CAPITÃO FANTÁSTICO de Matt Ross com Viggo Mortensen.
Lixo. Quando se tenta o humor ele é sem graça e quando se faz drama ele parece fake. Fala de um pai que cria seus muito filhos dentro de um tipo de ditadura da liberdade. Não sei se Matt Ross percebeu isso. O que sei é que o filme fica em cima do muro. Faz críticas ao mundo e ao mesmo tempo pega leve com um pai escrotíssimo ( sim, Viggo é um pai de merda ). O fato de existir um filme assim mostra o quanto o cinema está sem noção.
DOUTOR ESTRANHO de Scott Derrickson com Benedict Cumberbatch, Rachel McAdams, Tilda Swinton e Mads Mikkelsen.
É um dos Marvels que mais esperei, e foi uma meia decepção. Os primeiros trinta minutos são bem legais, com o super egocêntrico doutor Strange. Mas quando ele vai pro Nepal, tudo desanda. Filosofices de botequim, cenas de ação sem beleza ou emoção e um herói que nunca parece heroico. Para minha surpresa, Cumberbatch combina com o papel.
A QUALQUER CUSTO de David McKenzie com Jeff Bridges, Chris Pine e Ben Foster.
O elenco é sublime. Chris e Ben são dois irmãos. Eles roubam bancos pequenos de cidades miseráveis. André Barcinski tem razão, é um filme dos anos 70 feito em 2017. O clima é o de A Última Sessão de Cinema, os personagens são os de A Última Missão e o filme evoca ainda coisas de Mark Rydell, Lumet e Boorman. O foco é todo nos personagens. Mostra-se quem eles são, como fazem as coisas, seu papo furado, seu jeito de ser. Jeff Bridges quase rouba o filme como um velho xerife racista. O fato de não o roubar mostra como Chris e Ben estão bem. Tudo funciona aqui. Um pequeno grande filme. Seria um sonho ele ser eleito o melhor filme.
A CHEGADA de Denis Villeneuve com Amy Adams e Jeremy Renner.
O diretor não está a altura do tema. Objetos imensos chegam a Terra. São 12 em 12 lugares diferentes. Equipes militares e de cientistas vão travar contato com os ETs. O designer dos seres é ótimo e o clima do filme adequado. Mas todas as escolhas são erradas. Se opta sempre por explicar o supérfluo e em não se abordar o mais interessante. Penso que é um caso de se subestimar a inteligência do publico. Um erro sempre fatal. Assim, não se mostra o processo em que se desvenda a linguagem dos ETs. A linguista simplesmente começa a se comunicar rudimentarmente, do nada, de uma hora pra outra. Mas, entenda, o tema é tão bom, que mesmo assim o interesse se sustenta. Tinha de ser uma obra-prima. Perdeu-se a chance. ( Lembrei de Contatos Imediatos...o modo como eu e meu irmão saímos do cinema em estado de graça e de euforia otimista em 1978... )
CURVA DO DESTINO de Edgar G. Ulmer com Tom Neal e Ann Savage.
Um filme classe C, pobre e comum, que hoje é cult e considerado por muitos uma obra-prima. É original. É estranho. É inverossimel. E é muito bom. Fala de um pianista da noite que faz todas as escolhas erradas. Pega carona e daí em diante tudo dá errado. Savage faz a mulher mais assustadora da história do cinema. O filme é um pesadelo noir.
FORÇA DO MAL de Abraham Polonski com John Garfield e Marie Windsor.
Um advogado corrupto participa da corrupção do jogo ilegal. O filme é bom. Amargo a não poder mais, Garfield faz um cara mal, mas nunca superficial, é complexo, tem matizes de bondade. Um filme bom de se ver e que tem em sua equipe um punhado de perseguidos pelo MacCarthismo.
O MUNDO ODEIA-ME de Ida Lupino
Uma diretora mulher nos anos 40, uma raridade. E que filme estranho! Feio, desagradável. Fala de dois amigos que dão carona a um cara. Ele os sequestra. E o resto são estradas, medo, restaurantes, hotéis e postos de gasolina. Árido. Assistir não é um prazer, mas ele fica na memória.
Lixo. Quando se tenta o humor ele é sem graça e quando se faz drama ele parece fake. Fala de um pai que cria seus muito filhos dentro de um tipo de ditadura da liberdade. Não sei se Matt Ross percebeu isso. O que sei é que o filme fica em cima do muro. Faz críticas ao mundo e ao mesmo tempo pega leve com um pai escrotíssimo ( sim, Viggo é um pai de merda ). O fato de existir um filme assim mostra o quanto o cinema está sem noção.
DOUTOR ESTRANHO de Scott Derrickson com Benedict Cumberbatch, Rachel McAdams, Tilda Swinton e Mads Mikkelsen.
É um dos Marvels que mais esperei, e foi uma meia decepção. Os primeiros trinta minutos são bem legais, com o super egocêntrico doutor Strange. Mas quando ele vai pro Nepal, tudo desanda. Filosofices de botequim, cenas de ação sem beleza ou emoção e um herói que nunca parece heroico. Para minha surpresa, Cumberbatch combina com o papel.
A QUALQUER CUSTO de David McKenzie com Jeff Bridges, Chris Pine e Ben Foster.
O elenco é sublime. Chris e Ben são dois irmãos. Eles roubam bancos pequenos de cidades miseráveis. André Barcinski tem razão, é um filme dos anos 70 feito em 2017. O clima é o de A Última Sessão de Cinema, os personagens são os de A Última Missão e o filme evoca ainda coisas de Mark Rydell, Lumet e Boorman. O foco é todo nos personagens. Mostra-se quem eles são, como fazem as coisas, seu papo furado, seu jeito de ser. Jeff Bridges quase rouba o filme como um velho xerife racista. O fato de não o roubar mostra como Chris e Ben estão bem. Tudo funciona aqui. Um pequeno grande filme. Seria um sonho ele ser eleito o melhor filme.
A CHEGADA de Denis Villeneuve com Amy Adams e Jeremy Renner.
O diretor não está a altura do tema. Objetos imensos chegam a Terra. São 12 em 12 lugares diferentes. Equipes militares e de cientistas vão travar contato com os ETs. O designer dos seres é ótimo e o clima do filme adequado. Mas todas as escolhas são erradas. Se opta sempre por explicar o supérfluo e em não se abordar o mais interessante. Penso que é um caso de se subestimar a inteligência do publico. Um erro sempre fatal. Assim, não se mostra o processo em que se desvenda a linguagem dos ETs. A linguista simplesmente começa a se comunicar rudimentarmente, do nada, de uma hora pra outra. Mas, entenda, o tema é tão bom, que mesmo assim o interesse se sustenta. Tinha de ser uma obra-prima. Perdeu-se a chance. ( Lembrei de Contatos Imediatos...o modo como eu e meu irmão saímos do cinema em estado de graça e de euforia otimista em 1978... )
CURVA DO DESTINO de Edgar G. Ulmer com Tom Neal e Ann Savage.
Um filme classe C, pobre e comum, que hoje é cult e considerado por muitos uma obra-prima. É original. É estranho. É inverossimel. E é muito bom. Fala de um pianista da noite que faz todas as escolhas erradas. Pega carona e daí em diante tudo dá errado. Savage faz a mulher mais assustadora da história do cinema. O filme é um pesadelo noir.
FORÇA DO MAL de Abraham Polonski com John Garfield e Marie Windsor.
Um advogado corrupto participa da corrupção do jogo ilegal. O filme é bom. Amargo a não poder mais, Garfield faz um cara mal, mas nunca superficial, é complexo, tem matizes de bondade. Um filme bom de se ver e que tem em sua equipe um punhado de perseguidos pelo MacCarthismo.
O MUNDO ODEIA-ME de Ida Lupino
Uma diretora mulher nos anos 40, uma raridade. E que filme estranho! Feio, desagradável. Fala de dois amigos que dão carona a um cara. Ele os sequestra. E o resto são estradas, medo, restaurantes, hotéis e postos de gasolina. Árido. Assistir não é um prazer, mas ele fica na memória.