Amós Oz faz aqui um curto relato em tamanho, mas longo em duração. Um escritor vai ser homenageado, e para quebrar a banalidade da coisa, ele imagina a vida de cada pessoa que encontra. Desse modo, a leitora de um trecho do seu livro passa a ser uma tímida fã; o crítico que tece elogios é um chato; um jovem poeta se faz um adolescente suicida, a garçonete de um café se revela uma perturbada...e vai por aí. O livro é de um realismo duro, e o prazer passa longe de sua leitura. Mas ao mesmo tempo ele revela insights profundos, mostra de forma muito simples e muito convincente a riqueza que há na vida isolada, miserável, banal e única de cada pessoa. Todos são marcados pela dor, pelo medo e pela solidão. Cada personagem está á beira do choro todo o tempo.
Entre eles, a geografia e a cultura de Israel faz presença unificadora. Todos e tudo estão fincados no passado e no agora do país. Eles são a nação, eles são o lugar.
Entre eles, a geografia e a cultura de Israel faz presença unificadora. Todos e tudo estão fincados no passado e no agora do país. Eles são a nação, eles são o lugar.