ERVAS DANINHAS de Alain Resnais com André Dussolier e Sabine Azema
Surpreende a jovialidade de Resnais. Da turma dos pra lá de 80 é ele o que mais ousa. Plasticamente este é bastante nouvelle-vague. Mas está longe do ótimo Medos Privados ou do excelente Amores Parisienses. De qualquer modo, eis um cineasta! Nota 6.
MÚSICA E LÁGRIMAS de Anthony Mann com James Stewart e June Allyson
Na história do cinema americano, dois diretores foram terrivelmente subestimados: Dassin e este Anthony Mann. O homem fez policiais, montes de westerns, épicos e esta bio de Glenn Miller. Uma bio exemplar. Cheia de liberdades com a história, mas jamais traindo o espírito da arte do biografado. De modo leve e colorido, acompanhamos o incio de Miller, seu casamento feliz e o hiper-sucesso. Há uma cena com Louis Armstrong e Gene Krupa em boteco de jazz que é sensacional. Stewart em mais uma aula de simpatia e atuação relax. Nunca perde o tom. Nota 8.
LOLA de Jacques Demy com Anouk Aimée
É bela a França de 1960 com seus carros pequenos, os ternos e vestidos com chapéu e suas meninas bailarinas. Mas há algo de muito flácido neste exercicio de otimismo de diretor "delicado". Na história de prostituta que espera o retorno de seu grande amor, Demy homenageia Ophuls sem jamais chegar perto da leveza do mestre austríaco. Destaque aqui para bela trilha sonora de Michel Legrand e a fotografia brilhante e livre de Raoul Coutard. O filme embaralha finais felizes, mas falta sinceridade e força. Nota 5.
REDE DE INTRIGAS de Sidney Lumet com Peter Finch, William Holden, Faye Dunaway
Forte. Um roteiro irado de Paddy Chayefski joga na tv todo o fel possível. A mensagem é simples: violencia vende. O filme ganhou Oscars para Finch ( póstumo ) que está soberbo como o âncora que enlouquece, e para Faye, hilária como a ambiciosa diretora de programação. É uma excelente diversão e um filme soberbo. 120 minutos de pura raiva e de nenhum mal humor. Nota 9.
AS OITO VÍTIMAS de Robert Hamer com Alec Guiness, Dennis Price e Joan Greenwood
O British Film Institute elegeu esta comédia negra um dos dez maiores filmes ingleses da história. Não é pra tanto. Tem atuação inspirada de Guiness ( fazendo oito papéis diferentes. Foi ele quem inventou essa coisa que Eddie Murphy adora fazer ) e tem bons diálogos. Mas o assistindo reparamos no porque do pessoal do Cahiers ( Truffaut, Chabrol, Godard ) desbancar tanto o cinema inglês da época. Não há o menor sinal de criatividade na direção, não há um take arrojado, uma tentativa nova, nada. Hamer posta a câmera e deixa os atores recitarem suas falas. Felizmente eles são excelentes. Mas falta vida a este filme "chá das cinco". Nota 6.
MEU CACHORRO SKIP de Jay Russel com Freddie Muniz, Kevin Bacon, Diane Lane e Luke Wilson
Diane é linda que dói. Cada close em seu rosto é uma declaração de amor. E temos aqui um filme "de cachorro" muito acima da média desse tipo de filme. Nada de cães que falam. O filme é lacrimoso e engraçado e quem adora cães deve assistir. Como cinema é novela bem fotografada. O cachorro é rei de simpatia. Nota 6 para o filme e 10 para o cão.
A MORTA VIVA de Jacques Tourneur
No inicio dos anos 40 Val Lewton, produtor da RKO, lançou uma série de filmes baratos de horror. Na verdade não são de horror. São peças de estilo, filmes de clima, soturnos. Este fala de Voodoo em ilha tropical. Tem até macumba. Tourneur sabia dirigir de tudo. Este é divertido exemplo de cinema hiper-popular que guardava momentos de invenção. Nota 6.
Surpreende a jovialidade de Resnais. Da turma dos pra lá de 80 é ele o que mais ousa. Plasticamente este é bastante nouvelle-vague. Mas está longe do ótimo Medos Privados ou do excelente Amores Parisienses. De qualquer modo, eis um cineasta! Nota 6.
MÚSICA E LÁGRIMAS de Anthony Mann com James Stewart e June Allyson
Na história do cinema americano, dois diretores foram terrivelmente subestimados: Dassin e este Anthony Mann. O homem fez policiais, montes de westerns, épicos e esta bio de Glenn Miller. Uma bio exemplar. Cheia de liberdades com a história, mas jamais traindo o espírito da arte do biografado. De modo leve e colorido, acompanhamos o incio de Miller, seu casamento feliz e o hiper-sucesso. Há uma cena com Louis Armstrong e Gene Krupa em boteco de jazz que é sensacional. Stewart em mais uma aula de simpatia e atuação relax. Nunca perde o tom. Nota 8.
LOLA de Jacques Demy com Anouk Aimée
É bela a França de 1960 com seus carros pequenos, os ternos e vestidos com chapéu e suas meninas bailarinas. Mas há algo de muito flácido neste exercicio de otimismo de diretor "delicado". Na história de prostituta que espera o retorno de seu grande amor, Demy homenageia Ophuls sem jamais chegar perto da leveza do mestre austríaco. Destaque aqui para bela trilha sonora de Michel Legrand e a fotografia brilhante e livre de Raoul Coutard. O filme embaralha finais felizes, mas falta sinceridade e força. Nota 5.
REDE DE INTRIGAS de Sidney Lumet com Peter Finch, William Holden, Faye Dunaway
Forte. Um roteiro irado de Paddy Chayefski joga na tv todo o fel possível. A mensagem é simples: violencia vende. O filme ganhou Oscars para Finch ( póstumo ) que está soberbo como o âncora que enlouquece, e para Faye, hilária como a ambiciosa diretora de programação. É uma excelente diversão e um filme soberbo. 120 minutos de pura raiva e de nenhum mal humor. Nota 9.
AS OITO VÍTIMAS de Robert Hamer com Alec Guiness, Dennis Price e Joan Greenwood
O British Film Institute elegeu esta comédia negra um dos dez maiores filmes ingleses da história. Não é pra tanto. Tem atuação inspirada de Guiness ( fazendo oito papéis diferentes. Foi ele quem inventou essa coisa que Eddie Murphy adora fazer ) e tem bons diálogos. Mas o assistindo reparamos no porque do pessoal do Cahiers ( Truffaut, Chabrol, Godard ) desbancar tanto o cinema inglês da época. Não há o menor sinal de criatividade na direção, não há um take arrojado, uma tentativa nova, nada. Hamer posta a câmera e deixa os atores recitarem suas falas. Felizmente eles são excelentes. Mas falta vida a este filme "chá das cinco". Nota 6.
MEU CACHORRO SKIP de Jay Russel com Freddie Muniz, Kevin Bacon, Diane Lane e Luke Wilson
Diane é linda que dói. Cada close em seu rosto é uma declaração de amor. E temos aqui um filme "de cachorro" muito acima da média desse tipo de filme. Nada de cães que falam. O filme é lacrimoso e engraçado e quem adora cães deve assistir. Como cinema é novela bem fotografada. O cachorro é rei de simpatia. Nota 6 para o filme e 10 para o cão.
A MORTA VIVA de Jacques Tourneur
No inicio dos anos 40 Val Lewton, produtor da RKO, lançou uma série de filmes baratos de horror. Na verdade não são de horror. São peças de estilo, filmes de clima, soturnos. Este fala de Voodoo em ilha tropical. Tem até macumba. Tourneur sabia dirigir de tudo. Este é divertido exemplo de cinema hiper-popular que guardava momentos de invenção. Nota 6.