Mostrando postagens com marcador king hu. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador king hu. Mostrar todas as postagens

A ESTALAGEM DO DRAGÃO - KING HU

Cuidado com este lugar. Fica no centro de lugar nenhum. Voce entra pela porta e não sabe por onde irá sair depois. Dentro só há gente muito perigosa. E todos querem te matar. Se voce lembrou de algum filme de Robert Rodriguez lembrou bem. Ele é fã de King Hu. Aqui temos a coisa autêntica, mítica. Foi o primeiro grande sucesso made in Hong Kong a ser conhecido no ocidente. O filme é um prazer sem fim. Ação absurda, lutas impossíveis, corpos que desafiam a física, nada disso importa, o que vale é o baile, a ação, o clima. King Hu sabe mover a cãmera, sabe cortar, sabe criar. O filme é um western chinês, mas é também um filme musical sem cantoria, um ballet sem bailarinos e um filme policial sem lei. É preciso conhecer King Hu.

CHUVA DE LUZ NA MONTANHA VAZIA - KING HU

Um segredo valioso se esconde num mosteiro budista. Na primeira sequência, longa, um casal penetra nos corredores, imensos, desse mosteiro em busca do segredo. Pulam, correm, se escondem. É uma aula de montage, de fotografia, de clima e de ritmo. Basta assistir essas cenas para se entender que King Hu é um grande diretor. Feito em 1979, este longa é talvez o mais simples e mais bonito de se olhar entre seus filmes. O mosteiro se revela um labirinto, os monges são seres de mistério insondável ( fantasmas? ), roupas, cenário, trilha sonora são perfeitos, assistimos como em hipnose. Este foi o segundo filme de Hu que tomei contato. Impossível saber qual o melhor. Todos têm sua marca gravada fundo.

O GRANDE MESTRE BEBERRÃO - KING HU. ( COME DRINK WITH ME )

Trata-se de uma obra prima do cinema de Hong Kong e Taiwan. King Hu foi o diretor que renovou o gênero, trazendo para o estilo maior beleza, apuro e requinte. O filme, de 1966, começa com o ataque de um grupo de bandidos à uma caravana. Raptam o filho do administrador de uma cidade. Querem fazer a troca de seu chefe, preso na cidade, pelo filho do líder da comunidade. Então uma lutadora mítica, A Vespa, surge no meio dos bandidos e os enfrenta. Ela é ajudado pelo Gato Bêbado, um grande guerreiro, que se faz de mendigo. Passado em um tempo antigo, porém vago, a história é cheia de reviravoltas, os vilões despertam nossa antipatia, e os dois herois são carismáticos. O estilo de Hu é devedor de Kurosawa e de Peckinpah, sangue e espetáculo. Quanto às lutas, elas são danças estilizadas, nada realistas, o que importa é o movimento e não o golpe. Surge aí a diferença principal entre o filme de espadas japonês e o chinês. No Japão há mais limpeza, a luta é menos complicada e o golpe, fulminante. Na China as lutas buscam o fantástico, os saltos abundam e o que interessa é o show. Eu sou apaixonado pelo cinema clássico japonês, mas um grande filme chinês, e este é uma obra-prima, é diversão plena. Em tempo: este filme é o filme de artes marciais mais citado pelo povo do RAP, principalmente o WTC. Muito, muito bom.