Em 1978 Michael Cimino se tornou o diretor mais importante dos EUA. Graças ao sucesso total de The Deer Hunter. Em 1980 ele era um falido. Obra de Heavens Gate, o filme que é ainda o maior fracasso financeiro da história do cinema. Esse filme faliu a United Artists, a produtora fundada por Chaplin nos anos 20. Thunderbolt and Lightfoot, aqui chamado "O Ultimo Golpe", foi o primeiro filme de Cimino, feito em 1974. Clint produziu e estrelou. É um grande filme.
O cinema dos anos 70 tem como diferencial o fato de não focar a história. O foco do filme típico da época é na personalidade dos personagens. Filmes como The Godfather, Cabaret ou mesmo Tubarão, são observações sobre pessoas, o que as motiva e o que as amedronta. A ação é toda construída para mostrar mais uma fatia da alma do personagem. Hoje a ação é construída para produzir emoção. A personalidade do personagem é somente aquilo que nós imaginamos que ele seja. Isso pouco importa, o filme é o movimento do corpo e a fala do diálogo. Tudo é explícito e se não for é porque não existe.
Este filme tem muita ação física. É um daqueles maravilhosos filmes de estrada da época. Jeff, soberbo, é um caipira ingênuo e sem rumo. Clint um ladrão veterano. Os dois se conhecem numa carona e se conhecem enquanto executam golpes. Depois há o retorno do passado de Clint, e o que era uma comèdia vira drama.
Carros batem, tiros zumbem, estradas passam, garotas peladas, brigas de socos. Mas não é isso que importa. O roteiro, de Cimino, nos dá os detalhes da amizade entre Jeff e Clint. Consegue nos colocar dentro de cada carro que eles roubam, mas mais ainda dentro do coração de cada um deles.
Mas há mais. Geoffrey Lewis deixa imensa impressão num personagem secundário, tolo, que morre de forma patética. George Kennedy nos assusta com seu vilão sádico, ruim, cruel. E até mesmo o louco dos coelhos, personagem que aparece por 3 ou 4 minutos, causa forte impressão. Nada parece gratuito, tudo tem um porque.
Aconselho muito a que voce veja este filme. O melhor do cinema de hoje, o pouco que insiste em existir, bebe nesta fonte.
O cinema dos anos 70 tem como diferencial o fato de não focar a história. O foco do filme típico da época é na personalidade dos personagens. Filmes como The Godfather, Cabaret ou mesmo Tubarão, são observações sobre pessoas, o que as motiva e o que as amedronta. A ação é toda construída para mostrar mais uma fatia da alma do personagem. Hoje a ação é construída para produzir emoção. A personalidade do personagem é somente aquilo que nós imaginamos que ele seja. Isso pouco importa, o filme é o movimento do corpo e a fala do diálogo. Tudo é explícito e se não for é porque não existe.
Este filme tem muita ação física. É um daqueles maravilhosos filmes de estrada da época. Jeff, soberbo, é um caipira ingênuo e sem rumo. Clint um ladrão veterano. Os dois se conhecem numa carona e se conhecem enquanto executam golpes. Depois há o retorno do passado de Clint, e o que era uma comèdia vira drama.
Carros batem, tiros zumbem, estradas passam, garotas peladas, brigas de socos. Mas não é isso que importa. O roteiro, de Cimino, nos dá os detalhes da amizade entre Jeff e Clint. Consegue nos colocar dentro de cada carro que eles roubam, mas mais ainda dentro do coração de cada um deles.
Mas há mais. Geoffrey Lewis deixa imensa impressão num personagem secundário, tolo, que morre de forma patética. George Kennedy nos assusta com seu vilão sádico, ruim, cruel. E até mesmo o louco dos coelhos, personagem que aparece por 3 ou 4 minutos, causa forte impressão. Nada parece gratuito, tudo tem um porque.
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