GUITARRAS, BATERIAS COM BAQUETAS E MUITA DROGA

1985 foi a reação do rock tradicional. As guitarras não eram coisa de velhos e as baterias de pedal e baquetas eram melhores que as drum machines. Outro fato de 1985: a Inglaterra era mais metida e esnobe, mas desde o Velvet Underground e Frank Zappa, os EUA eram muito mais RADICAIS. Em 1985, totalmente doido, boêmio e sem noção, eu parti para um consumo desregrado de tudo, inclusive discos. Comecei em janeiro com MC5 e Iggy Pop, adentrei o outono com Grateful Dead e Steve Miller, na primavera vieram Byrds, John Cale e Brian Eno. Novidades? As bandas que bebiam no rock dos anos 60\70: Jesus and Mary Chain, Jason and The Scorchers, Lloyd Cole ( trilha sonora do ano ), Smiths, Husker Du, Waterboys...mas principalmente REM e RED HOT CHILI PEPPERS. Logo senti que 1984 era já bem velho. Os grupos que eu tanto amara eram mofados. Pet Shop Boys e Communards surgiram em 85 com seus teclados...mas pareciam agora horrivelmente comuns. Foi na década de 80 onde tudo começou a parecer ultrapassado em seis meses. Mas eu apostei no RED HOT e no REM. Acertei. Iriam romper os cinco anos de topo. Ninguém levava o RAP a sério. Em 1986 tudo iria mudar.