Biografia romanceada é uma coisa muito perigosa. Ela pode não ter a invenção da ficção e perder a precisão da biografia. Isso é exatamente o que acontece aqui. Arthur Japin, o mais famoso autor da Holanda, escreve sobre Santos-Dumont e nada nos transmite sobre quem foi o mais famoso brasileiro do começo do século XX. Ele pega trechos de sua bio e inventa personagens e situações sobre o que poderia ter sido sua vida. Isso não funciona. Como ficção parece pretensioso e falsamente poético; como biografia é uma mentira fantasiosa. Dumont era aquele? Claro que não!
O livro começa em Ribeirão Preto, o pai do inventor foi o maior cafeicultor do mundo. Depois vai à Paris, onde Dumont é o dandy-rei do mundo chique da França. Um homossexual mal assumido, tímido, vaidoso e mecânico de gênio. No meio de tudo isso, uma trama boba sobre a ditadura de Getúlio. Dumont teria se matado no Guarujá por causa dos aviões que bombardearam SP por ordem do ditador.
A gente nota que o livro foi escrito já como se fosse filme. Ele grita por isso.
Adoro descobrir livros novos por intuição. Às vezes acerto, às vezes não. Dessa vez errei. O livro é uma mistura chata de frases poéticas vazias e cenas com beleza fake.
O livro começa em Ribeirão Preto, o pai do inventor foi o maior cafeicultor do mundo. Depois vai à Paris, onde Dumont é o dandy-rei do mundo chique da França. Um homossexual mal assumido, tímido, vaidoso e mecânico de gênio. No meio de tudo isso, uma trama boba sobre a ditadura de Getúlio. Dumont teria se matado no Guarujá por causa dos aviões que bombardearam SP por ordem do ditador.
A gente nota que o livro foi escrito já como se fosse filme. Ele grita por isso.
Adoro descobrir livros novos por intuição. Às vezes acerto, às vezes não. Dessa vez errei. O livro é uma mistura chata de frases poéticas vazias e cenas com beleza fake.