Spielberg está finalizando um filme sobre Tintim, o herói criado pelo belga Hergé, herói que é a décadas imensamente popular em todo o mundo. Mais que isso, é Hergé o homem que inaugura um tipo de quadrinho europeu, de aspecto mais realista ( mas não real ), e de composição mais "limpa", organizada. Qualquer página de Tintim que voce abrir ao acaso lhe dará uma impressão de ordem, de quadrinhos bem divididos, de traços harmoniosos.
A primeira experiência que tive com esse herói não foi boa. Foi numa série de Tv, que era exibida pela Tv Bandeirantes, décadas atrás. Não é a mesma série canadense, boa, que depois foi exibida pela Cultura. Eram desenhos de muito blá blá blá, e além de tudo, Tintim com aquelas meias de lã e o topete esquisito me parecia um nerd dos mais enjoados. Coloquei-o de lado e só voltei a Tintim na idade adulta. Foi quando li "O Segredo do Licorne" e me peguei vibrando com o talento de Hergé. Comprei todos, livros de capa dura, ainda da editora Record.
Hergé não viaja. É Tintim quem viaja. Hergé pesquisa em casa, com fichas onde anota tudo sobre os países onde se passam as aventuras. E desenha. Desenha de forma naturalista, com detalhes, de uma forma clara, simples, correta. Hergé nunca vai te pegar pela criatividade, ele te encanta pela correção. E Tintim, um menino sem segredos, tipo de repórter, com seu cão Milou, um schnauzer branco, vai ao Tibet, a India, aos EUA, a Lua até. Sempre correndo de lá pra cá, sempre com pressa. O capitão Haddock surge após alguns números. Capitão bêbado, que tem um jeito engraçado de blasfemar ( seus sicofantas, macrocéfalo, rocambole, canibal, ectoplasma, filoxera, flibusteiro.... ), Haddock que se torna personagem mais "colorido" que Tintim, capitão pessimista, sempre nervoso, que não pensa.
Será que Spielberg vai conseguir tornar Tintim famoso também nos EUA? Em entrevistas ele diz que quando o descobriu se apaixonou na hora. Mas haverá em meio a tantos heróis barulhentos e ultra-violentos, poços de neuroses e de machismo simples, haverá lugar para um rapaz que parece tão... cálido? Espero que sim. Seria muito bom se Tintim se tornasse um grande sucesso de cinema.
Releio então alguns números de Hergé. Ainda são bons. Não me pego mais "dentro" da aventura. Infelizmente o tempo fez com que se criasse uma parede entre eu e Tintim. Mas ainda há prazer, ainda admiro a beleza dos traços, das linhas puras e limpas, do colorido suave. Na verdade é um filme que desejo muito assistir. Vamos esperar e torcer...
A primeira experiência que tive com esse herói não foi boa. Foi numa série de Tv, que era exibida pela Tv Bandeirantes, décadas atrás. Não é a mesma série canadense, boa, que depois foi exibida pela Cultura. Eram desenhos de muito blá blá blá, e além de tudo, Tintim com aquelas meias de lã e o topete esquisito me parecia um nerd dos mais enjoados. Coloquei-o de lado e só voltei a Tintim na idade adulta. Foi quando li "O Segredo do Licorne" e me peguei vibrando com o talento de Hergé. Comprei todos, livros de capa dura, ainda da editora Record.
Hergé não viaja. É Tintim quem viaja. Hergé pesquisa em casa, com fichas onde anota tudo sobre os países onde se passam as aventuras. E desenha. Desenha de forma naturalista, com detalhes, de uma forma clara, simples, correta. Hergé nunca vai te pegar pela criatividade, ele te encanta pela correção. E Tintim, um menino sem segredos, tipo de repórter, com seu cão Milou, um schnauzer branco, vai ao Tibet, a India, aos EUA, a Lua até. Sempre correndo de lá pra cá, sempre com pressa. O capitão Haddock surge após alguns números. Capitão bêbado, que tem um jeito engraçado de blasfemar ( seus sicofantas, macrocéfalo, rocambole, canibal, ectoplasma, filoxera, flibusteiro.... ), Haddock que se torna personagem mais "colorido" que Tintim, capitão pessimista, sempre nervoso, que não pensa.
Será que Spielberg vai conseguir tornar Tintim famoso também nos EUA? Em entrevistas ele diz que quando o descobriu se apaixonou na hora. Mas haverá em meio a tantos heróis barulhentos e ultra-violentos, poços de neuroses e de machismo simples, haverá lugar para um rapaz que parece tão... cálido? Espero que sim. Seria muito bom se Tintim se tornasse um grande sucesso de cinema.
Releio então alguns números de Hergé. Ainda são bons. Não me pego mais "dentro" da aventura. Infelizmente o tempo fez com que se criasse uma parede entre eu e Tintim. Mas ainda há prazer, ainda admiro a beleza dos traços, das linhas puras e limpas, do colorido suave. Na verdade é um filme que desejo muito assistir. Vamos esperar e torcer...