Acabou de sair no Brasil, pela Nova Fronteira esta bio sobre aquele que é, talvez, o maior astro vivo do cinema. Eu falei astro, não ator, e eu sei que hoje Brad Pitt ou Will Smith atraem mais público, porém Clint é uma estrela desde 1966!!! Mas, que pena, este livro é um lixo e aconselho a que não leiam. O retrato que Eliot pinta é sem cor, sem brilho, sem nenhum interesse. Terminamos de ler e quase nada conhecemos sobre o homem, o que aprendemos é apenas aquilo que os jornais falaram nessas décadas.
Clint nunca sonhou com o cinema. Foi levado a ele "sem querer". Gostava de filmes e de jazz, principalmente William Wyler, Billy Wilder e John Ford. Era bonitão e acabou sendo "achado" por empresário de atores. Pontas em filmes classe Z, e o estouro numa série de TV. Clint é até hoje o ator vindo da Tv que mais deu certo na telona. Foi pra Itália, fez os três westerns com Leone e o resto é lenda.
Ele entra na década de 70 como a maior atração de bilheteria do cinema, posto que mantém até o meio dos anos 80. A crítica adorava odiar seus filmes, o público amava. Clint Eastwood criou três tipos que passaram a ser imitados a exaustão: o solitário sem nome e sem história, o vingador violento e aterrorizante e o caipira perdedor. Em cada um deles ele chegou ao extremo, fez o mais solitário dos homens, o mais cruel dos heróis e o mais ingênuo dos caipiras. E só a partir de 1992 é que afinal crítica, Oscar e colegas passaram a ver o quanto ele era central no cinema atual.
Vaidoso, mulherengo, egoísta. Clint é um maníaco por comida saudável, por dietas, vitaminas e ginástica. Segue um programa para viver até os 150 anos. Clint tem sete filhos com cinco mulheres diferentes. Manteve casamentos com amantes, filhos escondidos, namoradas abandonadas, e foi sempre sovina em pensões e reconhecimento. Seduzia suas atrizes e as descartava ao fim do filme. Um Don Juan sem romantismo.
Foi prefeito da cidade de Carmel nos anos 80. A antiga prefeitura proibira o sorvete de casquinha nas ruas e ele se candidatara apenas para liberar a volta do sorvete. Tomou posse, liberou o sorvete e se desinteressou pela administração. Amigo de Reagan, a América pensou que ele seria o futuro lider conservador do país. Necas. Clint é individualista, se diz nem republicano e nem democrata.
O livro gasta páginas e páginas para falar de processos de divórcio, batalhas por direitos e jogos de poder. É chatíssimo! E tudo o que fala de menos árido é o que falei acima. Sem nenhum humor e arranhando muito de leve a superfície, o que Eliot passa é a imagem de um homem desinteressante, desinteressado e sem vida interior. Óbvio que não é defeito de Clint ser assim, com certeza é problema do livro ser escrito de forma desinteressante, desinteressada e sem vida.
Clint Eastwood é famoso por fazer filmes que sempre custam menos que o esperado e que são filmados em poucos dias. Ele faz tudo com pressa, sem grandes preparações ou pretensões. E acerta. Tem instinto. Marc Eliot não tem. O livro parece escrito a duras penas, com dificuldade, sem prazer algum. Ele erra.
Clint nunca sonhou com o cinema. Foi levado a ele "sem querer". Gostava de filmes e de jazz, principalmente William Wyler, Billy Wilder e John Ford. Era bonitão e acabou sendo "achado" por empresário de atores. Pontas em filmes classe Z, e o estouro numa série de TV. Clint é até hoje o ator vindo da Tv que mais deu certo na telona. Foi pra Itália, fez os três westerns com Leone e o resto é lenda.
Ele entra na década de 70 como a maior atração de bilheteria do cinema, posto que mantém até o meio dos anos 80. A crítica adorava odiar seus filmes, o público amava. Clint Eastwood criou três tipos que passaram a ser imitados a exaustão: o solitário sem nome e sem história, o vingador violento e aterrorizante e o caipira perdedor. Em cada um deles ele chegou ao extremo, fez o mais solitário dos homens, o mais cruel dos heróis e o mais ingênuo dos caipiras. E só a partir de 1992 é que afinal crítica, Oscar e colegas passaram a ver o quanto ele era central no cinema atual.
Vaidoso, mulherengo, egoísta. Clint é um maníaco por comida saudável, por dietas, vitaminas e ginástica. Segue um programa para viver até os 150 anos. Clint tem sete filhos com cinco mulheres diferentes. Manteve casamentos com amantes, filhos escondidos, namoradas abandonadas, e foi sempre sovina em pensões e reconhecimento. Seduzia suas atrizes e as descartava ao fim do filme. Um Don Juan sem romantismo.
Foi prefeito da cidade de Carmel nos anos 80. A antiga prefeitura proibira o sorvete de casquinha nas ruas e ele se candidatara apenas para liberar a volta do sorvete. Tomou posse, liberou o sorvete e se desinteressou pela administração. Amigo de Reagan, a América pensou que ele seria o futuro lider conservador do país. Necas. Clint é individualista, se diz nem republicano e nem democrata.
O livro gasta páginas e páginas para falar de processos de divórcio, batalhas por direitos e jogos de poder. É chatíssimo! E tudo o que fala de menos árido é o que falei acima. Sem nenhum humor e arranhando muito de leve a superfície, o que Eliot passa é a imagem de um homem desinteressante, desinteressado e sem vida interior. Óbvio que não é defeito de Clint ser assim, com certeza é problema do livro ser escrito de forma desinteressante, desinteressada e sem vida.
Clint Eastwood é famoso por fazer filmes que sempre custam menos que o esperado e que são filmados em poucos dias. Ele faz tudo com pressa, sem grandes preparações ou pretensões. E acerta. Tem instinto. Marc Eliot não tem. O livro parece escrito a duras penas, com dificuldade, sem prazer algum. Ele erra.