Ah Portugal Portugal...aqui estão seus fidalgos que jamais pensam em trabalhar. Que não aplicam seu dinheiro em produção. Que vivem de renda, de alugueis e cuja única forma de enriquecimento maior é o casamento. Em pleno século XIX a burguesia lusa ainda vive como na idade média! Nada de indústria, nada de ambição capitalista. Aquele mundinho pequeno, tosco, bobo, de casamentos arranjados, de padres fechados e si, de preguiça abjeta, de tolas emoções. Mundo de uma imensa maioria feita servil, sem vontades, de cabeça baixa, e uma fidalguia esnobe, burríssima, com ares de realeza, com suas intrigas de honra, seus preconceitos de classe, e a preguiça, a preguiça burra que traz o azar. O azar português...
O romance, enorme sucesso, fala do amor que não se pode realizar. Famílias de posses, inimigas. Tudo termina em morte. Mas nas entrelinhas vemos esse universo, esse mundo mesquinho, vazio, pobre, sem objetivo nenhum. Alma lusa que nada em círculos, cismada, tonta, rancorosa.
Triste.
O romance, enorme sucesso, fala do amor que não se pode realizar. Famílias de posses, inimigas. Tudo termina em morte. Mas nas entrelinhas vemos esse universo, esse mundo mesquinho, vazio, pobre, sem objetivo nenhum. Alma lusa que nada em círculos, cismada, tonta, rancorosa.
Triste.