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Duke Ellington and Count Basie (Usa, 1961) - Wild Man

DUKE ELLINGTON-COUNT BASIE - FIRST TIME!...SE VOCE NÃO GOSTA DE BIG BANDS TENTE ESTE ALBUM

Demorou muito para eu aceitar o som das big bands do jazz. Elas me pareciam som de gente muito velha. Então, por volta de 1980, eu ouvia Miles e Mingus, mas não escutava Duke e Basie. O tempo passoum hoje é 2025, e o que parecia muito velho parece hoje cool. É assim que acontece, a coisa envelhece e depois de ser apenas "velha", é esquecida ou vira chique. Hoje o som muito velho, em jazz, parece ser algo como Spyro Gyra e Grover Washington, e penso que eles serão esquecidos. -------------- Se voce não gosta de Bandas esta é sua chance, um bom modo de começar. Em 1962 uniram as duas maiores bandas do jazz em um único disco. A primeira coisa que se nota é o som. Em 1962 o som dos discos de rock era muito ruim e percebemos que os albuns de jazz, como este, possuem uma qualidade sonora sensacional. O rock só em 1968-1969 passaria a ter status para ocupar o mesmo nível de produção. ----------------- Todas as 8 faixas aqui são exemplos do que é a sonoridade de uma banda: é quente, complexa, esfuziante. Mas comece pela faixa 5: Wild Man. É uma obra prima de Ellington. O andamento muda a todo momento, os timbres variam, o volume aumenta e depois se faz quase silêncio, é a exibição de um gênio. Basie esponde em seguida com Segue in C, outra obra prima, esta exibindo a especialidade de Basie, o ritmo, o beat. BDB de Ellington tem ataques de saxes que beiram o monstruoso. A bateria brilha. Por fim a marca registrada de Basie, Jumpin at The Woodside, groove sem fim. Depois disso, ouça as faixas de 1 a 4 e seja feliz. ------------------ Se isto não te fizer amar o som das bandas, bem , desista. Ou vá cuidar de seus ouvidos, talvez voce seja surdo.

LESTER YOUNG

Algumas informações sobre Lester Young. Ele engraxava sapatos aos 5 anos de idade e é o inventor de várias girias usadas até hoje. Talvez a mais conhecida é a palavra cool para designar o que é muito bom e ao mesmo tempo para poucos. Lester falava tanta gíria criada por ele mesmo, bread era dinheiro por exemplo, que sua fala se tornou lendária. Ele foi o melhor amigo de Billie Holiday e em época de pobreza chegou a morar com Billie e a mãe dela. Nunca foram para a cama. --------------- Lester bebia muito e morreu com menos de 50 anos, em um avião, de hemorragia provocada por alcoolismo, vindo de Paris para New York. Há um especial de TV, que posto acima, em que Lester faz um solo dois meses antes de morrer. Billie, que canta nesse clip, morreria cinco meses após Lester. Os produtores do especial choraram todos na sala de video enquanto Lester solava no especial ao vivo. O solo, extremamente simples e curto, é puro Lester Young. No clip há ainda Ben Webster e Gerry Mulligan. ----------------- Lester foi ídolo de Charlie Parker e tem músicas feitas em sua homenagem por Charles Mingus e Duke Ellington. ---------------- Não há sax mais cool que o dele.

CHARLES MINGUS E ERIC DOLPHY TOCANDO DUKE ELLINGTON

O jazz tem seus pilares. Louis Armstrong, Duke, Count Basie, Charlie Parker, Thelonious, Miles Davis, Coltrane, Mingus. Esses são aqueles que são chamados de gênios. Ainda se pode incluir Dizzy Gillespie e talvez Ornette Coleman. Meus favoritos são Miles, Thelonious, Lester Young, Jelly Roll Morton, John Lewis. Jazz é um mundo infinito, quando voce acha que conhece tudo que importa voce descobre mais coisas que importam. ----------------- Eric Dolphy eu conheci agora e o video que postei abaixo é um dos pontos mais altos que já vi em música. Qualquer tipo de música. No começo dos anos de 1960, Charles Mingus une um grupo de músicos é toca, na TV, take the A train, de Duke Ellington. Danny Richmond, seu batera habitual, toca de uma maneira extremamente wild e quase rouba o show. Se voce ainda não sabe como um grande batera toca seus couros eis sua chance. O ritmo é frenético e ele improvisa o tempo todo. Mas eu quero falar de Dolphy. ------------------ Quando ele entra, tocando o pouco usado clarinete baixo, instrumento que requer muito fôlego, a coisa vira outra coisa. É pura arte. E é swing. Há um momento do solo dele em que os músicos riem e Mingus vai dar uma volta pelo palco. Tá tudo ali: é cool, é petulante, é quente também. Dolphy morreria meses, poucos, depois dessa gravação e sua obra ficaria na promessa. Mas apenas com esta gravação a gente já sabe: o cara era foda!!!!!!