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AXIS: BOLD AS LOVE - THE JIMI HENDRIX EXPERIENCE, A GRANDE BANDA DOS ANOS 60
Os Black Panther mataram Hendrix. Foi quando eles começaram a cercar Jimi o conscientizando. Frases como Cara, voce toca com brancos, Cara, seu som é escapista, Cara, saia da Inglaterra.... Jimi jogou fora o Experience, uma banda perfeita para seu som, e tentou fazer "som de negro". Pobre Jimi, seu som sempre foi de negro, ele era negro até o dedo do pé. --------------------- Ver Jimi no palco, antes e pós Black Panthers é um choque. O homem alegre, totalmente solto, se torna nervoso, travado, não natural. Hendrix e a guitarra eram naturais, não parecia que seu instrumento era uma coisa, o que parecia era que ela era um orgão seu, viva. Alguns guitarristas foram tecnicamente mais virtuoses que Jimi, John McLaughlin, Jeff Beck, Al di Meola, Eddie Van Halen; mas nenhum foi tão natural, fluido, simples e ao mesmo tempo original. -------------------- Jimi morreu por trair a si mesmo. ------------------ Axis é o disco dele que mais gosto. Ele é aquele que está mais integrado, onde todas as faixas formam um todo que faz sentido. É seu disco mais místico, mais ideologicamente hippie, mais "numa boa". Com os Black Panthers ele nunca mais ficaria numa boa. --------------------- Ao terminar a banda "branca", Hendrix cometeu uma das maiores injustiças da história do rock, deixou de tocar com o mais líquido, o mais groove dos bateras, o jazzy Mitch Mitchell. Mitch era perfeito para Jimi porque ele era um virtuose, uma estrela, solava ao mesmo tempo que mantinha o beat. Os dois juntos se completavam, o ritmo frenético da bateria, a guitarra livre à voar. Mitchell, baterista favorito de Stewart Copeland, foi um Keith Moon sob controle. Não houve, não há ninguém melhor. ----------------- Axis tem algumas das músicas de Jimi mais otimistas, leves, todas me lembram mar e areia, sol e brisa. Não vou destacar nenhuma, ouça o disco inteiro, ele é um refresco abençoado pelas musas.
BAND OF GYPSYS- JIMI HENDRIX. O PODER DA LACRAÇÃO
ARE YOU EXPERIENCED?, AXIS: BOLD AS LOVE, ELECTRIC LADYLAND. dificil escolher o melhor. Todos transbordam genialidade. Meu favorito, por razões pessoais, é AXIS. Nos três há uma dose abundante de sexo e de alegria. -------- Jimi em vida teve apenas 4 discos lançados. Band of Gypsys foi o quarto, em 1970. E nesse ano, ano em que morreu, em setembro, ele já começava a parecer ultrapassado. Não estranhe, nos anos 60 cada ano parecia uma década. O disco de 1968, em 1969 já parecia coisa de velho. Em 1970 havia o estouro de Led Zeppelin, Santana, Black Sabbath, Deep Purple, Johnny Winter e King Crimson. Hendrix parecia coisa de hippie. ------------- Só hoje ouço este disco pela primeira vez na vida. Perto dos outros três ele parece entediante. Cada faixa de Hendrix, antes, era sempre uma surpresa. Nos 3 primeiros LPs, a faixa seguinte sempre desmente a anterior. Havia aventura no ato de ouvir um disco de Jimi. E havia alegria. A alegria de criar. Mais que tudo, havia Mitch Mitchell, um batera genial que desafiava Jimi todo o tempo. Enquanto Hendrix solava, Mitchell solava junto. Eram duas explosões acontecendo juntas. Aqui não. ----------------- Nos explosivos anos 60, Jimi foi cobrado. A comunidade black power lhe cobrou. Ele TINHA de tocar com negros. Ele devia esquecer a música branca. Ele precisava parar de fazer palhaçadas no palco. Se politizar. Então Jimi montou a Band of Gypsys. Buddy Miles é um batera Okay, mas não tem gênio. Pior que tudo, ele divide estrelato com Hendrix, canta e compõe. E Hendrix parece todo o tempo triste, crispado, sem rumo. O disco é uma coleção de jams. E é incrivelmente óbvio. Não é à toa que ele é esquecido na discografia de Jimi. Pouco antes de morrer, Jimi pensava em tocar de novo com Mitch Mitchell, mas não deu tempo. Hendrix foi vítima de lacração. Teve de deixar de ser ele mesmo. O frenesi dionisíaco, a festa sexual, deu lugar a pregação séria, a missão política, a participação em um movimento. É um disco impotente.
THELONIOUS MONK E A IMPERFEIÇÃO
Pessoas imperfeitas. A inovação em arte nasce da imperfeição. Whitman fazia versos sem rima, sem metro e que dificilmente poderiam ser cantados. Sim, voce pode dizer que eram perfeitos a seu modo, mas de um ponto de vista formal eram imperfeitos, ou melhor, estavam fora do mundo formal, criavam seu próprio mundo e seu padrão. Gauguin pintava sem perspectiva, Proust não desenvolvia enredos. --------------- O jazz já nascera como imperrfeição. Quando voce escuta um trombone ou um trompete numa filarmônica e em seguida o escuta como tocado por Miles ou Paul Gonsalves, voce logo percebe que há algo de errado ali. Numa obra de Stravinski ou Haydn, o sopro é puro, sem sujeira, sem indefinição. A nota flui como uma flecha certeira. No jazz o sopro é sinuoso, áspero, sujo, indefinido, hesitante, roncador. --------------- Thelonious Monk não é um dos melhores pianistas do jazz. Não tem a velocidade de Bud Powell, nem a beleza de Bill Evans e muito menos a elegância de John Lewis. Mas Thelonious é um gênio, coisa que os outros não são. Tudo em Monk é errado. Ele toca com os dedos rígidos, duros, alongados, pulsos pesados, braços nada relaxados. Bate nas teclas, parece brigar com o piano. Imagino que seus dedos e pulsos doíam. A mão esquerda produz harmonias pobres e dissonantes. A direita não parece solar. Ela se atrasa, se adianta, nunca toca no momento que parece o mais correto. Pior, ele desafina. Notas que parecem pontos de interrogação. Mas, eis o milagre, ele vicia, ele tem segredos, instiga. ------------ Acompanhar Thelonious deve ser um imenso desafio. Pois ele muda o tempo, desarmoniza, erra, erra sem parar de errar e esses erros viram acertos, porque se tornam uma invenção, um estilo. São digitais de Monk. -------------- Um pianista técnico nos assombra e pode até comover, mas ele nunca se torna aquilo que toca. Ele interpreta. Já Thelonious Monk é o que toca. Cada erro é dele e só dele. Como Jimi Hendrix, outro gênio que passava longe da perfeição, Monk faz do erro um novo mundo e nos faz sentir que esse erro TINHA DE SER ASSIM. Sua mente e suas mãos, pesadas, pouco refinadas, moldam o barro seco de uma imagem de vida nova, de desafio, de liberdade. --------------- Gente como eles dá a ilusão de que todo iniciante exitante pode ser um executante de génio. Mas não é assim. Há um Monk, um Hendrix, um Gauguin. Eles não são preguiçosos que pouco praticaram. Não são inabilidosos. Eles são corajosos. Aventureiros. Se jogaram no mundo que criaram. São deles mesmos. Donos de sua arte. Inimitáveis e sem filhos.
OUVINDO PELA PRIMEIRA VEZ
Uma das coisas mais legais que tá rolando no tube são os caras que escutam uma música pela primeira vez. É tão legal porque ao assistirmos o cara ouvir e comentar, relembramos automaticamente como foi nossa primeira audição daquilo. É renovador. Refrescante. E recordamos como aquilo, tão escutado e reescutado, é bom. ---------------- O cara mais legal é o Jamal, uma americano que tem ótimas expressões faciais e excelentes sacadas. Mas também é muito bom um casal de rappers e um compositor clássico. O que postei pra voce é muito, muito legal! ----------- O compositor clássico, Doug, ouve Close to the Edge, do Yes e fica realmente comovido. O momento em que Rick Wakeman bota seu orgão de igreja pra tocar deixa o cara embasbacado. Ele é simpático e muito entendido. OLha lá! Ele também fica bobo com a voz de Dio nos tempos do Rainbow. -------------- O casal rapper tem dois momentos sublimes: eles piram ouvindo Jimi Hendrix com Hey Joe e ela fica extasiada vendo ele tocar com os dentes e nas costas. É hilário! Mas eles piram totalmente ao ver o ACDC na Argentina. Eu fiquei estupidificado. Eles idem. -------------- Por fim, uma cantora black fica com lágrimas vendo Joe Cocker em Woodstock. Aliás, corro pelo Tube e vejo monte de gente com menos de 25 anos chorar com o cara. Eu já ouvi isso milhões de vezes, mas ao ver essas reações lembrei de 1979, quando descobri esse show e chorei como um bebe com fome. ---------------- Vejam. É mega master blaster divertido!
DOWN IN MONTEREY
Assisti ontem de noite o festival de Monterey na companhia de uma menina de 20 anos. Ela adora rock e dentre seus favoritos estão The Doors, Slipknot e Arch Enemy. Ela também ouve POP coreano e ama Velhas Virgens e Massive Attack. Tem um monte de bandas de eletrônico satânico que ela escuta e ainda posso citar Bowie, Led Zeppelin, Muse e Franz Ferdinand entre suas paixões.
Monterey é o festival feito perto de San Francisco, em junho de 1967. Foi o primeiro festival e é o antepassado do Rock in Rio, Lolla e de todo show ao ar livre com mais de 3 bandas. Eu já vi o documentário mais de 20 vezes, e fico curioso em saber o que uma menina como ela vai achar. Detalhe: ela não sente saudade de hippies. Na verdade ela odeia drogas. Vamos ao show...
O documentário começa com Mamas and Papas e California Dreamin parece à ela algo tão antigo como Noel Rosa ou Gonzaguinha. Mas são as pessoas que lhe dão enjoo: são incrivelmente sujas. Faço-a ver o fascínio que há na não repetição de roupas. Em todo o doc não vemos duas pessoas vestidas de modo parecido. Há ali uma real diversidade que hoje só existe em slogans publicitários. Em um show atual todos se vestem iguais, são uniformes. Em Monterey há uma mistura de modelos, tecidos, cabelos, óculos que diverte e apaixona a visão. Ela entende. E percebe logo que cada um naquele evento é uma alma à procura de auto expressão. Dois anos mais tarde, em Woodstock, isso já se perdera. Em 1969 já há uma uniformidade de cabelos e roupas. Em 1967 ainda há individualidade.
Simon e Garfunkel parece à minha amiga bossa nova. Violão e banquinho lhe dá asco e ela quase desiste. Mas Canned Heat é blues e ela ama blues. Logo saca que em 1967 dá ainda para fazer sucesso sendo feio. Canned Heat é a banda mais feia que ela já viu na vida.
Country Joe and The Fish nos faz rir. É um som interessante, ao contrário do Jefferson Airplane, que lhe pareceu tão antigo quanto Roberto Carlos. Não que seja parecido, mas é antigo. Morto. Ela me pergunta se o rock naquela época era sempre assim: sem adrenalina. Falo pra ela esperar.
Janis Joplin não lhe interessa. Ela diz que cantoras feias não lhe dão desejo de ouvir. Eis uma diferença de geração: Janis ou Patti Smith não têm chance com ela. Uma cantora tem de ser alguém com quem ela se identifica em alma e em corpo. Minha amiga é muito bonita. Janis não é do mundo dela. De qualquer modo ela fica impressionada com a voz. E vê nela o sinal da depressão, doença que ela conhece bem.
Otis Redding é o melhor cantor da história. E ele está acompanhado por Cropper, Dunn e Jackson. Lhe conto que nosso amigo Fabio toca baixo imitando Duck Dunn. Ela ri. E acha Otis do caralho.
Mas tudo muda com The Who. Peço para ela prestar atenção em Keith Moon e é paixão imediata. Ela é baterista e não acredita no que vê. Moon não existe! Como pode ele fazer aquilo? Eis a tal adrenalina. Ela mata a charada: é o único show que parece atemporal. Eles poderiam ser uma banda de agora. Não há elogio maior. The Who não faz parte daquele tempo. São fora de todo tempo. Vivem em um tempo próprio.
Jimi Hendrix. Lhe conto que ele é sagitário. O cara mais sagitário da história. Ela não gosta da cara dele. É feio. Nem das roupas, são sujas. Mas caramba! Ele é sexy. Quase pornô. E não toca guitarra. Parece que a guitarra toca sozinha.
Aconselho todo mundo a fazer isso. Ver um DVD de algum show antigo e querido com uma pessoa querida de 2020. Mal posso esperar para mostrar Gimme Shelter para ela.
Monterey é o festival feito perto de San Francisco, em junho de 1967. Foi o primeiro festival e é o antepassado do Rock in Rio, Lolla e de todo show ao ar livre com mais de 3 bandas. Eu já vi o documentário mais de 20 vezes, e fico curioso em saber o que uma menina como ela vai achar. Detalhe: ela não sente saudade de hippies. Na verdade ela odeia drogas. Vamos ao show...
O documentário começa com Mamas and Papas e California Dreamin parece à ela algo tão antigo como Noel Rosa ou Gonzaguinha. Mas são as pessoas que lhe dão enjoo: são incrivelmente sujas. Faço-a ver o fascínio que há na não repetição de roupas. Em todo o doc não vemos duas pessoas vestidas de modo parecido. Há ali uma real diversidade que hoje só existe em slogans publicitários. Em um show atual todos se vestem iguais, são uniformes. Em Monterey há uma mistura de modelos, tecidos, cabelos, óculos que diverte e apaixona a visão. Ela entende. E percebe logo que cada um naquele evento é uma alma à procura de auto expressão. Dois anos mais tarde, em Woodstock, isso já se perdera. Em 1969 já há uma uniformidade de cabelos e roupas. Em 1967 ainda há individualidade.
Simon e Garfunkel parece à minha amiga bossa nova. Violão e banquinho lhe dá asco e ela quase desiste. Mas Canned Heat é blues e ela ama blues. Logo saca que em 1967 dá ainda para fazer sucesso sendo feio. Canned Heat é a banda mais feia que ela já viu na vida.
Country Joe and The Fish nos faz rir. É um som interessante, ao contrário do Jefferson Airplane, que lhe pareceu tão antigo quanto Roberto Carlos. Não que seja parecido, mas é antigo. Morto. Ela me pergunta se o rock naquela época era sempre assim: sem adrenalina. Falo pra ela esperar.
Janis Joplin não lhe interessa. Ela diz que cantoras feias não lhe dão desejo de ouvir. Eis uma diferença de geração: Janis ou Patti Smith não têm chance com ela. Uma cantora tem de ser alguém com quem ela se identifica em alma e em corpo. Minha amiga é muito bonita. Janis não é do mundo dela. De qualquer modo ela fica impressionada com a voz. E vê nela o sinal da depressão, doença que ela conhece bem.
Otis Redding é o melhor cantor da história. E ele está acompanhado por Cropper, Dunn e Jackson. Lhe conto que nosso amigo Fabio toca baixo imitando Duck Dunn. Ela ri. E acha Otis do caralho.
Mas tudo muda com The Who. Peço para ela prestar atenção em Keith Moon e é paixão imediata. Ela é baterista e não acredita no que vê. Moon não existe! Como pode ele fazer aquilo? Eis a tal adrenalina. Ela mata a charada: é o único show que parece atemporal. Eles poderiam ser uma banda de agora. Não há elogio maior. The Who não faz parte daquele tempo. São fora de todo tempo. Vivem em um tempo próprio.
Jimi Hendrix. Lhe conto que ele é sagitário. O cara mais sagitário da história. Ela não gosta da cara dele. É feio. Nem das roupas, são sujas. Mas caramba! Ele é sexy. Quase pornô. E não toca guitarra. Parece que a guitarra toca sozinha.
Aconselho todo mundo a fazer isso. Ver um DVD de algum show antigo e querido com uma pessoa querida de 2020. Mal posso esperar para mostrar Gimme Shelter para ela.
JORI IVENS- KEVIN KLINE-HENDRIX-MAN RAY-ERROL FLYNN-SAMURAI
A ESPADA DA MALDIÇÃO de Kihachi Okamoto com Tatsuya Nakadai
Primeiro filme da caixa número dois Cinema Samurai. Bastante forte este filme sobre um samurai que tem forte impulso de matar. Pessimista, o final fica na memória. Nota 7.
A LÂMINA DIABÓLICA de Kenji Misuni com Raizo Ichikawa
Um grande ator faz o papel de um órfão que tem o apelido de homem-cachorro. Humilde, ele é humilhado por todos. Achei este o menos bom da caixa. Nota 6.
SAMURAI ASSASSINO de Kihachi Okamoto com Toshiro Mifune
Um grande filme! Mifune brilha como um samurai desencanado, e o enredo trata de traição e vingança. Cenas de luta maravilhosas e uma fotografia estupenda! Nota 8.
A ESPADA DO MAL de Hideo Gosha com Mikijiro Hira
Uma obra-prima. Um samurai mata um inocente e a partir daí se desenrola toda a trama. O clima do filme, lama, chuva, closes, remete a Kurosawa. Tenso, dark, é um filme de aventuras que humilha os filmes de aventuras. O requinte estético é sublime. Nota DEZ.
TIRANIA de Hideo Gosha com Tetsuro Tamba
Uma belíssima obra-prima! Passado todo á beira de um mar de inverno, corvos, as imagens ficam na memória. Pescadores são massacrados. Um samurai discorda disso. O resto é uma rede de medos e de segredos que deixam o espectador ligado e excitado. Forte componente erótico e forte componente de drama. Um filme belíssimo! Tem de ser visto. Nota DEZ!!!!
O FILHO DO DESTINO de Kenji Misuni com Shigeru Amachi
O mais curto. São apenas 70 minutos, mas quanto drama há aqui! Um órfão e seu triste destino. Ele falha em tudo! Duro e tristíssimo. Nota 7.
A ÚLTIMA AVENTURA DE ROBIN HOOD de Richard Glatzer e Wash Westmoreland com Kevin Kline, Susan Sarandon e Dakota Fanning
Errol Flynn merecia coisa melhor! O filme mostra o último amor de Flynn. Já decadente, drogado, ele se apaixona por uma aspirante a atriz de 17 anos ( na vida real ela tinha 15 ). A mãe da menina é a megera ambiciosa que se espera. Dakota está muito fraca e Kevin tenta dar vida à um papel muito raso. O filme é feio, desagradável, árido. Talvez o filme mais esquisito do ano. E creia, por mais que o assunto seja ótimo e pudesse dar um grande filme, este é muito, muito ruim.
JIMI, TUDO A MEU FAVOR de John Ridley com André Benjamin, Hayley Atwell e Imogen Poots.
Ridley fez a opção certa! Apesar de poder frustrar os fãs, ele escolheu mostrar apenas dez meses da vida de Hendrix. A transição de 66 para 67. O estilo do filme tenta copiar o tipo de cinema moderno da época e temos um ator fazendo Clapton que é sósia dele. Jimi é bem interpretado e apesar de fisicamente ele ser muito mais "viril", André segura o papel. A atirz que faz Linda Keith é de uma beleza mágica. Não vi mulher mais bonita no cinema atual. Um detalhe: o filme é dela. O roteiro centra na relação dela com Jimi. Ponto ruim: os herdeiros não liberaram música nenhuma. Só ouvimos covers que Jimi gravou. Hey Joe, Like a Rolling Stone... Eu gostei bastante e acho este um dos melhores filmes de rock entre os mais recentes. Nota 7.
LE COQUILLE ET LE CLERGYMAN de Germaine Dullac
Estou revendo o box dos filmes avant-garde. São curtas feitos por artistas que tentaram transformar o cinema em outra coisa. Nos anos 20 a arte teve uma escolha a fazer: ou a narração realista, ou a poesia sonhadora. Todos os filmes aqui optam pelo sonho. O partido do realismo venceu. Mesmo nossos filmes mais ousados têm sempre um pe´ no sentido do real. Eles devem fazer sentido. Ter começo e fim. Este que destaco do disco um, é belíssimo! Um delírio que mistura igreja, mar, natureza, mulher, medo e desejo. Não procure sentido. Não procure simbolismo. Ele é exatamente o que parece ser. Nada mais. Nota DEZ.
L'ETOILE DU MER de Man Ray
Sim, Ray foi um grande fotógrafo avant garde, amigo de Duchamp e dos surrealistas. Este delírio é de uma beleza refulgente. Kiki de Montparnasse é a atriz. As imagens fazem com que sonhemos acordados. Nem Bunuel fez imagens tão próximas do que é um sonho. Nota MIL.
MENILMONTANT E BRUMA DE OUTONO de Dimitri Kirsanoff
Este é um filme que virou mito. A história trágica de uma mãe solteira. A atriz principal beira o milagroso. O filme parece um documento do sofrimento. Ela fica na rua, com o bebê....é doloroso. É real e é estranho. Impossível fazer hoje um filme tão pouco cínico. Nota DEZ. Bruma de Outono é apenas bonito.
REGEN de Jori Ivens
Chove em Rotterdan. Apenas isso. Documentário em estado puro. A chuva cai. E é só. E com isso, o famoso doc holandês fez um dos mais belos filmes já feitos. A beleza, simples, banal, se torna eternidade e magia. Ivens amava a vida. Muito. E o que nos resta é amar seu filme. Muito. Uma obra-prima. Como dar nota.....
Primeiro filme da caixa número dois Cinema Samurai. Bastante forte este filme sobre um samurai que tem forte impulso de matar. Pessimista, o final fica na memória. Nota 7.
A LÂMINA DIABÓLICA de Kenji Misuni com Raizo Ichikawa
Um grande ator faz o papel de um órfão que tem o apelido de homem-cachorro. Humilde, ele é humilhado por todos. Achei este o menos bom da caixa. Nota 6.
SAMURAI ASSASSINO de Kihachi Okamoto com Toshiro Mifune
Um grande filme! Mifune brilha como um samurai desencanado, e o enredo trata de traição e vingança. Cenas de luta maravilhosas e uma fotografia estupenda! Nota 8.
A ESPADA DO MAL de Hideo Gosha com Mikijiro Hira
Uma obra-prima. Um samurai mata um inocente e a partir daí se desenrola toda a trama. O clima do filme, lama, chuva, closes, remete a Kurosawa. Tenso, dark, é um filme de aventuras que humilha os filmes de aventuras. O requinte estético é sublime. Nota DEZ.
TIRANIA de Hideo Gosha com Tetsuro Tamba
Uma belíssima obra-prima! Passado todo á beira de um mar de inverno, corvos, as imagens ficam na memória. Pescadores são massacrados. Um samurai discorda disso. O resto é uma rede de medos e de segredos que deixam o espectador ligado e excitado. Forte componente erótico e forte componente de drama. Um filme belíssimo! Tem de ser visto. Nota DEZ!!!!
O FILHO DO DESTINO de Kenji Misuni com Shigeru Amachi
O mais curto. São apenas 70 minutos, mas quanto drama há aqui! Um órfão e seu triste destino. Ele falha em tudo! Duro e tristíssimo. Nota 7.
A ÚLTIMA AVENTURA DE ROBIN HOOD de Richard Glatzer e Wash Westmoreland com Kevin Kline, Susan Sarandon e Dakota Fanning
Errol Flynn merecia coisa melhor! O filme mostra o último amor de Flynn. Já decadente, drogado, ele se apaixona por uma aspirante a atriz de 17 anos ( na vida real ela tinha 15 ). A mãe da menina é a megera ambiciosa que se espera. Dakota está muito fraca e Kevin tenta dar vida à um papel muito raso. O filme é feio, desagradável, árido. Talvez o filme mais esquisito do ano. E creia, por mais que o assunto seja ótimo e pudesse dar um grande filme, este é muito, muito ruim.
JIMI, TUDO A MEU FAVOR de John Ridley com André Benjamin, Hayley Atwell e Imogen Poots.
Ridley fez a opção certa! Apesar de poder frustrar os fãs, ele escolheu mostrar apenas dez meses da vida de Hendrix. A transição de 66 para 67. O estilo do filme tenta copiar o tipo de cinema moderno da época e temos um ator fazendo Clapton que é sósia dele. Jimi é bem interpretado e apesar de fisicamente ele ser muito mais "viril", André segura o papel. A atirz que faz Linda Keith é de uma beleza mágica. Não vi mulher mais bonita no cinema atual. Um detalhe: o filme é dela. O roteiro centra na relação dela com Jimi. Ponto ruim: os herdeiros não liberaram música nenhuma. Só ouvimos covers que Jimi gravou. Hey Joe, Like a Rolling Stone... Eu gostei bastante e acho este um dos melhores filmes de rock entre os mais recentes. Nota 7.
LE COQUILLE ET LE CLERGYMAN de Germaine Dullac
Estou revendo o box dos filmes avant-garde. São curtas feitos por artistas que tentaram transformar o cinema em outra coisa. Nos anos 20 a arte teve uma escolha a fazer: ou a narração realista, ou a poesia sonhadora. Todos os filmes aqui optam pelo sonho. O partido do realismo venceu. Mesmo nossos filmes mais ousados têm sempre um pe´ no sentido do real. Eles devem fazer sentido. Ter começo e fim. Este que destaco do disco um, é belíssimo! Um delírio que mistura igreja, mar, natureza, mulher, medo e desejo. Não procure sentido. Não procure simbolismo. Ele é exatamente o que parece ser. Nada mais. Nota DEZ.
L'ETOILE DU MER de Man Ray
Sim, Ray foi um grande fotógrafo avant garde, amigo de Duchamp e dos surrealistas. Este delírio é de uma beleza refulgente. Kiki de Montparnasse é a atriz. As imagens fazem com que sonhemos acordados. Nem Bunuel fez imagens tão próximas do que é um sonho. Nota MIL.
MENILMONTANT E BRUMA DE OUTONO de Dimitri Kirsanoff
Este é um filme que virou mito. A história trágica de uma mãe solteira. A atriz principal beira o milagroso. O filme parece um documento do sofrimento. Ela fica na rua, com o bebê....é doloroso. É real e é estranho. Impossível fazer hoje um filme tão pouco cínico. Nota DEZ. Bruma de Outono é apenas bonito.
REGEN de Jori Ivens
Chove em Rotterdan. Apenas isso. Documentário em estado puro. A chuva cai. E é só. E com isso, o famoso doc holandês fez um dos mais belos filmes já feitos. A beleza, simples, banal, se torna eternidade e magia. Ivens amava a vida. Muito. E o que nos resta é amar seu filme. Muito. Uma obra-prima. Como dar nota.....
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