O MACACO E A ESSÊNCIA - ALDOUS HUXLEY

Huxley estava muito irado em 1947 quando lançou este livro. Ele é tão raivoso, virulento que se torna uma leitura árdua. Não há prazer algum aqui. O enredo fala de uma dupla de homens de Hollywood que encontram um roteiro abandonado. Esse roteiro fala da Terra pós apocalipse. O planeta foi devastado por guerra nuclear e epidemias propositais ( uma delas foi desenvolvida por uma doença de cavalos, inoculada em humanos e transformada em pandemia ). Nesse kaos absoluto, os governos descobriram que o MEDO é a melhor arma existente, pois o medo transforma homens em seres irracionais, a Nova Zelandia escapa da destruição e um grupos de cientistas, anos mais tarde, visita os EUA. Então descobrem que lá, os macacos tomaram a civilização para si e se humanizaram. A mensagem de Huxley é esta: Nossos meios de ação são humanos, mas nosso objetivos são simiescos. Todos os nossos desejos e prazeres são os do macaco, a nossa cultura serve apenas para ter meios, humanos ?, para os obter. Após o fim da civilização, assumimos nossa condição de primatas. ---------------- O livro é um ataque frontal a governos, esquerda ou direita, pois todo governo, se puder, será tirânico e crescerá cada vez mais rumo à auto destruição. O povo, subjugado no medo, reagirá como macacos, em tola balbúrdia. -------------- Palavras de Huxley: ideologias transformam a complexidade humana em nada mais que ratos de laboratório. Tudo o que escapa aquilo que a ideologia-científica classifica como útil, será eliminado. A ideologia não aceita e por fim não enxerga nada que não tenha sido codigicado em sua crença racional. Aquele que nega a ordem, aquele que tenta ser si-mesmo será destruído. "Para o bem da humanidade", a ciência política terá de ser seguida à risca. Bem vindos ao mundo do "BEM".