SINFONIA 9 DE GUSTAV MAHLER, SOB A REGÊNCIA DE ESCHENBACH COM A SINFÕNICA NDR.
Mahler não é fácil. Sua obra, hiper valorizada hoje, dá enfase à orquestração e nunca à melodia. Isso nos aliena. Precisamos de tanta concentração para a penetrar que acabamos por nos cansar. A Nona, mais de hora e meia de música, é uma massa pós romântica que o tempo todo parece ir mergulhar num wagnerismo século XX, mas escapa se fazendo universo de células sugestivas. De tudo que ouvi de Mahler, é a mais difícil e por isso confesso ter sentido tédio, um tédio digno de...Mahler. ----------------- Ele não comunica, é música que nasce e caminha da alma do artista para dentro da mesma alma. Ela como que cozinha nas profundezas do ego e não lança um anzol para fisgar outro coração. Eu sei que no mundo erudito de 2024, criticar Mahler parece heresia. Mas sou o que sou, e digo que dificilmente irei escutar esta obra novamente.