SOBRE OS VÍDEOS ABAIXO

Bruckner escrevia para Deus. O Deus luterano, sério, grave, adulto. Ouvir sua obra é ter a chance da transcendência. Ouça o final da sinfonia número 4, que postei. Ela dura uma hora e vinte. Parece durar seis horas. É longa e exigente. Mas vale muito a pena. Porque ela é som de outro cosmos. Ela eleva. Ela acusa. Assusta. E nos enobrece. Bruckner é generoso. Mas jamais simpático. Sibelius fala da história de seu país. Da escuridão da Finlandia, o nascer da raça e a eterna ameaça russa. É um hino gelado. É sombrio e é heroico. E temos Mendelssohn, música que recorda sua origem primeira: celebração. Que arte martavilhosa a música pode ser!