As boas e más linguas diziam que Mick Jagger vetara a exibição deste show de TV por perceber que o Who, só pra variar, roubara o palco. Quem mandou chamar os maiores ladrões de show da história do rock?
Mas não é verdade. Acho que o que o fez vetar é que como espetáculo de TV ele é bem fraco. Senão veja. O Jethro Tull até que manda bem ( e com Tony Iommi na guitarra!!! ), mas quando vem o Taj Mahal a coisa começa a ficar very boring. John Lennon tá por lá, assim como Eric Clapton, e eles cantam, razoavelmente, Yer Blues, mas depois uma coisa, talvez uma cabra, começa a gemer e compromete a música seguinte. É instrutivo. Vendo Yoko Ono nesse show a gente percebe o que Lennon viu nela. O rapaz de Liverpool que queria ser aceito como High Art pelos High Brow se deslumbrou com as High Ideias da artista Yoko. Só não percebeu que ela era uma artista de terceira. Ela era do mundo de Beuys e de Christos, tinha desprezo pelo rock e pelos Beatles. O que ela faz/fez? Avacalhou. Lennon, um perturbado rapaz caipira da caipiríssima Liverpool entrou de gaiato. Well...Os Beatles iam acabar de qualquer jeito, mas a vida de Lennon seria diferente sem ela. Melhor talvez. Os discos solo seriam mais soltos, com certeza.
The Who faz o seu normal. O seu normal é sempre anormal. Keith Moon maníaco e sendo Moon, o mais original dos bateristas ( e o mais show-man ), Pete estupra a guitarra e Roger canta como sempre, muito bem. Ponto educativo: Percebemos mais uma vez que o Who NADA tem a ver com a cultura hippie radical de 68. A viagem deles era bem outra.
Marianne Faithfull, provavelmente a pessoa mais drunk da noite canta a mais pop das canções. Drogas nunca foram sinonimo de música ousada. Zappa e James Taylor provam isso.
E vem os Stones. Bem, Mick tenta por fogo na banda o tempo todo, mas não rola. A coisa não decola. Brian Jones está em estado de catatonia. Keith parece preocupado. Bill está tipo Bill, ou seja, não está. E Charlie gostaria de estar na cama com a esposa. Dormindo. Que amanhã é dia de trabalho.
É claro que NO EXPECTATIONS vale o dvd! A canção é tão genial, tão blue, fala tão dentro de quem já se fodeu, que é impossível ser estragada. Pois é....Dá pra ver John Lennon dançando em Sympathy for the Devil, e ver Lennon dançando...tirem as crianças da sala!
No fim, uma patética versão de Salt of the Earth. Pete e Keith Moon roubam o show de novo, estão na platéia e começam a zoar. Legal, algum bom humor nesta noite baixo astral.
Os anos 60 foi quando os loucos tomaram conta da zona. Alguns desses loucos enganam até hoje ( Timothy Leary, Che Guevara, filósofos pop star franceses ), os Stones sempre ficaram fora dessa. Aqui a gente vê o pior lado da década, ou seja, coisas sendo feitas na doideira, na curtição, bem louco, deixa fluir, numa nice. Claro que o perfeccionista Jagger ia vetar.
O rock era um circo, hoje é um bordel, e Jagger sabe/soube sempre isso.
Mas não é verdade. Acho que o que o fez vetar é que como espetáculo de TV ele é bem fraco. Senão veja. O Jethro Tull até que manda bem ( e com Tony Iommi na guitarra!!! ), mas quando vem o Taj Mahal a coisa começa a ficar very boring. John Lennon tá por lá, assim como Eric Clapton, e eles cantam, razoavelmente, Yer Blues, mas depois uma coisa, talvez uma cabra, começa a gemer e compromete a música seguinte. É instrutivo. Vendo Yoko Ono nesse show a gente percebe o que Lennon viu nela. O rapaz de Liverpool que queria ser aceito como High Art pelos High Brow se deslumbrou com as High Ideias da artista Yoko. Só não percebeu que ela era uma artista de terceira. Ela era do mundo de Beuys e de Christos, tinha desprezo pelo rock e pelos Beatles. O que ela faz/fez? Avacalhou. Lennon, um perturbado rapaz caipira da caipiríssima Liverpool entrou de gaiato. Well...Os Beatles iam acabar de qualquer jeito, mas a vida de Lennon seria diferente sem ela. Melhor talvez. Os discos solo seriam mais soltos, com certeza.
The Who faz o seu normal. O seu normal é sempre anormal. Keith Moon maníaco e sendo Moon, o mais original dos bateristas ( e o mais show-man ), Pete estupra a guitarra e Roger canta como sempre, muito bem. Ponto educativo: Percebemos mais uma vez que o Who NADA tem a ver com a cultura hippie radical de 68. A viagem deles era bem outra.
Marianne Faithfull, provavelmente a pessoa mais drunk da noite canta a mais pop das canções. Drogas nunca foram sinonimo de música ousada. Zappa e James Taylor provam isso.
E vem os Stones. Bem, Mick tenta por fogo na banda o tempo todo, mas não rola. A coisa não decola. Brian Jones está em estado de catatonia. Keith parece preocupado. Bill está tipo Bill, ou seja, não está. E Charlie gostaria de estar na cama com a esposa. Dormindo. Que amanhã é dia de trabalho.
É claro que NO EXPECTATIONS vale o dvd! A canção é tão genial, tão blue, fala tão dentro de quem já se fodeu, que é impossível ser estragada. Pois é....Dá pra ver John Lennon dançando em Sympathy for the Devil, e ver Lennon dançando...tirem as crianças da sala!
No fim, uma patética versão de Salt of the Earth. Pete e Keith Moon roubam o show de novo, estão na platéia e começam a zoar. Legal, algum bom humor nesta noite baixo astral.
Os anos 60 foi quando os loucos tomaram conta da zona. Alguns desses loucos enganam até hoje ( Timothy Leary, Che Guevara, filósofos pop star franceses ), os Stones sempre ficaram fora dessa. Aqui a gente vê o pior lado da década, ou seja, coisas sendo feitas na doideira, na curtição, bem louco, deixa fluir, numa nice. Claro que o perfeccionista Jagger ia vetar.
O rock era um circo, hoje é um bordel, e Jagger sabe/soube sempre isso.