A cada ano que o século XXI ganha, menos John Ford é lembrado. Politicamente correto, feminismo e anti-individualismo não casam bem com o cinema de Ford. Seu cinema é masculino. E elogia o indivíduo dentro da comunidade. Sim, a coisa é complexa. Ford ama o herói como ser à parte do mundo comum. Mas ao mesmo tempo, ele elogia a família, a pequena comunidade, e neste filme, a tribo.
Produzido por Samuel Goldwyn em 1937, este imenso sucesso, tem efeitos especiais que ainda hoje não passam vergonha. Quando o furacão chega ele ainda nos emociona. Mas antes há uma história, e como o filme é de Ford, a narrativa é o centro e o motivo do filme existir.
Há uma ilhota nos mares do sul. Nela vive uma tribo de nativos. E a França é a força colonizadora da ilha. Vemos a alegria da vida lá. Mas logo acontece um erro. Esse erro repercute em mais erros. E tudo sai de controle. O filme, que parecia ser apenas um agradável passeio turístico, vira uma tragédia sobre a injustiça e por fim uma aventura típica dos anos 30 : ação pacas.
Jon Hall é o herói. O bom selvagem. Corta o coração ver o quanto ele é vítima da civilização. Dorothy Lamour é sua esposa. O vilão é Raymond Massey, ou seja, um vilão odiável. E temos ainda Thomas Mitchell fazendo um médico bêbado e desiludido e Mary Astor como a esposa do vilão. Não é preciso dizer que todos estão ótimos. Hollywood em seu sistema de estúdios errava pouco em casting. Cada ator fazia seus 3 ou 4 filmes por ano e se especializava em um tipo de personagem. Virava dono do tipo. Ver esse filme hoje é uma experiência invulgar. Começa devagar, mas em 10 minutos voce já está dentro da fantasia.
Quanto ao melhor diretor americano...Creio que hoje Orson Welles ganharia se a eleição fosse entre críticos e cineastas. Talvez até mesmo Hawks ficaria à frente de Ford. Entre o público, os mais informados talvez votassem em Scorsese. Ou Copolla. Já o resto elegeria Fincher ou Tarantino. Ford não.
Não me arrisco a votar. Ao contrário da Inglaterra ou da França, onde as escolhas são mais fáceis, os EUA têm tantos cineastas que viveram dez ou vinte grandes anos, que fica duro escolher.
Produzido por Samuel Goldwyn em 1937, este imenso sucesso, tem efeitos especiais que ainda hoje não passam vergonha. Quando o furacão chega ele ainda nos emociona. Mas antes há uma história, e como o filme é de Ford, a narrativa é o centro e o motivo do filme existir.
Há uma ilhota nos mares do sul. Nela vive uma tribo de nativos. E a França é a força colonizadora da ilha. Vemos a alegria da vida lá. Mas logo acontece um erro. Esse erro repercute em mais erros. E tudo sai de controle. O filme, que parecia ser apenas um agradável passeio turístico, vira uma tragédia sobre a injustiça e por fim uma aventura típica dos anos 30 : ação pacas.
Jon Hall é o herói. O bom selvagem. Corta o coração ver o quanto ele é vítima da civilização. Dorothy Lamour é sua esposa. O vilão é Raymond Massey, ou seja, um vilão odiável. E temos ainda Thomas Mitchell fazendo um médico bêbado e desiludido e Mary Astor como a esposa do vilão. Não é preciso dizer que todos estão ótimos. Hollywood em seu sistema de estúdios errava pouco em casting. Cada ator fazia seus 3 ou 4 filmes por ano e se especializava em um tipo de personagem. Virava dono do tipo. Ver esse filme hoje é uma experiência invulgar. Começa devagar, mas em 10 minutos voce já está dentro da fantasia.
Quanto ao melhor diretor americano...Creio que hoje Orson Welles ganharia se a eleição fosse entre críticos e cineastas. Talvez até mesmo Hawks ficaria à frente de Ford. Entre o público, os mais informados talvez votassem em Scorsese. Ou Copolla. Já o resto elegeria Fincher ou Tarantino. Ford não.
Não me arrisco a votar. Ao contrário da Inglaterra ou da França, onde as escolhas são mais fáceis, os EUA têm tantos cineastas que viveram dez ou vinte grandes anos, que fica duro escolher.