DUKE ELLINGTON-COUNT BASIE - FIRST TIME!...SE VOCE NÃO GOSTA DE BIG BANDS TENTE ESTE ALBUM

Demorou muito para eu aceitar o som das big bands do jazz. Elas me pareciam som de gente muito velha. Então, por volta de 1980, eu ouvia Miles e Mingus, mas não escutava Duke e Basie. O tempo passoum hoje é 2025, e o que parecia muito velho parece hoje cool. É assim que acontece, a coisa envelhece e depois de ser apenas "velha", é esquecida ou vira chique. Hoje o som muito velho, em jazz, parece ser algo como Spyro Gyra e Grover Washington, e penso que eles serão esquecidos. -------------- Se voce não gosta de Bandas esta é sua chance, um bom modo de começar. Em 1962 uniram as duas maiores bandas do jazz em um único disco. A primeira coisa que se nota é o som. Em 1962 o som dos discos de rock era muito ruim e percebemos que os albuns de jazz, como este, possuem uma qualidade sonora sensacional. O rock só em 1968-1969 passaria a ter status para ocupar o mesmo nível de produção. ----------------- Todas as 8 faixas aqui são exemplos do que é a sonoridade de uma banda: é quente, complexa, esfuziante. Mas comece pela faixa 5: Wild Man. É uma obra prima de Ellington. O andamento muda a todo momento, os timbres variam, o volume aumenta e depois se faz quase silêncio, é a exibição de um gênio. Basie esponde em seguida com Segue in C, outra obra prima, esta exibindo a especialidade de Basie, o ritmo, o beat. BDB de Ellington tem ataques de saxes que beiram o monstruoso. A bateria brilha. Por fim a marca registrada de Basie, Jumpin at The Woodside, groove sem fim. Depois disso, ouça as faixas de 1 a 4 e seja feliz. ------------------ Se isto não te fizer amar o som das bandas, bem , desista. Ou vá cuidar de seus ouvidos, talvez voce seja surdo.