Há toda uma onda memorialista brasileira. Tempos ruins estes, nos sentimos desmotivados em relação ao aqui e agora. ( No mais o aqui e agora só pode ser experimentado por bichos e recém nascidos. Somos antecipação e lembrança. ) Nessa bagunça atordoante nada é melhor que o banho quente nas águas daquilo que agora pode ser visto com começo, meio e um quase fim. E brasileiro sabe ter saudade. Brasileiro sabe falar de parentes dando sabor à essas lembranças. E o cenário....
A menina nasce e cresce entre Poços de Caldas, o bairro da Aclimação em SP e um sítio em Araraquara. Nasce em 1945 e suas lembranças são todas concentradas até 1951. Mas, melhor, ela resgata as histórias dos avôs, bisavôs, tataravôs. Dois ramos: paulistas e cariocas. Europeus e mineiros. Gente calada e elegante. Gente cheia de amigos e dandys. O pai é um contador de histórias. Professor de sociologia. A mãe também e´professora. E muito sociável. A casa na Aclimação é ponto de encontro de intelectuais e artistas. Mas o livro não trata deles. Trata da menina.
E é uma delicia ver as ruas da cidade gentil. O sítio do avô esteta. A fazenda que faliu. Tias de glamour. A linguagem preciosa. O texto brilha.
Ana Luisa Escorel é artista da imagem. Aqui ela escreve. E desenha. Linda.
A menina nasce e cresce entre Poços de Caldas, o bairro da Aclimação em SP e um sítio em Araraquara. Nasce em 1945 e suas lembranças são todas concentradas até 1951. Mas, melhor, ela resgata as histórias dos avôs, bisavôs, tataravôs. Dois ramos: paulistas e cariocas. Europeus e mineiros. Gente calada e elegante. Gente cheia de amigos e dandys. O pai é um contador de histórias. Professor de sociologia. A mãe também e´professora. E muito sociável. A casa na Aclimação é ponto de encontro de intelectuais e artistas. Mas o livro não trata deles. Trata da menina.
E é uma delicia ver as ruas da cidade gentil. O sítio do avô esteta. A fazenda que faliu. Tias de glamour. A linguagem preciosa. O texto brilha.
Ana Luisa Escorel é artista da imagem. Aqui ela escreve. E desenha. Linda.