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CHAPLIN/ WES ANDERSON/ DJANGO/ GARY COOPER/ JERRY LEWIS/ PAULO JOSÉ/ AUDREY

   UMA CRUZ À BEIRA DO ABISMO de Fred Zinnemann com Audrey Hepburn
Mulher jovem, viúva, resolve ser freira. Acompanhamos, em registro sóbrio, seu aprendizado e afinal a realização de seu sonho: trabalhar no Congo. Lá ela conhece médico ateu. Qual o tamanho de sua vocação? Zinnemann foi um gigante, A Um Passo da Eternidade, Julia, Matar ou Morrer e vasto etc. A palavra que o define: Precisão. Nada em excesso, nada de menos. Por incrivel que pareça, com  tema tão árido, o filme funciona. Peter Finch está ótimo como o medico materialista e ainda há Peggy Ashcroft. Vida dura....Nota 7.
   OS QUATRO GUERREIROS de Gordon Chau
Filme chinês de 2012 sobre kung fu. Adoro kung fu, detestei este filme! Em cinco minutos eu já me desinteressara. Tenta ser tão ágil, tão esperto, que se faz uma bagunça. Fuja! Nota ZERO
   WAY DOWN EAST de David Wark Griffith com Lillian Gish
O inventor do que entendemos por cinema com a atriz de rosto mais expressivo da história. É um drama sobre a incocência. O rosto de Gish, linda e extremamente frágil, comove. Ver este filme é ver o século XIX em movimento. Griffith é um homem do tempo de Twain e Whitman. Nota 6.
   O PRINCIPE DO DESERTO de Jean-Jacques Annaud com Antonio Banderas
Muito tempo atrás Annaud foi um bom diretor. A Guerra do Fogo é um bom filme. Este, seu mais recente, deve ter sido escrito por um menino de 8 anos. É tão tolo, tão banal que chega a dar raiva. Fala do começo daquilo que conhecemos como Mundo Árabe, petróleo e rivalidades tribais. É o tema de Lawrence da Arábia. Comparar os dois é como comparar vinho com Q.Suco de uva. Nota ZERO
   MOONRISE KINGDOM de Wes Anderson com Bruce Wiilis e Frances McDormand
O filme serve para explicitar o porque de Wes ser um "cineasta" que sempre me pareceu incompleto. Ele não é um cineasta na verdade! É um artista plástico! Veja bem, suas imagens não contém movimento, os atores não interpretam, tudo é na verdade uma coleção de imagens pop-art à Rauschemberg ou Hamilton. O que vemos são quadros, poses que tentam contar uma história. O filme é como um monte de slides. "Olha a lata!"; "Olha a barraca!".... Poderia até ser interessante, afinal, Bresson fez mais ou menos isso num espírito modernista, mas Wes não tem bons slides! Cada vez mais penso que ele nasceu para fazer desenhos e não filmes...A animação do Raposo é seu melhor trabalho. De longe!!!! Nota 2.
   A DAMA E O GANGSTER de Claude Lelouch com Lino Ventura e Françoise Fabien
Acho que voces esqueceram, mas na época de Godard e Truffaut, o diretor francês mais famoso era Lelouch. Ele filmava tudo na mão e contava belas histórias de amor. Aqui temos um ladrão e seu plano de assaltar uma joalheria. Ao mesmo tempo ele se apaixona por uma vendedora de móveis históricos. O filme é contado em flash-back e Lino é tão feio que fica sendo original. O plano de roubo é bastante engenhoso. Bom passatempo. Nota 6.
   TODAS AS MULHERES DO MUNDO de Domingos de Oliveira com Paulo José, Leila Diniz e a turma de Ipanema
A alegria de se estar vivo. Paulo Jose´está adorável como um homem que não pode deixar de ter todas as mulheres do mundo. Mas ele se apaixona, se casa e daí nascem os problemas. O filme confirma um fato: o homem que se dá bem com as mulheres é aquele que ama essas mulheres. Há no rosto de Paulo a alegria, a felicidade de se desejar, de se amar, de se sentir fascinado pelas mulheres. Ele é como um garoto, uma criança cercada por lindos brinquedos. Domingos sabe o que faz, os atores falam obviedades, porque é de obviedades que a vida é feita. O romance de Paulo e Leila é desajeitado, comum, banal, encantador. O filme é feito livremente, solto, transpira felicidade. Serve ainda para vermos a Ipanema de então ( 1967 ), a turma de Domingos ( os personagens do livro de Ruy Castro comparecem como "atores" ), não é um filme perfeito, erra bastante, tem um som ruim, mas é vivo, solto, pleno. Junto com O Bandido da Luz Vermelha é a melhor coisa do cinema nacional. Nota 9.
   AS AVENTURAS DE MARCO POLO de Archie Mayo com Gary Cooper
Cooper de malha justa fazendo um italiano? Parece um cowboy fantasiado. O filme mostra o lado ruim do cinema clássico dos anos 30, tudo parece falso demais! Veneza é um set de papelão e a China fica no quintal de Samuel Goldwyn. Além dos chineses, todos americanos com rosto maquiado. Bem, tudo isso seria esquecido se o roteiro fosse bom, mas não é. Cooper vê a pólvora pela primeira vez, o macarrão, o carvão, e faz cara de quem encontrou uma moeda na rua. Chato. Nota 1
   LUZES DA CIDADE de Charles Chaplin
Uma obra-prima. Se voce quer começar a entender o cinema sem voz, eis seu filme. É absolutamente perfeito. Da primeira a última cena, é um filme que corre e acontece em tempo próprio, ele passa voando. Chaplin é o mendigo que se apaixona por florista cega, que salva milionário bêbado do suicidio e que entra numa luta de boxe. A luta é uma das cenas mais soberbas da história, uma obra-prima de ação e de enquadramento. Mas as cenas da festa, da dança e o final também são perfeitos. Nada piegas, mas bastante romântico, o filme é uma aula de cinema. Tudo se encaixa de modo tão correto, as coisas se encadeiam de maneira tão natural, que o assistir é entender o porque de certos filmes não fluirem e outros voarem. Chaplin era um gênio. O filme, seu melhor, ano a ano vem subindo nas eleições de melhores de todos os tempos. Não me surpreenderá se um dia for o melhor. Nota DOIS MILHÔES. PS: Só consigo lembrar de dois filmes com finais melhores que este: Nada de Novo no Front ( com a cena da borboleta ) e Os 7 Samurais (  a cena das espadas na cova ). O reconhecimento da florista é não só emocionante, é um final aberto e muito moderno.
   BANCANDO A AMA-SECA de Frank Tashlin com Jerry Lewis
Na Sessão da Tarde dos anos 70/80 só dava Jerry...e Elvis. Mas seus filmes, hoje, só podem funcionar como pura nostalgia. É um humorista, um grande humorista, que perdeu a graça. O tipo de humor que ele fazia era aquele que hoje é lei: um pastelão retardado careteiro e desenfreado, lembra Adam Sandler e Jim Carrey. O problema é que Adam e Jim foram ao limite, e homenageando Jerry Lewis eles destruíram Jerry Lewis. Peter Sellers por exemplo, sobreviveu melhor porque ninguém tentou o imitar. Jerry foi tão seguido que hoje se parece com um Jim Carrey piorado. Que injustiça!!! Jerry era uma fonte de ideias, de coragem e de multi-talentos. O tempo lhe foi cruel. Bem... se este texto parecer confuso é porque meus sentimentos em relação a Jerry são confusos....
   DJANGO de Sergio Corbucci com Franco Nero
Falarei mais deste filme acima...Tarantino está lançando um filme com este nome.... Nota 5.

TYRONE POWER/ HENRY FONDA/ ROBERT RODRIGUEZ/ JERRY LEWIS/ BRUCE WILLIS/ DEANNA DURBIN/ RED DOG/ LANTERNA VERDE

   PRIMEIRO AMOR de Henry Koster com Deanna Durbin e Robert Stack
No começo da década de 30 todos os estúdios de Hollywood, com excessão da MGM, estavam no vermelho. Reflexo da crise de 29 e dos salários absurdos dos deuses do cinema silencioso. A Paramount, que foi a companhia mais ameaçada, foi salva graças a De Mille e aos musicais de Jeannette MacDonald. A Warner se salvou com seus filmes de gangster com James Cagney ou Edward G. Robinson, a Columbia se safou com os filmes de Frank Capra, a Fox com westerns baratos e temos a Universal que deveu sua salvação a filmes de monstros, tipo Drácula e Frankenstein e a descoberta da estrela juvenil Deanna Durbin. Eu nunca havia visto um filme dela, este é meu primeiro. Deanna me conquistou só com um olhar. Ela não é bonitona ou glamurosa, é comum, banal, simples, mas é simpática. O que a define é uma simpatia doce, sem nada de forçado, anti-artificial. Voce olha pra Deanna e sente uma imensa vontade de a proteger. Dizem que foi ela quem criou essa coisa chamada de "teen americana", que antes dela adolescente era pequeno adulto. Não sei e não creio muito nisso. O que interessa é que este filme, uma atualização da história de Cinderela, é muito agradável, gostoso de ver, encantador até. Ele é como um bom sofá, uma lareira, um amigo, nos dá paz, tranquila fruição. Existe algum tipo de filme hoje que ainda procura ser essa coisa calma, plácida e feliz? Deanna Durbin foi uma das maiores estrelas dos anos 30. Começou aos 14 anos sempre em filmes que exibiam seus dotes vocais ( ah, ela canta divinamente ). Quando começou a ficar adulta teve a inteligência de largar o cinema, casou-se e foi morar na França. Viveu mais de 90 anos, e espero que tenham sido anos muito felizes. Deanna mereceu. Nota 7.
   DÚVIDAS NO CORAÇÃO de Sidney Lanfield com Tyrone Power e Sonja Henie
No cinema hiper pop dos anos 30, quando surgia um campeão do esporte logo se pensava em transformá-lo em star. Assim foi com Weissmuller como Tarzan, com Buster Crabbe como Flash Gordon, Esther Willians e suas piscinas musicadas e com a campeã de patinação Sonja Henie, uma norueguesa muito má atriz, mas que por ter uma imagem tão sorridente e pouco pretensiosa, deu muito certo por alguns anos. Aqui ela é uma professora que sem querer se torna uma estrela do cinema. O legal do filme é que ele mostra o processo de construção de uma estrela: os romances forjados, a falsidade das biografias. Tyrone Power ao contrário de Sonja, foi uma estrela no cinema do começo ate´sua morte nos anos 50. Tyrone era um ator apenas razoável, mas era bonito, elegante e podia tanto ser um industrial de Boston como um cowboy do Texas. Seu rosto, meio latino meio irlandês ( na verdade ele era totalmente irlandês ), comportava uma gama imensa de caracteres. Aqui, bastante jovem, ele faz um tipo que James Stewart faria alguns anos depois, o jovem ambicioso e atrapalhado que se revela um bom coração. Um filme que se deixa ver, exemplo da linha de produção dos anos 30/40. Nota 6.
   BLOQUEIO de William Dieterle com Madeleine Carroll e Henry Fonda
Fonda tinha uma caracterísitca que às vezes me irrita: ele era sério demais. Parece que tudo nele tinha de ser relevante, comprometido, nobre. Em filmes como O Jovem Lincoln ou Consciências Mortas esse modo de Henry Fonda ser, casa a perfeição com a obra. Mas em outros filmes esse seu jeito bom demais, correto demais parece fora de lugar. Este filme, uma bagunça esquisita, uma produção sem rumo, que fala sobre a revolução espanhola, é muito desagradável. Madeleine, que era um atriz deliciosa, é uma espiã dos fascistas, Fonda é um comunista que luta pela  causa. O filme, feito durante a própria revolução, termina com um apelo ao mundo. Fonda se volta ao público e pergunta: Onde está a consciência do mundo? A mensagem do filme é clara, o mundo deixou que a Espanha fosse massacrada, mal sabia o mundo que a consequencia seria Hitler. Que a Espanha era um campo de treino para o exército nazi. Mas em que pese sua visão e o fato de Dieterle ser um ótimo diretor, as coisas aqui são tão sérias e tão politicas que a diversão vai pro espaço. Nota 4.
   O QUINTO ELEMENTO de Luc Besson com Bruce Willis, Gary Oldman, Chris Rock, Ian Holm e Milla Jovovich
Claro que já vi este filme N vezes. E após alguns anos o revi nesta semana. E mais uma vez me diverti. É uma comédia juvenil ao estilo dos seriados bobos dos anos 40. Nada é sério e tudo é uma fantasia sem compromisso com nada. Toda produção de HQ deveria ter este espírito. Besson dá um belo visual cafona a tudo, é um futuro colorido, gay, festivo, purpurinado. Gaultier cuidou do visual e se percebe em sua mistura de cafonice com luxo tecno espacial. Os efeitos digitais aqui ( 1995 ) ainda não haviam dominado toda a produção, então há algo de humano neste mundo brilhoso. Bruce Willis sabe unir tudo, sabe ser engraçado e heróico ao mesmo tempo. Ele tempera o filme com olhares de ironia e atitudes de bronco. Inteligente, ele sempre foi um ator muito mais inteligente do que os críticos perceberam. Chris Rock faz um DJ baseado em Prince. Comediante maravilhoso, até hoje ninguém entendeu porque sua carreira não engrenou. Talvez ele seja amoral demais. Asssistir este filme bobíssimo é como ver um grande desfile de escola de samba ou um belo jogo de futebol, uma baita diversão. Nota 7.
   MOCINHO ENCRENQUEIRO de Jerry Lewis
Um amigo escreveu reclamando da critica que fiz a Jerry postagens atrás. Acho que não deixei claro que gosto muito de Jerry. Cresci vendo seus filmes na TV. Tardes em que eu, meu irmão, minha mãe e minha tia chorávamos de rir vendo seus filmes. Para mim, então, os criticos franceses estavam certos, Jerry era um gênio. O cara produzia, escrevia, interpretava um ou dois filmes por ano, e sempre era engraçado. Os americanos iam ver seus filmes, mas achavam risivel os franceses, Jerry na América era apenas um humorista, jamais um gênio. Pois bem, vendo seus filmes agora percebo que as duas visões são corretas e erradas. Jerry não era apenas um humorista, era um muito criativo cineasta. Seus filmes são criações de uma mente original. Então, sim ele é um autor. Mas ao mesmo tempo ele erra muito. Demais até, e piadas que poderiam ser excelentes são estragadas por sua ambição sem freio. Minha critica é a de que Jerry hoje não tem graça, mas, sobrevive como um diretor original e cheio de boas ideias. De qualquer modo, este filme, sobre um empregado de estúdio de cinema, nos dá a chance de ver a Paramount em seus interiores e tem ao menos uma piada hilária, a cena no elevador é muito boa. Nota 6.
   RED DOG de Kriv Stenders
Nos anos 70 um cão se tornou famoso no norte da Austrália. Era um cão sem dono, que vagava por meio continente e que era adotado por toda cidade. Essa história real foi filmada em 2010, produção australiana que ganhou prêmios locais. É óbvio que não passou no Brasil, mas vale muito a pena baixar. Todo mundo sabe que sou louco por cães. Mas me revolta a ruindade da maioria dos filmes com cachorros. Eles humanizam os bichos, fazem com que eles falem, tenham expressões faciais de humanos, se tornem crianças espertas ou pior, santos sofredores. Não é este caso. Red Dog é todo o tempo um cão. Nada de gracinhas, nada de olhares de gente. O filme, passado entre mineradores do sertão, é como cinema um filme muito bom. E em seu final, sem apelar muito, é profundamente emocionante. Não me recordo de filme com cachorro melhor que este. É ao mesmo tempo um filme estradeiro, uma comédia sobre broncos, uma descrição de uma região do mundo que ninguém conhece e uma lição sobre amizade. Adorei. Nota 8.
   O INCRIVEL HOMEM QUE ENCOLHEU de Jack Arnold
Clássico cult de sci-fi. Baseado num conto de Richard Matheson, acompanhamos a saga de  um homem que ao sofrer radiação no mar, começa a encolher dia a dia. O filme é muito, muito triste. O desespero do pobre sujeito nos desespera. Não há cura e ele se torna um anão, um boneco e logo um inseto. Até o final do filme, belissimo, em que ele chega ao nivel das bactérias e encontra a paz. Dá sim pra chamá-lo de pequena obra-prima. Não faz a menor concessão, nada ali pode o salvar. Filme barato que é hoje um dos gigantes de seu tempo. Nota 9.
   WINTER, O GOLFINHO de Charles Martin Smith com Harry Connick Jr., Ashley Judd, Kris Kristoferson e Morgan Freeman
Smith foi ator nos anos 80, Conta Comigo por exemplo. Tem se revelado um muito bom diretor. Sensível sem nunca parecer apelativo. É outra história veridica. Aqui é sobre golfinho ferido que é ajudado por equipe de aquário na Flórida. Há menino timido que encontra seu lugar no mundo, mãe abandonada, doutor bonachão. Tudo cliché, mas nada disso atrapalha a beleza das imagens e o encanto da história. O golfinho verdadeiro está vivo e pode ser acompanhado pela internet. A proteção animal é uma das melhores coisas do nosso mundo tecnológico. Se voce tem filhos este é o filme certo! Nota 7.
   LANTERNA VERDE de Martin Campbell com Ryan Reynolds
Vou falar do porque dos efeitos digitais me incomodarem. Vejo um stuntman dirigir um carro num filme. Me emociono e fico ligado. Vejo um carro digitalizado correr, não consigo atingir o mesmo nivel de adrenalina, Porque? Preconceito meu? Tenho uma teoria. Quando vejo uma cena de luta em filme chinês, ou Statham numa cena de carros, sei que ali há um limite. O limite humano. E a emoção está em ver até onde vai esse limite. Mesmo que existam efeitos digitais ali ( e os há ), a ênfase é na habilidade do homem. Existe suspense porque existe um limite. Isso não ocorre, nunca, em filmes cem por cento em digital. Tudo pode acontecer, e se tudo pode acontecer não existe um limite a ser desafiado. Em Os Eleitos, obra-prima de Philip Kauffman sobre entre outras coisas aviões, vemos Chuck Yeager voar. Ele sobe e sobe e sobe e nosso nervos enlouquecem. Aqui sabemos que o piloto Hal Jordan pode voar até o sol, e daí? Ele pode vencer um destruidor de mundos como quem dá um chute numa bola.  O bom do filme é o visual do espaço, mas o que dizer de uma aventura sem emoção? E ainda com todo aquele cliché de herói que se humaniza, de bandido que é enlouquecido pelo poder, de menina que ama o cara mas não admite isso....quantos bocejos!!!! E de humor, de fantasia pura, de inesperado, nada.... Nota 2. ( há piores ).
   A BALADA DO PISTOLEIRO de Robert Rodriguez com Antonio Banderas, Salma Hayeck, Steve Buscemi, Quentin Tarantino, Joaquim de Almeida e Danny Trejo
Adoro Robert. Adoro a trilha sonora, adoro as cores, as mulheres, a loucura, o humor escrachado, a atitude rocknroll. E adoro esse lado humorista de Banderas, um ator que nasceu para ser engraçado e que pouco encontrou papéis a sua altura. Ele pode fazer uma coisa que é das mais dificeis, ser engraçado e ao mesmo tempo sedutor, ser ridiculo sem perder a elegancia. Nesta terceira revisão o filme me lembrou muito Yojimbo de Kurosawa. Aliás, acho que Yojimbo se gravou no sub-consciente de Rodriguez e Tarantino. Salma nunca esteve tão bonita e o filme é uma deliciosa diversão. Explosão de sangue, elegancia e muito sol. Nota 7.