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FORD X FERRARI

   Um filme sobre velocidade que não consegue emocionar nas cenas de corrida. Isso revela um erro imperdoável.
   Adoro filmes sobre esportes. O boxe, o beisebol, são esses os dois esportes com melhores filmes. Mas há também ótimos filmes sobre hipismo, futebol americano e até sobre skate. Em automobilismo GRAND PRIX de John Frankenheimer, de 1966, é o mais famoso. Hiper ambicioso, ele dura 3 horas e se perde às vezes em cenas de "arte". Mas tem o que este filme não tem: a emoção e a beleza da velocidade. Neste filme, todas as cenas na pista são feitas em completa indecisão. Não nos sentimos nem como o piloto e nunca como o público na torcida. A câmera muda de ponto de vista o tempo todo e assim qualquer envolvimento pessoal se esvai.
  James Mangold é diretor competente. Tem o filme sobre Johnny Cash e até um bom western. Em su meio, o filme começa bem. A vida de dois derrotados é agradável. Depois ainda se mantém interessante, e adorei ver uma personagem interessante como Lee Iacocca na tela ( Lee merece um filme seu...foi um executivo que mudou a Ford e nos anos 80 tirou a Chrysler do vermelho..durante anos  foi o executivo mais imitado e bajulado do mundo ). Mas os problemas de roteiro se acumulam, e quando o filme mais deveria excitar, ele murcha. Le Mans é uma decepção e os quinze minutos finais são artificiais. Bobos.
  O piloto caipira tem muito de Chuck Yeager, o piloto de aviões que nos anos 40 foi o primeiro homem a bater a velocidade do som. Mas o filme de Philip Kauffman, OS ELEITOS, THE RIGHT STUFF tem poesia, tem velocidade, tem o mágico espírito épico. Quem viu Sam Sheppard fazendo Yeager não esquece. A cena em que Shelby e Ken andam juntos na pista é tirada direto de Os Eleitos. Mas o efeito é de filme banal.
  Odiei o filme? Não. Claro que não. É um filme decente. Mas é um desperdício de ótimo tema.
  PS: a trilha sonora...que lixo! Raros filmes de ação têm uma trilha tão desestimulante.

AMERICAN HUSTLE ( TRAPAÇA )/ MICHAEL CURTIZ/ TYRONE POWER/ STURGES/ ANDY WARHOL

   TRAPAÇA de David O. Russell com Christian Bale, Bradley Cooper, Jeremy Renner, Amy Adams, Jennifer Lawrence
Incrível como na comparação com o filme de Scorsese este filme parece pudico. Eu detestei. Tudo nele me pareceu fake. Na verdade ele é nada mais que um desfile de brechó dos anos 70 ( que não eram desse jeito, parte de seu fake passa pelo carnaval anos 70 feito em 2013 ). Nesse brechó também cabe uma trilha sonora óbvia ( o filme consegue usar músicas dos anos 70 e mesmo assim errar todas ). A trilha vai do muito cool ( Steely Dan, Todd Rundgreen ) ao muito brega ( America, Bee Gees ). O estilo de filmagem é um tipo de exibição: Hey! Vejam! Sei copiar os estilos de Scorsese/ De Palma e Friedkin!!! Uma chatice sem fim com diálogos pseudo-dramáticos. Devo falar que continuo achando o sr. Bale um ator medíocre. Aqui ele faz comédia todo o tempo. Sua interpretação parece John Travolta imitando De Niro. Se ele quis nos fazer rir, ótimo, mas temo que essa não foi a intenção. Um sotaque irritante digno de peça colegial. E ele continua confundindo ser ator com ser transformista. Já Bradley Cooper está excelente. Inclusive o visual, esse sim nada brechó. Amy Adams é sempre ótima. E Jennifer é sempre over. A famosa cena de Live and Let Die é amadora. Péssima até para o humor tipo Pânico. 10 indicações para o Oscar? Nota 3.
   DRÁCULA DE ANDY WARHOL de Paul Morrissey com Joe Dalessandro, Udo Kier, Vittório de Sica
Porque "de Andy Warhol se ele não dirige?" Porque a turma toda é da Factory. Joe é estrela de 90% dos filmes de Andy, e Morrissey foi dançarino com chicote do Velvet e cameraman da Factory. Mas o filme é um lixo. Tenta ser erótico e é apenas frio, tenta ser lúgubre e é apenas chato. Os atores têm cara de clip do Bauhaus e essa é a única graça desta chatice. Nota ZERO>
   A FERA DO FORTE BRAVO de John Sturges com William Holden e Eleanor Parker
Um bom western. Holden é um tenente do norte durante a guerra civil. Durão e mal, ele cuida de prisioneiros sulistas e precisa capturá-los numa fuga. Mas os indios atacam. Sturges dirigiu alguns dos melhores filmes de Steve McQueen, Kirk Douglas e Lancaster. Aqui, ainda em seu começo, ele usa bem os cenários e mantém o interesse. Para quem gosta de western, um belo filme. Nota 7.
  KID GALAHAD de Michael Curtiz com Edward G. Robinson, Bette Davis, Humphrey Bogart
Ainda a milhas de seu estrelato, Bogey faz um papel secundário de vilão. Robinson é um promotor de boxe. Lança novato, mas sua garota se apaixona pelo lutador. Curtiz dirige de seu modo habitual, crú, direto, sem firulas. Conta a história de modo cirúrgico e entrega uma diversão sem uma cena a mais. Exato. Bette Davis rouba o filme. Sua personagem exala sabedoria. Um grande filme. Nota 8.
   O BECO DAS ALMAS PERDIDAS de Edmund Goulding com Tyrone Power, Joan Blondell e Colleen Gray
Surpreendente. Hollywood não fazia filmes assim em 1947. Mas Tyrone pressionou a Fox a produzir este roteiro. Fala de um vigarista que usa todos para ser famoso. Como? Com um número de vidência. O filme mostra miséria, desespero e muita sujeira. Começa numa feira mambembe e termina de forma terrível. Tyrone está muito bem. Além de todo preconceito ( ele não era levado a sério por ser bonito ), ele era bom ator. Gray é uma linda atriz e o filme precisa ser visto por aqueles que se interessam por cinema. Nota 7.