A HARPA DA BIRMÂNIA de Kon Ichikawa
A segunda guerra acabou de terminar. Estamos na Birmânia e um soldado japonês, que toca harpa, tenta convencer grupo de soldados kamikazes a se entregar. Depois o acompanhamos em suas caminhadas pelo país. Sua jornada é ao mesmo tempo uma reportagem sobre os horrores da guerra e um mergulho em sua alma. Belíssimo filme de um dos grandes do Japão. O fato de filmes como este serem lançados em dvd dignifica e justifica a invenção do formato. Se o inicio desta obra parece banal, conforme ela se desenvolve seu crescimento se agiganta. Imperdível. Nota 9.
A DEFESA DO CASTELO de Sidney Pollack com Burt Lancaster, Peter Falk e Patrick O'Neal.
Pollack em seu momento mais "artístico". O filme é maneirista. Cheio de zoons, cortes abruptos, som que invade a cena seguinte, pistas e rastros de simbolismos vários. Fala de um pelotão de soldados americanos que toma posse de um castelo belga para deter avanço nazista. Até aí tudo normal, mas o que vemos é um bando de yankees que desejam destruir o castelo. Lancaster faz o capitão do grupo. Uma de suas falas é exemplar "-A Europa não está sendo destruída, ela já morreu." Há em sua voz e em seu olhar um imenso desprezo pela arte que abunda naqueles salões, pelos nobres que lá moram. Seu desejo é vencer os nazis, mas também ver o castelo em ruínas. Falk faz um italo-americano, tudo o que ele quer é fazer pão na padaria da vila belga. O'Neal é um amante das artes patético. O filme está longe da perfeição, mas faz pensar e é original. De ruim a trilha sonora de Michel Legrand. Para onde foi esse Pollack tão ousado? Nota 6.
A MARCHA SOBRE ROMA de Dino Risi com Vittorio Gassman e Ugo Tognazzi
Maravilhosa diversão. Estamos na Italia de 1920. Gassman ( excelente como sempre ), é um desempregado metido a malandro. Um colega, que agora se tornou fascista, o convence a se juntar ao partido. No inicio suas ações são patéticas, mas com o tempo eles terminam por matar. Tognazzi ( outro ator fantástico ), é um camponês que se une ao grupo, mas ao contrário de Gassman, ele tem dúvidas. Todos tentam chegar em Roma, onde haverá um grande comicio dos fascistas. O filme é uma estupenda comédia. Faz aquele misto que o cinema italiano tão bem sabia fazer, une coisas muito sérias com o riso, une emoção com educação. O filme não tem um só momento ruim. Nota 9.
A RODA DA FORTUNA de Vincente Minelli com Fred Astaire, Jack Buchanan e Cyd Charisse.
Um dos meus filmes favoritos. De todos os gêneros de cinema, em termos de prazer puro, nada se compara ao musical. União de design, ação, humor, teatro, dança e melodia, o musical quando acerta é completo. Este é um deles. Astaire dança pouco, mas as músicas são todas coisas de gênio. Clássicas. A meia-hora final, toda em musica e dança é delirantemente deliciosa. É um dos que eu levaria para uma ilha deserta. Nota DEZ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O CAMINHO DO GUERREIRO de Sngmoo Lee com Geofrey Rush, Kate Bosworth e Danny Huston
O céu é uma coisa amarela. Os cenários são todos como desenhos de graphic novel. Cada faca ou tiro desferido é fake e o sangue abunda em vermelho rubi. A luz que ilumina as cenas parece doentia, é de um azul cobalto viciado e putrido. A história, algo a ver com vingança em vila de western, chega a ser irrisória. Como é possível um adulto escrever algo tão ruim? Uma certeza: OS PIORES FILMES DA HISTÓRIA DO CINEMA ESTÃO SENDO FEITOS AGORA. Impossível negar, é o fundo do poço. Filmes ruins sempre foram feitos. Mas nunca tantos em tão grande ruindade. E o pior, tão caros. Nota(.........)
TO PLEASE A LADY de Clarence Brown com Clark Gable e Barbara Stanwyck
É sobre um muito macho piloto de fórmula Indy. Interesse principal: corridas de Indy em 1950 muito bem filmadas. Os caras corriam sem capacete, sem barra Sto. Antonio e sem cinto de segurança!!!! E vestidos de camisa pólo!!!! As pistas não têm guard-rail e o piso é de areia dura. Haja cojones!!!!!! Gable faz, com seu jeito de machão protetor e decidido, um piloto arrogante. Barbara é a jornalista snob que cai de amores por ele. A gente vê o filme e torce por mais cenas de corrida. Elas logo vêm, são muitas. Boa diversão. Nota 6.
TRÊS DIAS DE GLÓRIA de Raoul Walsh com Errol Flynn e Paul Lukas
Errol Flynn em seu primeiro filme após problemas com a lei ( uma acusação de estupro de uma menor ). Faz um condenado a guilhotina que troca sua execução pela vida de cem franceses. Como? Se entregando aos nazis como sabotador francês procurado. O filme é totalmente inverossímel. Mas Errol e Walsh eram profissionais maravilhosos. Gostamos de olhar e ouvir Errol Flynn, e Raoul Walsh tinha o dom do corte na hora exata. Nota 6.
A segunda guerra acabou de terminar. Estamos na Birmânia e um soldado japonês, que toca harpa, tenta convencer grupo de soldados kamikazes a se entregar. Depois o acompanhamos em suas caminhadas pelo país. Sua jornada é ao mesmo tempo uma reportagem sobre os horrores da guerra e um mergulho em sua alma. Belíssimo filme de um dos grandes do Japão. O fato de filmes como este serem lançados em dvd dignifica e justifica a invenção do formato. Se o inicio desta obra parece banal, conforme ela se desenvolve seu crescimento se agiganta. Imperdível. Nota 9.
A DEFESA DO CASTELO de Sidney Pollack com Burt Lancaster, Peter Falk e Patrick O'Neal.
Pollack em seu momento mais "artístico". O filme é maneirista. Cheio de zoons, cortes abruptos, som que invade a cena seguinte, pistas e rastros de simbolismos vários. Fala de um pelotão de soldados americanos que toma posse de um castelo belga para deter avanço nazista. Até aí tudo normal, mas o que vemos é um bando de yankees que desejam destruir o castelo. Lancaster faz o capitão do grupo. Uma de suas falas é exemplar "-A Europa não está sendo destruída, ela já morreu." Há em sua voz e em seu olhar um imenso desprezo pela arte que abunda naqueles salões, pelos nobres que lá moram. Seu desejo é vencer os nazis, mas também ver o castelo em ruínas. Falk faz um italo-americano, tudo o que ele quer é fazer pão na padaria da vila belga. O'Neal é um amante das artes patético. O filme está longe da perfeição, mas faz pensar e é original. De ruim a trilha sonora de Michel Legrand. Para onde foi esse Pollack tão ousado? Nota 6.
A MARCHA SOBRE ROMA de Dino Risi com Vittorio Gassman e Ugo Tognazzi
Maravilhosa diversão. Estamos na Italia de 1920. Gassman ( excelente como sempre ), é um desempregado metido a malandro. Um colega, que agora se tornou fascista, o convence a se juntar ao partido. No inicio suas ações são patéticas, mas com o tempo eles terminam por matar. Tognazzi ( outro ator fantástico ), é um camponês que se une ao grupo, mas ao contrário de Gassman, ele tem dúvidas. Todos tentam chegar em Roma, onde haverá um grande comicio dos fascistas. O filme é uma estupenda comédia. Faz aquele misto que o cinema italiano tão bem sabia fazer, une coisas muito sérias com o riso, une emoção com educação. O filme não tem um só momento ruim. Nota 9.
A RODA DA FORTUNA de Vincente Minelli com Fred Astaire, Jack Buchanan e Cyd Charisse.
Um dos meus filmes favoritos. De todos os gêneros de cinema, em termos de prazer puro, nada se compara ao musical. União de design, ação, humor, teatro, dança e melodia, o musical quando acerta é completo. Este é um deles. Astaire dança pouco, mas as músicas são todas coisas de gênio. Clássicas. A meia-hora final, toda em musica e dança é delirantemente deliciosa. É um dos que eu levaria para uma ilha deserta. Nota DEZ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O CAMINHO DO GUERREIRO de Sngmoo Lee com Geofrey Rush, Kate Bosworth e Danny Huston
O céu é uma coisa amarela. Os cenários são todos como desenhos de graphic novel. Cada faca ou tiro desferido é fake e o sangue abunda em vermelho rubi. A luz que ilumina as cenas parece doentia, é de um azul cobalto viciado e putrido. A história, algo a ver com vingança em vila de western, chega a ser irrisória. Como é possível um adulto escrever algo tão ruim? Uma certeza: OS PIORES FILMES DA HISTÓRIA DO CINEMA ESTÃO SENDO FEITOS AGORA. Impossível negar, é o fundo do poço. Filmes ruins sempre foram feitos. Mas nunca tantos em tão grande ruindade. E o pior, tão caros. Nota(.........)
TO PLEASE A LADY de Clarence Brown com Clark Gable e Barbara Stanwyck
É sobre um muito macho piloto de fórmula Indy. Interesse principal: corridas de Indy em 1950 muito bem filmadas. Os caras corriam sem capacete, sem barra Sto. Antonio e sem cinto de segurança!!!! E vestidos de camisa pólo!!!! As pistas não têm guard-rail e o piso é de areia dura. Haja cojones!!!!!! Gable faz, com seu jeito de machão protetor e decidido, um piloto arrogante. Barbara é a jornalista snob que cai de amores por ele. A gente vê o filme e torce por mais cenas de corrida. Elas logo vêm, são muitas. Boa diversão. Nota 6.
TRÊS DIAS DE GLÓRIA de Raoul Walsh com Errol Flynn e Paul Lukas
Errol Flynn em seu primeiro filme após problemas com a lei ( uma acusação de estupro de uma menor ). Faz um condenado a guilhotina que troca sua execução pela vida de cem franceses. Como? Se entregando aos nazis como sabotador francês procurado. O filme é totalmente inverossímel. Mas Errol e Walsh eram profissionais maravilhosos. Gostamos de olhar e ouvir Errol Flynn, e Raoul Walsh tinha o dom do corte na hora exata. Nota 6.