BECK HANSEN-STEELY DAN-RAEL-O QUE É NOVO?

   Para os que me acompanham fora do Brasil, Rael é um novíssimo cantor e compositor daqui. Supostamente ele faz música para jovens. Supostamente, música jovem. Ok.
   Ouço hoje Odelay!, do Beck Hansen. O disco tem já 22 anos! E sim, está encapsulado em seu tempo. É um disco de 1996. Voce ouve e lembra na hora de Beastie Boys, Sonic Youth e os Dust Brothers. Voce lembra de uma América estranhamente pessimista e ao mesmo tempo cheia de energia. O disco é genial, mas será ainda instigante? Vejo 3 alunos de 16 anos escutando o disco pela primeira vez. Não se apaixonam pelo cara. Mas acham "legal". A questão é: Para eles, anestesiados por um milhão de músicas nos ouvidos por dia, alguma coisa pode ser mais que "legal"?
   Não se discute aqui se Beck foi hiper valorizado em seu tempo, claro que não foi, ele pode ter sido até sub valorizado, pois não tinha glamour, o glamour que os Pumpkins tinham e depois os Radioheads tinham. O que discuto é se nesse Kosmos de sons sem fim, ainda se pode sair do anestesiamento e se apaixonar por um som por mais de um mês. É como um "Donjuanismo" sonoro: Voce ouve e ama tanta coisa que perde o dom de amar.
   Posto o som dos Them de onde saiu o riff sublime de devil haircut.
   O Steely Dan nem devia estar neste post. Mas é que ouvi todos os discos dos caras. É atemporal. E por isso, em 2076 ainda será amado. Ou pelo menos será "muito legal".