O QUE ANDEI OUVINDO
Sem ter essa intenção, tenho, nos últimos anos, tido estilos musicais que dominam minha atenção. 2021 foi um ano de música erudita e após a passagem desse período alguma coisa mudou no meu gosto musical. Eu simplesmente não tenho mais paciência, ou interesse, em música muito simples.
Simples seria a palavra certa? Talvez fosse melhor dizer "música pobre em termos de arranjo".
Desse modo, bandas como The Jam, White Stripes ou Arctic Monkeys perderam muito de sua atração. A melodia não tem surpresas, a harmonia é banal e os arranjos são óbvios. Mais ainda, tecnicamente são músicos sem habilidade.
Me tornei um chato? Com certeza.
Assim, em 2022 eu passei 90% do tempo ouvindo coisas que antes eu nem tentava ouvir. Sim, falo de Gentle Giant, Yes, Jethro Tull ( que banda fascinante é o JT ), Genesis, e que tais. ELP não, pois o ELP é realmente ruim. E acima de tudo, RUSH, um grupo que me arrpendo de não ter escutado a vida toda.
Junto à isso, descobri, ainda em 2022, a alegria de grupos cheios de beat e técnica refinada, gente como Little Feat, Allman Brothers, Jeff Beck, Robin Trower, Funkadelic, Bootsy Collins, The Meters.
Então veio 2023 e ao ouvir o album Headhunter, de Herbie Hancock, mais uma porta se abriu para meus ouvidos. O jazz elétrico. Um mundo novo para mim, feito de ritmo absorvente, timbres insuspeitos e uma enorme quantidade de técnica sublime. Mergulhei fundo nesse universo e me diverti muito.
Claro que escutei muitas outras coisas, inclusive heavy metal e eletro, mas o jazz ocupou mais de 70% do que ouvi.
2024...o que será que vou escutar? Comecei o ano com Serge Gainsbourg, Charles Trenet e Aznavour. Será um ano francês?
Veremos.....