Mattia Pascal, morador de uma pequena cidade italiana, é dado como morto. Aproveitando-se dessa nova vida, cria uma identidade e viaja pela Europa com dinheiro ganho em jogo. Parando em Roma, acaba por se envolver em estranhas aventuras, que vão de espiritismo à romance, um duelo à um quase suicídio.
Esse seria o enredo, bastanto reduzido, de Mattia Pascal. Uma comédia, muito engraçada, bastante absurda, que levei anos para resolver ler. Pena ter demorado tanto, que bom tê-lo lido afinal. Pirandello, ganhador do Nobel de 1934, é autor central do século. O absurdo que ele exibia antecipa o absurdo em que vivemos agora.
O livro pode ser chamado de existencialista. Mattia procura e pensa todo o tempo na liberdade. E descobre que nada pode ser pior. O homem completamente livre se vê totalmente só. Livre das obrigações e das amarras afetivas, livre de rotinas e trabalho, livre de seu nome e de sua história, Mattia tem o que de seu? Quando está livre ele se sente o último dos homens, e quando percebe que sempre será si-mesmo e que portanto a liberdade é uma ilusão, ele se vê como é: um covarde.
Mattia Pascal foge de tudo. Desde a infãncia, rico e protegio, passando pelo casamento, pobre e infeliz, tudo nele é irresponsabilidade. A única atitude que ele toma é a de fugir. Ele foge de sua vida, foge de um duelo, foge do amor e ganha dinheiro por acaso, em jogo na cidade de Monte Carlo.
É um livro atual? Muito. Mattia Pascal é um tipico homem moderno, preso e ao mesmo tempo solto, sem compromissos e sem porque. O absurdo da história se perdeu, após décadas de cinema-fantasia, ela irá parecer bastante plausível. Talvez hoje sejamos todos absurdos.
Pirandello se fez mais famoso no teatro. Suas peças alacançaram imenso sucesso e fizeram escãndalo. Numa estréia ele quase foi surrado pela audiência. Mas este seu romance consegue uma coisa rara. Ser muito sério, muito profundo e ao mesmo tempo ser divertido, cômico, elétrico.
E o melhor, tem um gostoso sabor italiano, às vezes me lembrou alguma coisa de Monicelli, de Germi e de Totó até. Leia.
Esse seria o enredo, bastanto reduzido, de Mattia Pascal. Uma comédia, muito engraçada, bastante absurda, que levei anos para resolver ler. Pena ter demorado tanto, que bom tê-lo lido afinal. Pirandello, ganhador do Nobel de 1934, é autor central do século. O absurdo que ele exibia antecipa o absurdo em que vivemos agora.
O livro pode ser chamado de existencialista. Mattia procura e pensa todo o tempo na liberdade. E descobre que nada pode ser pior. O homem completamente livre se vê totalmente só. Livre das obrigações e das amarras afetivas, livre de rotinas e trabalho, livre de seu nome e de sua história, Mattia tem o que de seu? Quando está livre ele se sente o último dos homens, e quando percebe que sempre será si-mesmo e que portanto a liberdade é uma ilusão, ele se vê como é: um covarde.
Mattia Pascal foge de tudo. Desde a infãncia, rico e protegio, passando pelo casamento, pobre e infeliz, tudo nele é irresponsabilidade. A única atitude que ele toma é a de fugir. Ele foge de sua vida, foge de um duelo, foge do amor e ganha dinheiro por acaso, em jogo na cidade de Monte Carlo.
É um livro atual? Muito. Mattia Pascal é um tipico homem moderno, preso e ao mesmo tempo solto, sem compromissos e sem porque. O absurdo da história se perdeu, após décadas de cinema-fantasia, ela irá parecer bastante plausível. Talvez hoje sejamos todos absurdos.
Pirandello se fez mais famoso no teatro. Suas peças alacançaram imenso sucesso e fizeram escãndalo. Numa estréia ele quase foi surrado pela audiência. Mas este seu romance consegue uma coisa rara. Ser muito sério, muito profundo e ao mesmo tempo ser divertido, cômico, elétrico.
E o melhor, tem um gostoso sabor italiano, às vezes me lembrou alguma coisa de Monicelli, de Germi e de Totó até. Leia.