ISABELLE - ANDRÉ GIDE
É este o segundo livro de Gide, autor francês ganhador do Nobel de 1947. Nobel digno, pois Gide é um dos escritores que deveriam voltar a ser lidos. Se hoje ele pouco é lembrado, saiba que até os anos de 1980, era Gide muito conhecido. Como Malraux e Colette, ele caiu fora da moda. Por que? Talvez por não ser " sensacional". Ele é calmo, competente, perfeito. Se em seu tempo foi chamado de "ousado", isso se devia a seu homossexualismo mal aceito então. O estilo que ele usa é sóbrio.------------------- Gide foi jovem amigo de Oscar Wilde, e como Gide viveu até 1952, isso me faz pensar no quanto Wilde ainda teria a viver não fosse seu destino trágico. Nascido para a frase bem feita, Wilde poderia ter ficado rico no cinema, escrevendo roteiros na Gaumont. Tivesse vivido 70 anos, ele morreria na década de 1930. Waaallll....divaguei à Paulo Francis. Voltemos a Gide. -------------------------- Neste livro ele mostra a tolice do romantismo. Um jovem vai à um castelo fazer uma pesquisa. Em meio aos habitantes excêntricos, ele vê uma foto e se apaixona pela moça desse retrato. Imagina como ela é e como viveu. Então a conhece. E cai no mundo real. -------------- Simples, otimamente bem escrito, divertido, o livro tem ainda uma contundente descrição ecológica do quanto a derrubada de velhas árvores pode ser um ato hediondo. Saiba, é um prazer ler essa novela. Procure.