Ganhei este livro, usado, como foi combinado, de uma amiga querida. No Natal a gente combinou de se dar um livro lido, usado, querido. Ela, que o leu em 1995, me dá um volume que fala da virtude, essa palavra tão esquecida. Mais que isso, palavra odiada. Pois adolescentes odeiam obrigações, e nosso mundo teen odeia a palavra que lembra vagamente algum tipo de comando, de ordem.
Cada parte do livro é uma virtude, e para exemplificar essa virtude, o autor reúne contos, lendas, falas que expõem o que a virtude significa. Desse modo, ler o livro é mais que aprender sobre a lealdade, a bondade ou a fé; é tomar doses pequenas de alguns dos mais belos textos já escritos.
O que mais me impressiona, por não os conhecer, são os discursos de alguns líderes americanos. Thomas Jefferson escreve de forma maravilhosa, e sua visão da democracia e do que a América deveria ser, é insuperável. Martin Luther King e o famoso "eu tenho um sonho" ainda emociona. E Lincoln falando sobre a guerra civil inspira respeito e coragem. É um tipo de liderança, calcada na certeza da missão e na crença do certo e do justo, que não temos mais. Pois somos feitos no mar caótico da dúvida e não há como ter certeza de nada e em nada.
O livro tem ainda, ao final, belos textos chineses sobre o Tao, e parábolas bíblicas sobre o dever e a submissão.
Eis um livro bom para se ter no quarto. Deve ser lido aos poucos, sem ordem, aberto ao acaso, como amigo ou como chá e café.
Cada parte do livro é uma virtude, e para exemplificar essa virtude, o autor reúne contos, lendas, falas que expõem o que a virtude significa. Desse modo, ler o livro é mais que aprender sobre a lealdade, a bondade ou a fé; é tomar doses pequenas de alguns dos mais belos textos já escritos.
O que mais me impressiona, por não os conhecer, são os discursos de alguns líderes americanos. Thomas Jefferson escreve de forma maravilhosa, e sua visão da democracia e do que a América deveria ser, é insuperável. Martin Luther King e o famoso "eu tenho um sonho" ainda emociona. E Lincoln falando sobre a guerra civil inspira respeito e coragem. É um tipo de liderança, calcada na certeza da missão e na crença do certo e do justo, que não temos mais. Pois somos feitos no mar caótico da dúvida e não há como ter certeza de nada e em nada.
O livro tem ainda, ao final, belos textos chineses sobre o Tao, e parábolas bíblicas sobre o dever e a submissão.
Eis um livro bom para se ter no quarto. Deve ser lido aos poucos, sem ordem, aberto ao acaso, como amigo ou como chá e café.