A história é de uma simplicidade mítica: um matador está cansado de ser aquilo que ele é. A questão: alguém pode deixar de ser a pessoa que os outros querem ver...
Sob uma melodia soberba e elétrica de Alfred Newman, Gregory Peck cavalga. Ele vai à um saloon e lá, logo reconhecido, tem de se colocar à prova. Essa sua sina. Por ser um pistoleiro famoso deverá, sempre, ser desafiado. Todo jovem maluco quer o seu lugar. A fama de ter morto o grande matador.
A fotografia de Arthur Miller é absoluta. Ela abarca todo o set e todos os tons de cinza. As cenas são profundas, vastas apesar de claustrofóbicas.
E há o rosto de Peck. Ele nunca foi um grande ator, mas ele era mais que isso, era uma estrela. Ilumina o filme. Dá luz sendo obscuro. O rosto está cansado. O Pistoleiro não quer mais ser quem é. Há um desejo imenso de descanso nele. E dolorosamente ele quase consegue chegar lá.
O que faz de um filme uma obra-prima: prazer, vontade de falar dele, interpretações múltiplas, desejo de rever, muitas cenas que se guardam na lembrança. Este filme tem tudo isso. Ele fala da fama, do destino, do julgamento da comunidade, da impossibilidade de se apagar o que se fez.
Henry King teve uma longa carreira. Começou ainda no cinema mudo e nele ficou famoso. Passou ao falado e acabou por se especializar em grandes filmes da Fox. Ele fazia de tudo: musicais, westerns, épicos, dramas, e muitas adaptações literárias. Com mais de 90 filmes nas costas, óbvio que nem todos são de alto nível. Mas ele conseguiu jamais fazer um filme ruim. Muitos são bons, alguns são ótimos e cinco ou seis são geniais. Quando a produção era cara, complicada, arriscada, se chamava Henry King. E tudo acontecia.
Aqui aconteceu. Um filme perfeito.
Sob uma melodia soberba e elétrica de Alfred Newman, Gregory Peck cavalga. Ele vai à um saloon e lá, logo reconhecido, tem de se colocar à prova. Essa sua sina. Por ser um pistoleiro famoso deverá, sempre, ser desafiado. Todo jovem maluco quer o seu lugar. A fama de ter morto o grande matador.
A fotografia de Arthur Miller é absoluta. Ela abarca todo o set e todos os tons de cinza. As cenas são profundas, vastas apesar de claustrofóbicas.
E há o rosto de Peck. Ele nunca foi um grande ator, mas ele era mais que isso, era uma estrela. Ilumina o filme. Dá luz sendo obscuro. O rosto está cansado. O Pistoleiro não quer mais ser quem é. Há um desejo imenso de descanso nele. E dolorosamente ele quase consegue chegar lá.
O que faz de um filme uma obra-prima: prazer, vontade de falar dele, interpretações múltiplas, desejo de rever, muitas cenas que se guardam na lembrança. Este filme tem tudo isso. Ele fala da fama, do destino, do julgamento da comunidade, da impossibilidade de se apagar o que se fez.
Henry King teve uma longa carreira. Começou ainda no cinema mudo e nele ficou famoso. Passou ao falado e acabou por se especializar em grandes filmes da Fox. Ele fazia de tudo: musicais, westerns, épicos, dramas, e muitas adaptações literárias. Com mais de 90 filmes nas costas, óbvio que nem todos são de alto nível. Mas ele conseguiu jamais fazer um filme ruim. Muitos são bons, alguns são ótimos e cinco ou seis são geniais. Quando a produção era cara, complicada, arriscada, se chamava Henry King. E tudo acontecia.
Aqui aconteceu. Um filme perfeito.