Jackson Browne foi uma dos criadores do rock made in California. As pessoas esquecem, mas até os anos 70 não existia rock californiano. Havia o rock lisérgico de San Fran, mas era o som de uma cidade, de uma comunidade pequena. O rock do estado dourado nasceu em 1970.
Bandas como Poco, CSN, e até os Flying Burrito Brothers deram o DNA do estilo: violão, vocal macio, letras sobre drogas recreativas, amores passageiros, boa vida com pitadas de amargor. Tudo muito bem produzido, muito bem mixado, excelentes capas e ótima estratégia de lançamento. Nos shows, palmeiras no palco, gente bronzeada na plateia, um clima de paz e amor com ginástica, surf e maconha. Os ingleses do Fleetwood Mac se mudaram pra lá, contrataram uma cantora típica do lugar ( Stevie Nicks ) e um guitarrista-vocalista ´fã de Buddy Holly ( Lindsey Buckingham ) e ficaram milionários ao gravar dentro do estilo.
Mas antes de tudo isso, em 1967, havia um garoto de 16 anos que compunha baladas soft para Nico, a cantora do Velvet. E que depois seria gravado pela turma de NY. Então, em 1970 ele funda os Eagles com Glen Frey. E os Eagles são o pior e o melhor do rock da Califórnia. Mas Jackson fica só dois anos na banda. Volta a ser solo e constrói durante todos os anos 70 uma carreira sólida, com fama, respeito e estilo. Nos anos 80 ele vai mais devagar. Vira o marido de Daryl Hannah.
Em 1978 eu comprei Running on Empty, um dos melhores discos do ano, segundo a Rolling Stone. A revista adorava o rock de Jackson. Ignorava muita coisa ótima. ( A revista só dava valor ao que era adulto...pobres e injustiçados Status Quo, T Rex e Black Sabbath ).
Eu odiei o disco. Comprei porque era já naquela época, um pretensioso. Me divertiria muito mais ouvindo Kiss ou Alice Cooper. Mas eu queria seguir a crítica. Me achava inteligente. ....Bom....na verdade adorei umas 3 músicas: Cocaine ( que não é a do JJ Cale ), Stay e esta Nothing But Time, que é deliciosa. O disco foi gravado em condições que nunca mais vi: como era sobre "a estrada", foi gravado em quartos de hotéis, saguões de aeroportos e até dentro de bus em movimento. No disco, Nothing But Time é gravado em bus na estrada. Dá pra se ouvir o motor, a mudança de marchas e o vento na janela. É fantástico. Não são coisas gratuitas, elas funcionam.
É o grande disco do estilo. Claro que ao lado de Rumours, do Fleetwood Mac. E de Simple Dreams de Linda Ronstadt.
Dá pra dizer que os punks americanos odiavam tanto este estilo como os ingleses odiavam o rock progressivo.
Escuta lá.
Bandas como Poco, CSN, e até os Flying Burrito Brothers deram o DNA do estilo: violão, vocal macio, letras sobre drogas recreativas, amores passageiros, boa vida com pitadas de amargor. Tudo muito bem produzido, muito bem mixado, excelentes capas e ótima estratégia de lançamento. Nos shows, palmeiras no palco, gente bronzeada na plateia, um clima de paz e amor com ginástica, surf e maconha. Os ingleses do Fleetwood Mac se mudaram pra lá, contrataram uma cantora típica do lugar ( Stevie Nicks ) e um guitarrista-vocalista ´fã de Buddy Holly ( Lindsey Buckingham ) e ficaram milionários ao gravar dentro do estilo.
Mas antes de tudo isso, em 1967, havia um garoto de 16 anos que compunha baladas soft para Nico, a cantora do Velvet. E que depois seria gravado pela turma de NY. Então, em 1970 ele funda os Eagles com Glen Frey. E os Eagles são o pior e o melhor do rock da Califórnia. Mas Jackson fica só dois anos na banda. Volta a ser solo e constrói durante todos os anos 70 uma carreira sólida, com fama, respeito e estilo. Nos anos 80 ele vai mais devagar. Vira o marido de Daryl Hannah.
Em 1978 eu comprei Running on Empty, um dos melhores discos do ano, segundo a Rolling Stone. A revista adorava o rock de Jackson. Ignorava muita coisa ótima. ( A revista só dava valor ao que era adulto...pobres e injustiçados Status Quo, T Rex e Black Sabbath ).
Eu odiei o disco. Comprei porque era já naquela época, um pretensioso. Me divertiria muito mais ouvindo Kiss ou Alice Cooper. Mas eu queria seguir a crítica. Me achava inteligente. ....Bom....na verdade adorei umas 3 músicas: Cocaine ( que não é a do JJ Cale ), Stay e esta Nothing But Time, que é deliciosa. O disco foi gravado em condições que nunca mais vi: como era sobre "a estrada", foi gravado em quartos de hotéis, saguões de aeroportos e até dentro de bus em movimento. No disco, Nothing But Time é gravado em bus na estrada. Dá pra se ouvir o motor, a mudança de marchas e o vento na janela. É fantástico. Não são coisas gratuitas, elas funcionam.
É o grande disco do estilo. Claro que ao lado de Rumours, do Fleetwood Mac. E de Simple Dreams de Linda Ronstadt.
Dá pra dizer que os punks americanos odiavam tanto este estilo como os ingleses odiavam o rock progressivo.
Escuta lá.