WATERLOO de Sergei Bondarchuk com Rod Steiger, Christopher Plummer eJack Hawkins.
Todas as falas de Napoleão são de rir. Toscas. Mas a batalha em si é soberba. O filme usou o exército vermelho como figuração nessa produção e o que vemos são milhares de soldados, gente de verdade, naquilo que teria sido a batalha que acabou com o doido general francês. Felizmente essa batalha dura mais que a metade do filme, o que quase o salva. A guerra, como vista em 1814, é uma festa de cores, movimento e gestos em grupo. Mas, claro, ao final o que vemos é sangue, dor e uma fealdade total. O filme é bastante tolo, o Napoleão de Steiger fala como um ator ruim ( Steiger foi um grande ator ).
A CANÇÃO DO POR DO SOL de Terence Davies
Este é o novo filme desse importante diretor da Inglaterra que não é muito conhecido fora da ilha. Mas, que pena, é uma obra banal. Narra a vida de uma família rural no começo do século XX.
PAIS E FILHAS de Gabrielle Muccino com Russell Crowe, Amanda Seyfried, Diana Kruger.
Incrivelmente ruim. Chega a parecer brincadeira! Tem o nível das piores novelas mexicanas. Crowe, mais choroso que nunca, é um pai com problemas que tenta manter a guarda de sua filha. Já adolescente, ela cria problemas... Os atores se perdem em cenas inconvincentes, mal escritas, bobas...Um desastre.
OS SEGREDOS DE CHURCHILL de Charles Sturridge com Michael Gambon e Romola Garai.
Mais um filme novo sobre gente doente...Sim, vemos Churchill sofrendo de Parkinson. E sua relação com a enfermeira que cuida dele. E é só isso.
DEMOLIÇÃO de Jean-Marc Vallée com Jake Gyllenhaal e Naomi Watts.
Num acidente de carro um cara bem sucedido perde sua esposa. Ele nada sente, fica apático e passa então a demolir sua vida. Tem atitudes estranhas no trabalho e faz demolição de casas como hobby. Então conhece uma mulher e percebe que jamais amara sua esposa. Mais um filme de Vallée, esse canadense que começou a ser notado com o maravilhoso filme de 2005 Crazy.Este é um bom filme, longe de ser emocionante, mas ok.
FILMES DE ANDREI TARKOVSKI
Assisti 4 filmes desse original diretor russo. Falecido ainda jovem, em 1986, O ROLO COMPRESSOR E O VIOLINISTA é seu primeiro filme, feito ainda na faculdade de cinema, em 1960. O filme, simples, puro, encantador, fala do relacionamento de um menino de 7 anos e um operário que trabalha no rolo compressor. Lembra os belos filmes de Ozu. A INFÂNCIA DE IVAN, de 1961, seria seu primeiro filme pra valer. Acompanha a vida de um órfão, que cheio de ódio, se torna espião na segunda guerra. Não pense num filme convencional. Tarkovski filma apenas a base onde os soldados estão, um mundo de lama, ruínas, escuridão, árvores, e cenas inesquecíveis. As cenas junto ao poço, o encontro com o velho, a cena final, são momentos que afirmam a beleza desse cinema único. Escrevi sobre STALKER abaixo. Voce carrega o filme dentro de voce depois que ele termina. É para ser revisto. Muito. O ESPELHO, feito em 1974, é talvez o mais difícil. Se Solaris foi o 2001 de Tarkovski, O Espelho é seu Amarcord. Mas é um Amarcord quase incompreensível. Tarkovski recorda cenas de sua infância, mas faz com que elas pareçam um sonho, pesadelo, terror e beleza. Jamais vi cenas tão lindas de ventanias, mudanças de clima, cabanas...De certo modo não é um filme, é um poema em colagem...rasgado.
Todas as falas de Napoleão são de rir. Toscas. Mas a batalha em si é soberba. O filme usou o exército vermelho como figuração nessa produção e o que vemos são milhares de soldados, gente de verdade, naquilo que teria sido a batalha que acabou com o doido general francês. Felizmente essa batalha dura mais que a metade do filme, o que quase o salva. A guerra, como vista em 1814, é uma festa de cores, movimento e gestos em grupo. Mas, claro, ao final o que vemos é sangue, dor e uma fealdade total. O filme é bastante tolo, o Napoleão de Steiger fala como um ator ruim ( Steiger foi um grande ator ).
A CANÇÃO DO POR DO SOL de Terence Davies
Este é o novo filme desse importante diretor da Inglaterra que não é muito conhecido fora da ilha. Mas, que pena, é uma obra banal. Narra a vida de uma família rural no começo do século XX.
PAIS E FILHAS de Gabrielle Muccino com Russell Crowe, Amanda Seyfried, Diana Kruger.
Incrivelmente ruim. Chega a parecer brincadeira! Tem o nível das piores novelas mexicanas. Crowe, mais choroso que nunca, é um pai com problemas que tenta manter a guarda de sua filha. Já adolescente, ela cria problemas... Os atores se perdem em cenas inconvincentes, mal escritas, bobas...Um desastre.
OS SEGREDOS DE CHURCHILL de Charles Sturridge com Michael Gambon e Romola Garai.
Mais um filme novo sobre gente doente...Sim, vemos Churchill sofrendo de Parkinson. E sua relação com a enfermeira que cuida dele. E é só isso.
DEMOLIÇÃO de Jean-Marc Vallée com Jake Gyllenhaal e Naomi Watts.
Num acidente de carro um cara bem sucedido perde sua esposa. Ele nada sente, fica apático e passa então a demolir sua vida. Tem atitudes estranhas no trabalho e faz demolição de casas como hobby. Então conhece uma mulher e percebe que jamais amara sua esposa. Mais um filme de Vallée, esse canadense que começou a ser notado com o maravilhoso filme de 2005 Crazy.Este é um bom filme, longe de ser emocionante, mas ok.
FILMES DE ANDREI TARKOVSKI
Assisti 4 filmes desse original diretor russo. Falecido ainda jovem, em 1986, O ROLO COMPRESSOR E O VIOLINISTA é seu primeiro filme, feito ainda na faculdade de cinema, em 1960. O filme, simples, puro, encantador, fala do relacionamento de um menino de 7 anos e um operário que trabalha no rolo compressor. Lembra os belos filmes de Ozu. A INFÂNCIA DE IVAN, de 1961, seria seu primeiro filme pra valer. Acompanha a vida de um órfão, que cheio de ódio, se torna espião na segunda guerra. Não pense num filme convencional. Tarkovski filma apenas a base onde os soldados estão, um mundo de lama, ruínas, escuridão, árvores, e cenas inesquecíveis. As cenas junto ao poço, o encontro com o velho, a cena final, são momentos que afirmam a beleza desse cinema único. Escrevi sobre STALKER abaixo. Voce carrega o filme dentro de voce depois que ele termina. É para ser revisto. Muito. O ESPELHO, feito em 1974, é talvez o mais difícil. Se Solaris foi o 2001 de Tarkovski, O Espelho é seu Amarcord. Mas é um Amarcord quase incompreensível. Tarkovski recorda cenas de sua infância, mas faz com que elas pareçam um sonho, pesadelo, terror e beleza. Jamais vi cenas tão lindas de ventanias, mudanças de clima, cabanas...De certo modo não é um filme, é um poema em colagem...rasgado.