme é uma obra de coragem e de simplicidade invulgar.
   Um PS: É dito no filme que os Super-Heróis são os deuses-indianos de hoje. Sempre repito isso, nossa necessidade, humana, de transcendência nos faz adotar heróis, gurus, profetas e curandeiros, mesmo os mais medíocres. Richard Parker me parece um bom tipo de transcendência. Parker não dá nada com facilidade, não banaliza as coisas, nunca se vende. É uma força que tem de ser entendida, compreendida e aceita. Nisso reside sua beleza.

ANG LEE/NICHOLAS RAY/CARROS/WALSH

RAZÃO E SENSIBILIDADE de Ang Lee com Emma Thompson, Kate Winslet, Hugh Grant, Alan Rickman
Justiça seja feita a Lee. É um muito grande diretor. Banquete, Tempestade de Gelo e mesmo Brokeback são grandes filmes. Assim como este maravilhoso Razão... Tudo funciona aqui. Cada movimento de camera, cada nuance dos atores, todo diálogo. Há a sabedoria de se compreender Jane Austen, é o dinheiro quem manda no amor. O roteiro de Emma Thompson, premidado com um justo Oscar é exemplar : nada em excesso, nada com pressa. Todo o elenco brilha, mas Emma e Hugh Grant ( com uma timidez não caricata ) chegam a comover profundamente. Uma quase obra-prima que se assiste com imenso prazer. Cheia de beleza, encanto e profunda inteligência. Pessoa magnífica deve ser Emma Thompson !!!!! Concorreu a 8 Oscars e perdeu 7. Preferiram o filme de Mel Gibson , pasmem! nota Dez!!!!!!
HORIZONTE DE GLÓRIA de Nicholas Ray com John Wayne e Robert Ryan
Filme sobre a aviação na segunda guerra. As cenas de ação valem pelo filme. São combates aéreos reais, filmados na guerra de verdade. A caça de aviões pelo ar, piloto seguindo piloto, nos emocionam pela sua verdade. Há uma cena da explosão de um destóier japonês que nos choca, o navio se desintegra, explode em chamas e nada sobra do que fora um barco. Wayne e Ryan sempre são um prazer e o filme, no gênero, é um bom exemplo. nota 6.
TAMBORES DISTANTES de Raoul Walsh com Gary Cooper.
Tenho lido um site do Cahiers du Cinema. É incrível como os franceses adoram Walsh. Vêm nele uma profundidade e uma maestria que raramente percebo. Gosto muito de seus filmes, aventuras sempre bem feitas e com heróis interessantes, mas gênio ele não foi. Este western passado nos pantanos da Flórida é muito bom, belo passatempo, mas não traz nenhum sinal de originalidade ou poesia. nota 6.
REMBRANDT de Alexander Korda com Charles Laughton
Bela bio do maior pintor da história. O cenário, recriando a Holanda da época é fascinante e Laughton, um ator nunca menos que genial, considerado por muitos o melhor da história cinematográfica, hipnotiza e fascina nosso olhar como sempre faz. Seu Rembrandt é poético e bastante convincente. Eis um ator que poderia ser Shakespeare na tela e nos convencer disso. Este filme brilha por seu trabalho e pelos ótimos diálogos que traz. nota 8.
OS INCONQUISTÁVEIS de Cecil B. de Mille com Gary Cooper e Paulette Godard
De Mille, com Hitchcock, o mais famoso diretor da história, traz aqui seu senso de show para as massas. Um pai de Spielberg, seu melhor dom é o de fazer a ação nunca parar. Esta aventura, em constante movimento, sempre indo em frente, tem de tudo : humor, tiros, correrias, paisagens de sonho, romance. Belo passatempo. nota 7. Ps. Como Paulette, ex-senhora Chaplin era bonita!!!
CARROS de John Lasseter
Por uma hora este desenho erra em tudo. Seu herói é um chato e não nos interessamos por ele. É legal vê-lo com um nome que é homenagem à Steve McQueen, de quem sou fã, mas a história não flui. Mas sua meia hora final é tudo o que queremos. Vem a crítica que a Pixar sempre faz ao mundo atual, o herói cresce, se humaniza, e nos apaixonamos pela pacata cidade perdida no tempo. No tempo, como diz o filme, em que as pessoas viajavam para ver, não para chegar. O veterano, homenagem linda à Paul Newman rouba as melhores cenas. nota 7.
OS INCRÍVEIS da Pixar, Disney
A mensagem é maravilhosa : fomos heróis um dia. Hoje, nosso medíocre mundo nos proíbe de o ser. Fomos Shakespeareanos. Hoje somos Big Brother. Mas isso é mostrado de um modo tão detalhado que chegou a me enjoar. Uma ação tão cheia de "trecos" me entedia. Bocejei ao final. Mas sem dúvida, nos cartoons de hoje, existe uma nobreza há muito ausente dos filmes com gente real. Dignificam a arte que nos deu Pinóquio e Dumbo e que tem agora esse absoluto momento de gênio chamado Wall.e. nota 6.