Ufa!!!! É apenas uma novela, uma narrativa curta, com poucos personagens, mas puxa! Como escreve bem esse francês!!! O enredo poderia ser de Oscar Wilde. Um super dandy parisiense, belo, cruel, rico, irresistível e jovem, vê uma moça lindíssima num boulevar em Paris. Ela acaba por se aproximar, e dentro de um palácio gótico, eles fazem amor. Mas há um segredo...e esse segredo leva à morte. O dandy é puro Wilde. Amoral e egocêntrico. Cínico. Ele vive para o prazer. Balzac descreve a Paris pobre no começo da novela, a cidade dos excluídos. Depois fala da cidade dos pequenos burocratas, dos comerciantes e vai subindo nessa escala financeira até chegar no grande capital, no dandy. A narração se concentra então nesse mundo hedonista. O clima se torna gótico, quase de pesadelo e logo estamos absortos. Balzac consegue em poucas páginas nos lembrar Zola, Dickens e o citado Wilde. É acima de tudo Balzac, recheando o texto de toques sutis, de afirmações ácidas, de descrições exatas.
Ele disputa com Dickens a primazia de ser o primeiro grande autor profissional do ocidente. Seja ele ou não, ele é um dos quatro grandes modelos do escritor potente, dono de talento multiforme, ilimitado, vasto, criador de tipos, de enredos e de moral.
Impossível não ler Balzac.
PS: Os outros três fundadores são Dickens, Stendhal e Jane Austen. Eles criam e esgotam um modelo imortal.
Ele disputa com Dickens a primazia de ser o primeiro grande autor profissional do ocidente. Seja ele ou não, ele é um dos quatro grandes modelos do escritor potente, dono de talento multiforme, ilimitado, vasto, criador de tipos, de enredos e de moral.
Impossível não ler Balzac.
PS: Os outros três fundadores são Dickens, Stendhal e Jane Austen. Eles criam e esgotam um modelo imortal.