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FUNDAÇÃO - ISAAC ASIMOV

Um amigo me dá essa imensa obra ( 850 páginas ). Lançada nos anos 40-50, Fundação foi eleita recentemente a maior obra de ficção da história. O Senhor dos Anéis ficou em segundo. O livro traz uma entrevista com Asimov onde ele entrega o jogo: um autor que mira a história, a ação, o enredo, deixa de lado a psicologia dos personagens. E vice-versa. Autores como Wells, Orwell, Tolkien são desse tipo, belas histórias com personagens que são tipos, não pessoas. Já os escritores do outro tipo desenvolvem personagens complexos e reais, mas enredos onde nada parece acontecer. ùnico adendo: um autor como Conrad, há outros, consegue fazer as duas coisas. Posto isso, a história se passa em futuro distante, mais de 500 mil anos no futuro. As pessoas vivem em vários planetas e não se lembram mais desta nossa época. Asimov, assumidamente, usa o molde da QUEDA DO IMPERIO ROMANO de Gibbons, para desenvolver sua saga. Bárbaros tomam o império e tudo decai. A cultura é esquecida. Voltam costumes arcaicos. O livro é bom? Bem, eu li com prazer. ------------------- Causa espanto certas coisas que Asimov manteve: fósforos, energia nuclear, cartas, papel e caneta...ele não antecipou a revolução digital ( quem poderia? ) e é estranho imaginar que em 800 mil DC, ainda se escreva em papel. Mesmo já se fazendo viagens entre estrelas. De qualquer modo, a tese de Asimov, de que a história é uma repetição sem fim, e que a cultura nada mais é que uma tênue cortina ao vento, é fascinante. Todo império cresce e morre ao perder sua agressividade. Ao conceder. O país que toma o lugar é sempre constituído de homens primitivos e sem pudor, que pegam do império destruído o que ele tem de mais util, e dão o passo adiante ( adiante? ). ---------- Eu falei homens? Talvez a coisa que mais choque nesse futuro seja a ausência de mulheres. Onde elas estão Asimov?