What's Going On, disco de 1971, desde que foi lançado tornou-se um tipo de Santo Graal do Pop. Lá estava o LP que unia 3 universos: Pop, arte e mensagem política. Até hoje ele é apontado por muitos o melhor disco de todos os tempos. Não sei se é. Prefiro, mesmo dentro da black music o There's a Riot de Sly Stone. Mas, claro, o disco de Marvin dói de tão profundo e faz dançar, de tão sublime.
Em 1972 ele veio com Let's Get it On, e embora seja um sucesso de paradas e de crítica, a impressão na época foi de uma certa decepção... Ora! Qualquer um decepciona após uma obra-prima! Mas verdade que devo dizer, eu ouço mais este disco que o anterior.
Let's Get It On troca a política pelo sexo, tira o foco da confusão e dá em troca a mensagem espiritual. Sim, Marvin, que foi morto pelo próprio pai em 1984, sempre buscou a luz, e essa luz, para ele, seria a comunhão da carne e da alma, Deus e amor, sexo e bondade. O disco é sexy até a medula. Cercado pelos melhores músicos do mundo ( gente com James Jamerson, Wilton Fiedler, Hal Davis ), Marvin cria um lençol sonoro que sacode, desliza, geme e goza. Preste atenção no baixo de James ( o favorito de Paul Mac ), siga os pratos da bateria, a pulsação das guitarras...Tudo remete a sedução, dor e prazer, êxtase. Isso deixou a crítica perdida em 72: um disco individualista em tempos de "vamos todos juntos". Marvin prega a iluminação individual, cada um achando sua luz, e essa luz pode vir de Deus ou do sexo, melhor ainda, de ambos.
Falar da voz de Gaye é sempre falar em superlativos. Dizem que ele fazia gozar com um sussurro. Acredito nisso. Ele e Otis têm as melhores vozes do Pop.
Em 1973 Marvin realiza o grande sonho da Motown, se une a Diana Ross e lança com ela um novo LP, Diana e Marvin. Quase tão bom quanto Let's Get It On, esse foi completamente esnobado pelos críticos que viram nessa união uma concessão ao puro apelo marqueteiro. Que tolice!!!! O disco é lindo!!!! Ouça a faixa que postei, Love Twins, e tire sua conclusão.
O verão vem aí...Marvin Gaye é o sacerdote desse clima.
Em 1972 ele veio com Let's Get it On, e embora seja um sucesso de paradas e de crítica, a impressão na época foi de uma certa decepção... Ora! Qualquer um decepciona após uma obra-prima! Mas verdade que devo dizer, eu ouço mais este disco que o anterior.
Let's Get It On troca a política pelo sexo, tira o foco da confusão e dá em troca a mensagem espiritual. Sim, Marvin, que foi morto pelo próprio pai em 1984, sempre buscou a luz, e essa luz, para ele, seria a comunhão da carne e da alma, Deus e amor, sexo e bondade. O disco é sexy até a medula. Cercado pelos melhores músicos do mundo ( gente com James Jamerson, Wilton Fiedler, Hal Davis ), Marvin cria um lençol sonoro que sacode, desliza, geme e goza. Preste atenção no baixo de James ( o favorito de Paul Mac ), siga os pratos da bateria, a pulsação das guitarras...Tudo remete a sedução, dor e prazer, êxtase. Isso deixou a crítica perdida em 72: um disco individualista em tempos de "vamos todos juntos". Marvin prega a iluminação individual, cada um achando sua luz, e essa luz pode vir de Deus ou do sexo, melhor ainda, de ambos.
Falar da voz de Gaye é sempre falar em superlativos. Dizem que ele fazia gozar com um sussurro. Acredito nisso. Ele e Otis têm as melhores vozes do Pop.
Em 1973 Marvin realiza o grande sonho da Motown, se une a Diana Ross e lança com ela um novo LP, Diana e Marvin. Quase tão bom quanto Let's Get It On, esse foi completamente esnobado pelos críticos que viram nessa união uma concessão ao puro apelo marqueteiro. Que tolice!!!! O disco é lindo!!!! Ouça a faixa que postei, Love Twins, e tire sua conclusão.
O verão vem aí...Marvin Gaye é o sacerdote desse clima.