São descritos, criticados, explicados e exibidos em fotos os 75 mais importantes filmes ingleses feitos entre 1933-1971.
Primeiro, por que esse período? Segundo o autor, porque essa é a época do apogeu da indústria britânica de filmes. Antes de 33 os filmes eram quase insignificantes, depois de 71 várias produtoras fecharam e as produções passaram a depender completamente do governo, da TV ou de capitais americanos. O cinema inglês, puramente inglês, deixou de existir.
Dentre os 75 o autor avisa ter eliminado todo filme que tivesse capital em co-produção. Isso elimina filmes como Lawrence da Arábia, todos os James Bond ou Laranja Mecânica. São filmes com capital parcialmente americano. Bem...mesmo assim há surpresas.
Alfie não consta. Não é um filme assim tão bom, mas é muito importante, sem dúvida. Também não há Get Carter, a obra-prima do policial com Michael Caine. Aliás, acho que o autor não gosta de Michael. E de Sean Connery. Nada de nenhum deles.
Um Golpe à Italiana também deveria estar, e veja só, tem Caine em seu elenco!
E não temos nem IF... de Lindsay Anderson e nem KES, de Ken Loach. Como ambos são de 1968 e NÃO tem capital made in USA, onde a desculpa? Mesmo que voce os deteste, eles são dois dos dez filmes ingleses mais influentes e aqui não estão nem entre os 75.
Legal pensar no que poderia estar aqui pós 1971. Possivelmente um ou dois filmes do Stephen Frears, um Nicolas Roeg, Bill Forsyth, um Monty Python e mais um Terence Davies. Mike Leigh e Transpotting. E só. Engraçado é que todos têm mesmo a chancela da BBC ou da Granada TV. E a maioria estreou na TV. E têm produção pequena. Nunca tinha notado. Filmes ingleses maiores, mais produzidos, desde 1971, têm Fox, Paramount ou Warner no meio. O puro cinema inglês só na TV. E TV não é cinema.
O livro foi originalmente lançado em 1980, e isso é muito interessante. Pois além de demonstrar a mudança de gosto, mostra aquilo que permanece. O mais interessante é que temos apenas 3 filmes de Michael Powell. E em todos eles o autor enaltece a fotografia, os atores, mas jamais a maestria da direção. A recuperação de Powell, via Scorsese e Spielberg, se daria exatamente em 1980, e parece que o autor pensava ao contrário, que Powell estava prestes a ser esquecido. Qualquer lista hoje tem; além dos 3; mais outros 3 filmes desse grande mestre. David Lean domina a lista, Carol Reed, Alexander Korda, Tony Richardson, John Schlesinger estão bem citados. Uma pena a pouca atenção também aos filmes baratos de Joseph Losey feitos com Stanley Baker. São excelentes!
De qualquer modo, só os belos stills, de gente como Vivien Leigh, Charles Laughton, Rex Harrison, Albert Finney e Alan Bates já valem o preço.
Bem legal.
Primeiro, por que esse período? Segundo o autor, porque essa é a época do apogeu da indústria britânica de filmes. Antes de 33 os filmes eram quase insignificantes, depois de 71 várias produtoras fecharam e as produções passaram a depender completamente do governo, da TV ou de capitais americanos. O cinema inglês, puramente inglês, deixou de existir.
Dentre os 75 o autor avisa ter eliminado todo filme que tivesse capital em co-produção. Isso elimina filmes como Lawrence da Arábia, todos os James Bond ou Laranja Mecânica. São filmes com capital parcialmente americano. Bem...mesmo assim há surpresas.
Alfie não consta. Não é um filme assim tão bom, mas é muito importante, sem dúvida. Também não há Get Carter, a obra-prima do policial com Michael Caine. Aliás, acho que o autor não gosta de Michael. E de Sean Connery. Nada de nenhum deles.
Um Golpe à Italiana também deveria estar, e veja só, tem Caine em seu elenco!
E não temos nem IF... de Lindsay Anderson e nem KES, de Ken Loach. Como ambos são de 1968 e NÃO tem capital made in USA, onde a desculpa? Mesmo que voce os deteste, eles são dois dos dez filmes ingleses mais influentes e aqui não estão nem entre os 75.
Legal pensar no que poderia estar aqui pós 1971. Possivelmente um ou dois filmes do Stephen Frears, um Nicolas Roeg, Bill Forsyth, um Monty Python e mais um Terence Davies. Mike Leigh e Transpotting. E só. Engraçado é que todos têm mesmo a chancela da BBC ou da Granada TV. E a maioria estreou na TV. E têm produção pequena. Nunca tinha notado. Filmes ingleses maiores, mais produzidos, desde 1971, têm Fox, Paramount ou Warner no meio. O puro cinema inglês só na TV. E TV não é cinema.
O livro foi originalmente lançado em 1980, e isso é muito interessante. Pois além de demonstrar a mudança de gosto, mostra aquilo que permanece. O mais interessante é que temos apenas 3 filmes de Michael Powell. E em todos eles o autor enaltece a fotografia, os atores, mas jamais a maestria da direção. A recuperação de Powell, via Scorsese e Spielberg, se daria exatamente em 1980, e parece que o autor pensava ao contrário, que Powell estava prestes a ser esquecido. Qualquer lista hoje tem; além dos 3; mais outros 3 filmes desse grande mestre. David Lean domina a lista, Carol Reed, Alexander Korda, Tony Richardson, John Schlesinger estão bem citados. Uma pena a pouca atenção também aos filmes baratos de Joseph Losey feitos com Stanley Baker. São excelentes!
De qualquer modo, só os belos stills, de gente como Vivien Leigh, Charles Laughton, Rex Harrison, Albert Finney e Alan Bates já valem o preço.
Bem legal.